sábado, 14 de outubro de 2017

CRISTOLOGIA




Síntese Textual da Cristologia
   Toda a discursão Cristológica parte da resposta que se dá à pergunta do próprio Cristo: “QUEM DIZ O POVO SER O FILHO DO HOMEM?” (MT 16.13) E da crença na declaração bíblica: “...O VERBO ERA DEUS.” (JO 1.1)
   Cristo foi para os seus Contemporâneos o que poderíamos chamar  um ser controverso. Dificilmente duas pessoas pensavam e diziam a respeito dele a mesma coisa. Muitos daqueles que o viam  comendo, diziam:” ELE É UM GLUTÃO”, (MT 11.19). E eram esses mesmos que, ao saberem que Ele se abstivera de comer, diziam: “ESTE TEM DEMÔNIOS.” (JO 10.20) Muitos daqueles que testemunhavam a operação dos seus milagres, diziam: “ELE ENGANA O POVO”(JO 7.12) ou “ELE OPERA SINAIS PELO PODER DOS DEMÔNIOS.” Quanto ao seu ministério, aqueles que o viram citando a lei, diziam: “ESTE É MOISÉS.” Aqueles que viam o seu zelo em despertar nos homens fé no verdadeiro Deus, diziam: “ESTE É ELÍAS.” Aquele que o viam chorando enquanto consolava os infelizes e abandonados, diziam: “ESTE É JEREMIAS.” Aqueles que o viam pregar o arrependimento como meio único do homem alcançar o perdão divino, dizia: ”ESTE É JOÃO O BATISTA.”
    Ninguém contudo, exceto os seus discípulos, conhecia a sua verdadeira identidade.
    A pergunta : “MAS VÓS... QUEM DIZEIS QUE EU SOU?” Respondeu o apostolo Pedro: “TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO.”(MT.16.17). A revelação de cristo não nos vem por canais humanos e naturais; é produto da revelação divina através de vidas transformadas pelo Espírito Santo.

    Oro a Deus no Sentido de que ao longo do estudo deste glorioso tema, você tenha o necessário conhecimento espiritual quanto à pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo, fonte divina da nossa expiação.


Quem é Jesus Cristo
Fala á Respeito da Doutrina de Jesus Cristo

CRISTOLOGIA

Abordaremos os Estudos Sobre :

1- A Humanidade de Jesus Cristo
2- A Divindade de Jesus Cristo
3- O Caráter de Jesus Cristo
4- A Obra de Jesus Cristo

5- A Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo



A Humanidade de Jesus Cristo
    
Ao Falamos da humanidade de Cristo, de modo algum diminuímos a sua divindade. Jesus Cristo era Deus-homem; a união destas duas naturezas numa só pessoa, é para a mente humana algo inexplicável, más é uma verdade indiscutível. Nestes últimos dois mil anos, tem-se disseminado muitas doutrinas falsas formuladas por líderes religiosos que se recusam a aceitar a humanidade divindade de Cristo. Alguns Religiosos acreditavam ser uma simples ilusão a sua humanidade; outros, não queriam aceitar a sua eterna; outros, não queriam aceitar a sua eterna divindade. Inventaram absurdas explicações numa tentativa de apelar para o raciocínio humano. Uma das tais teorias, foi que Cristo oscilava entre as duas naturezas, sendo, ora divina ora humana.
   Nesta lição desta apostila, daremos evidências bíblicas da humanidade de Cristo, mostrando como é essencial este conceito à fé Cristã.

A Humanidade de Jesus Cristo é Demostrada:

a) Pela sua Ascendência Humana:
- Ele ( quanto ao corpo ) nasceu de mulher, GL 4.4; MT 1.18; 2.11; 12.47; JO 2.1; HB 10.5.
-Ele veio da descendência humana de Davi, RM 1.3; AT 13.22,23; LC 1. 31-33; MT 1.1.

b) Por seu Crescimento e Desenvolvimento Naturais:
- Jesus Cristo estava sujeito ás leis comuns do desenvolvimento humano e do crescimento gradativo em sabedoria e estatura, LC 2.40,46,52.

c) Por sua Aparência Pessoal:
- Jesus Cristo tinha aparência de homem, e ocasionalmente confundiram-no com outros homens, JO 4.9.
Stefan Neves Barbosa
d) Por sua Natureza Humana Completa:
- Ele Possuía Corpo Físico, MT 26.12
- Ele Possuía Alma Racional, MT 26. 38
- Ele Possuía espirito Humano, LC 23. 46.

e) Pelas suas Limitações Humanas Sem Pecado:
- Ele era Sujeito á Fadiga Corporal, JO 4. 6; MT 8. 24
- Ele era Sujeito á necessidade de sono, MT 8. 24
- Ele era sujeito á fome, MT 21. 18
- Ele era sujeito a sede, JO 19. 28
- Ele era sujeito ao sofrimento e á dor física, 1CO 15. 3
- Ele em sua vida corporal, tinha a capacidade para morrer, 1CO 15. 3
- Ele tinha capacidade para crescer em conhecimento, diante a observação , MC 11. 13
- Ele tinha capacidade para se limitar em seu conhecimento, MC 13.32
- Ele dependia da oração para ter poder, MC 1. 35
- Ele dependia da unção do Espirito Santo para manifestar poder, AT 10.38.

f) Pelos Nomes Humanos que lhe foram dados, por Ele Mesmo ou Por Outros:
- Jesus, MT 1. 21
- Filho do Homem, LC 19. 10
- Jesus, O Nazareno, AT 2. 22
- O profeta, MT 21. 11
- O Carpinteiro, MT 6. 3
- Cristo Jesus, Homem, 1TM 2. 5
Stefan Neves Barbosa
g) Pelo Relacionamento Humano que Ele Mantinha com Deus:
- Jesus Cristo chamou o pai de “Meu Deus”, e “Meu Pai”. Tomando assim o lugar e assumindo o caráter de homem, MC 15. 34; JO 20. 17.


2° Parte
A DIVINDADE DE JESUS CRISTO

   Um dos pontos salientes da doutrina Cristológica consiste da afirmativa segundo a qual Jesus Cristo tinha uma dupla natureza, o que o fazia cem por cento homem e cem por cento Deus. Apesar disto, não poucas vezes, ao longo dos séculos, tem se levantado contra esta verdade, e principalmente, contra a divindade do salvador.

FALSOS CONCEITOS QUANTO A DIVINDADE DE CRISTO:
a) O ARIANISMO: Considerava a Cristo como o mais elevados dos  seres criados, enquanto negava a sua divindade e interpretava erroneamente sua humilhação.
b) O EBIONISMO: Negava a natureza Divina de Cristo, considerando-o um simples homem.
c) O CERINTIANISMO: Pregava não haver duas naturezas em Cristo senão a partir do seu batismo, estabelecendo-se assim a sua divindade.
d) O DOCETISMO: Negava a realidade do corpo de Cristo, julgando que sua natureza não podia estar ligada á carne, que segundo o referido sistema, é inerentemente má.
e) O APOLINARIANISMO: Admitia que Cristo tivesse apenas duas partes humanas, negando que ele tivesse alma humana.
f) O NESTORIANISMO: Negava a união das duas naturezas humanas e divina em Cristo, fazendo dele duas pessoas.
g) O EUTIQUIANISMO: Afirmava que as duas naturezas de Cristo se uniam numa só, sendo predominantemente Divina.
h) O JEOVISMO: Ensina que Cristo não é Deus, mas que apenas estava “existindo” na forma de Deus.



A DIVINDADE DE CRISTO NAS ESCRITURAS

     Contrario a voz apostasia, o testemunho das escrituras é que,
A) Cristo é Deus: “ NO PRINCÍPIO ERA O VERBO, EO VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS” (JO 1.1)
LEIA TAMBEM: JO 10.30,33,38; 14.9,11;  20.28; RM 9.5; CL1.15; 2.9; FP 2.6; IS 9. 6.
Muitas afirmações feitas no antigo testamento a respeito de Deus, são cumpridas e interpretadas no novo testamento, referindo-se á pessoa de Jesus Cristo. Vejamos, por exemplo, nos casos seguintes:

  PROFECIA                                                   CUMPRIMENTO
ISAÍAS 40.3,4 ....................................................LUCAS 1.68,69,76
ÊXODO 3.14......................................................JOÃO 8.56-58
JEREMIAS 17.10...............................................APOCALIPSE 2.23
ISAÍAS 60.19......................................................LUCAS 2.32
ISAÍAS 6.10........................................................JOÃO 12.37-41
ISAÍAS 8.13,14...................................................1 PEDRO 2.7,8
NUMEROS 21.6,7..............................................CORÍNTIOS 10.9
SALMOS 23.1....................................................JOÃO 10,11; 1PEDRO 5.4
EZEQUIEL 34.11,12..........................................MATEUS 10.6

b) Cristo é todo poderoso“TODO AUTORIDADE ME FOI DADA NO CÉU E NA TERRA” (MT 28.18); “EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, DIZ O SENHOR DEUS, AQUELE QUE É, QUE ERA, E QUE HÁ DE VIR, O TODO-PODEROSO” (AP 1.8).

C) Cristo é eterno: “RESPONDEU-LHE JESUS: EM VERDADE, EM VERDADE EU VOS DIGO: ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE, EU SOU” (JO 8.58) LEIA TAMBÉM : JO 1.18; 6.57; 8.19; 10.30,38; 14.7,9,10,20; 16.28; 17.21.
d) Cristo é Criador: “TODAS AS COUSAS FORAM FEITAS POR INTERMÉDIO DELE, E SEM ELE NADA DO QUE FOI FEITO SE FEZ” (JO 1.3)

PROVA DA DIVINDADE DE CRISTO

Atributos inerentes a Deus pai, relacionam-se harmoniosamente com cristo, provando a sua divindade. Por isto a bíblia o apresenta como:



- O PRIMEIRO E O ÚLTIMO: IS 41.4; CL 1.15,18; AP 1.17
- SENHOR DOS SENHORES: AP 17. 14
- SENHOR DE TODOS E SENHOR DA GLÓRIA: AT 10.36
- REIS DOS REIS: IS 6.1-5
- JUIZ: MT 16.27; 25.31,32; 2TM 4.1
- PASTOR: SL 23.1; JO 10.11,12.
- CABEÇA DA IGREJA: EF 1.22
- VERDADEIRA LUZ: LC 1.78,79; JO 1.4,9
- FUNDAMENTO DA IGREJA: IS 28.16; MT 16.18
- CAMINHO: JO 14.6; HB 10.19,20
- A VIDA: JO 11.25; 1JO 5.11,12
- PERDOADOR DE PECADOS: SL 103.3; MC 2.5
- PRESERVADOR DE TUDO: HB 1.3; CL 1.17
- DOADOR DO ESPIRITO SANTO: MT 3.11; AT 1.5
- ONIPRESENTE: EF 1.20-23
- ONISCIENTE: JO 21.17
- ONIPOTENTE: AP 1.8
- SANTIFICADOR: HB 2.11
- MESTRE: LC 21.7; GL 1.12
- RESTAURADOR DE SI MESMO: JO 2.19
- INSPIRADOR DOS PROFETAS: 1PE 1.21
- SUPRIDOR DE MINISTROS À IGREJA: EF 4.11
- SALVADOR: TT 3.4-6.


3º Parte
O CARATER DE JESUS CRISTO

   O Caráter de Jesus Cristo tem recebido a aprovação e a recomendação não apenas de Deus pai, dos anjos e dos santos, mas até mesmo os demônios tem reconhecido isto. Ao longo de quase dois milênios o seu nome e a sua vida impõem respeito e ternura quando proferidos e ouvidos pelos homens. Dentre os muitos testemunhos que poderíamos mencionar aqui, quando ao caráter singular do nosso salvador, vamos destacar apenas três, pensadores Cristãos.

1- (Bispo MC Dowell) “O CARATER DE JESUS DÁ TREMENDA FORÇA A NOSSA CRENÇA NELE. SUA VIDA FOI TUDO QUANTO UMA VIDA DEVE SER, QUANDO JULGADA SEGUNDO OS PADRÕES MAIS ELEVADOS.”

2- (Flavel) “AINDA QUE ALGO DO CARÁTER DE CRISTO SE TENHA REVELADO EM UMA ERA E ALGO MAIS DELE EM OUTRA, A PRÓPRIA ETERNIDADE, TODAVIA, NÃO É SUFICIENTE PARA MANIFESTÁ-LO INTEIRAMENTE.”

3- (Bispo Foster) “ SEU CARÁTER SAIU APROVADO ATRAVÉS DOS ATAQUES MALICIOSOS DE DOIS MIL ANOS, E HOJE PERANTE O MUNDO APRESENTA-SE IMPECÁVEL EM TODOS OS SENTIDOS. SEU NOME É SINÔNIMO DE DEUS SOBRE A TERRA.”

A SANTIDADE DE JESUS CRISTO

    A Santidade de Jesus Cristo, quanto ao seu verdadeiro significado, indica que:

- Ele era isento de toda Contaminação: 1JO 3.5

- Ele era absoluto e imaculadamente puro: 1JO 3.3
   
   Por santidade de Jesus Cristo se entende que Ele era absolutamente livre de todos os elementos de impureza, e que possuía todos os elementos de pureza positiva e perfeita santidade.
   
   Dentre os muitos testemunhos quanto à santidade de Jesus Cristo, se 
destacam os seguintes:

- O TESTEMUNHO DO ESPIRITO IMUNDO: MC 1.23-24
- O TESTEMUNHO DE JUDAS ISCARIOTES: MT 27.3-4
- O TESTEMUNHO DE PILATOS: JO 18.38
- O TESTEMUNHO DA ESPOSA DE PILATOS: MT 27.19
- O TESTEMUNHO DO MALFEITOR MORIBUNDO: LC 23.47
- O TESTEMUNHO DO CENTURIÃO ROMANO: LC 23.41
- O TESTEMUNHO DO APÓSTOLO PEDRO: AT 3.14
- O TESTEMUNHO DO APÓSTOLO JOÃO: 1JO 3.5
- O TESTEMUNHO DE ANANIAS: AT 22.14
- O TESTEMUNHO DE TODO O GRUPO APOSTÓLICO: AT 4.27
- O TESTEMUNHO DO APÓSTOLO PAULO: 2CO 5.21
- O TESTEMUNHO DO PRÓPRIO JESUS: JO 8.46
- O TESTEMUNHO DE DEUS PAI: HB 1.8-9.


Dentre os muitos casos mencionados no novo testamento, a santidade de Jesus Cristo, se acha manifesta de Jesus Cristo, se acha manifesta nos seguintes itens tratados com relevância no mesmo testamento.

a) Por sua atitude para com o pecado e a justiça, HB 1.9

b) Por suas ações referentes ao pecado e à vontade de Deus, 1PE 2.22

c) Pela sua exigência de santidade por parte dos outros, MT 5.48

d) Pela sua repreensão do pecado e dos pecadores, MT 16.23

e) Mediante seu sacrifício para salvar os homens do pecado, 1PE 2.24

f) Pelo castigo destinado aos impenitentes, 2TS 1. 7-9.


O AMOR DE JESUS CRISTO

   Por “AMOR DE CRISTO” se entende seu desejo pelo bem estar dos objetos de sua afeição e sua devoção a essa causa. Neste particular, os objetos do amor de Cristo, são:
- DEUS PAI: JO 14.31
- A IGREJA: EF 5.25
- OS CRETES COMO INDIVIDUOS: GL 2.20
- AQUELES QUE LHE PERTENCEM: JO 13.1
- OS DICIPULOS OBEDIENTES: JO 14.21
- SEUS PRÓPRIOS INIMIGOS: LC 23. 34
- SEUS PRÓPRIOS FAMILIARES: JO 19. 25-27
- AS CRIANÇAS: MC 10. 13-16
- OS PECADORES PERDIDOS: RM 5. 6-8


A MANSIDÃO DE JESUS CRISTO

   A Mansidão de Jesus Cristo é manifesta ao longo do novo testamento:
 - Na longanimidade e tolerância para com os fracos e faltosos, MT 12.20
   - No proporcionar cura a quem procurava obtê-la de modo indigno, MC 5.33,34
   - No repreender mansamente a incredulidade renitente, JO 20.24,25,29
   - No corrigir de modo terno a autoconfiança a infidelidade e a tríplice flagrante negação a seu senhor por parte de Pedro, JO 21. 15-17
   - No repreender mansamente a Judas Iscariotes que o traiu, MT 26.48-50
   - Na compassiva oração a favor dos seus algozes, LC 23.34


A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO

    A Humanidade de Cristo manifesta no Novo Testamento, é demostrada nos seguintes casos:
  - Ao assumir a forma e posição de servo, JO 13. 4,5
  - Por não buscar sua própria glória, JO 8.50
  - Ao evitar a notoriedade e o louvor, IS 42.2
  - Ao associar-se aos desprezados e rejeitados, LC 15. 1,2
  - Por sua paciente submissão e silêncio em vista de injúrias, ultrajes e    injustiças, 1PE 2.23.



4° Parte
A OBRA DE JESUS CRISTO

   Ao longo deste texto queremos nos referir à obra de cristo, apenas no que tange à nossa redenção, excetuando portanto, qualquer comentário relacionado a seu ministério pessoal de ensino, pregação e cura.

A MORTE DE JESUS CRISTO

A importância da morte de cristo é demostrada:

- Pela relação vital que a mesma tem com a sua pessoa.
- Por sua conexão vital com a encarnação, HB 2.14
- Pelo lugar de destaque que lhe é dado nas escrituras, LC 24. 27,44
- Por ter sido alvo de investigação fervorosa por parte dos profetas do antigo testamento, 1PE 1.11
- Por ser elemento de interesse dos anjos, 1PE 1.12,
- Como uma das verdades cardeais do evangelho, 1CO 15.1,3,4,
- Como assunto único da conversa por ocasião da sua transfiguração, LC 9.30,31.
   
   Como o cristianismo é uma religião nitidamente redentora, ele dá à morte de cristo o primeiro lugar em sua mensagem evangélica. Dessa forma, o cristianismo assume uma posição singular entre todas as religiões do mundo.
    
A necessidade da morte de cristo pode ser assimilada diante do seguinte:

a) A SANTIDADE DE DEUS TORNOU-A NECESSÁRIA, HC 1.13

b) O AMOR DE DEUS TORNOU-A NECESSÁRIA, JO 3.16

c) O PECADO DO HOMEM TORNOU-A NECESSÁRIA, 1PE 2.25

d) O CUMPRIMENTO DAS ESCRITURAS TORNOU-A NECESSÁRIA, LC 24.25-27
e) O PROPÓSITO DE DEUS TORNOU-A NECESSÁRIA, AT 2.23.
   
   Jesus Cristo não morreu acidentalmente, nem como mártir; também não morreu meramente para escrever influência moral sobre os homens, nem para manifestar o desprazer de Deus contra o pecado; nem meramente para expressar o amor de Deus pelos homens. A morte de Cristo foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos necessários à redenção do homem caído.
  
Positivamente considerada, a morte de Cristo:

- FOI PREDETERMINADA, AT 2. 23
- FOI VOLUNTÁRIA POR LIVRE ESCOLHA, NÃO POR COMPULSÃO, JO 10.17,18
- FOI VICÁRIA A FAVOR DE OUTROS, 1PE 3.18
- FOI SACRIFICIAL COMO HOLOCAUSTO PELO PECADO, 1CO 5.7
- FOI EXPIATÓRIA APAZINGUANDO OU TORNANDO SATISFATORIA, GL 3.13
- FOI PROPICIATORIA COBRINDO OU TORNANDO FAVORAVEL, 1JO 4.10
- FOI REDENTORA RESGATANDO POR MEIO DE PAGAMENTO, GL 4.4,5
- FOI SUBSTITUTIVA EM LUGAR DE OUTRO, 1PE 2.24.
  
Em seu escapo, a morte de Cristo tem duplo aspecto: O universal e restrito. Assim sendo, entendemos que a morte de Cristo foi:

a) PELO MUNDO INTEIRO, 1JO 2.2

b) POR CADA INDIVÍDUO DA RAÇA HUMANA, HB 2.9
c) PELOS PECADORES, PELOS JUSTOS  E PELOS ÍMPIOS, RM 5. 6-8
d) PELA IGREJA E POR TODOS OS CRENTES, EF 5.25-27.
   O Mundo inteiro foi incluído na providência da morte de Cristo, e até certo ponto compartilha de seus benefícios, mas essa provisão só se torna plenamente eficaz e redentora no caso daqueles que creem. Isto é, a morte de Cristo é universal em sua suficiência, mas restrita em sua eficácia por causa da dureza do coração do homem.


RESULTADO DA MORTE DE CRISTO

   Dentre os muitos resultados da morte de Jesus Cristo, salientam-se os seguintes:

- UMA NOVA OPORTUNIDADE DE RECONCILIAÇÃO COM DEUS É DADA AO HOMEM, RM 3.25
- OS HOMENS SÃO ATRAIDOS A ELE, JO 12.32,33
- A PROPICIAÇÃO DO PECADO FOI PROVIDENCIADA, JO 1.29
- O PODER DO PECADO FOI POTENCIALMENTE ANULADO, 9.26
- FOI ASSEGURADA A NOSSA REDENÇÃO DA MALDIÇÃO DA LEI, GL 3.13
- FOI REMOVIDA A BARREIRA ENTRE JUDEUS E GENTIOS, EF 2. 14-16
- É ANULADA A DISTANCIA ENTRE O CRENTE E DEUS, EF 2.13
- FOI GARANTIDO O PERDÃO DE PECADOS, EF 1.7
- O PECADO DO MUNDO É REMOVIDO, JO 1.29

- PRINCIPADOS E POTESTADES SÃO DERROTADOS, CL 2.14,15.


5°Parte
A RESSURREIÇÃO E GLORIFICAÇÃO DE JESUS CRISTO

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

   A Ressurreição física e corporal do Senhor Jesus Cristo é o fundamento inabalável do evangelho e da nossa fé. De fato, o cristianismo não seria mais do que uma religião se Cristo não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Portanto, é a ressureição de Cristo, dentre outras coisas que o faz diferente dos grandes filósofos e fundadores de religiões humanas. É a ressurreição de Cristo que faz do cristianismo o elo de comunhão entre o homem e uma pessoa, o próprio Cristo ressurreto. Portanto não é sem motivo que o diabo e muitos homens ímpios tendo tentado destruir o cristianismo, foram impedidos de fazê-lo, pois, em qualquer se viam diante dum túmulo vazio, o túmulo daquele que foi morto, mas vive para jamais morrer.


REALIDADE DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

   A Realidade da ressurreição de Cristo se evidencia ao longo da narrativa neotestamentária. Suas provas se veem:

1- NO SEPULCRO VAZIO, LC 24.3

2- NAS APARIÇÕES DO SENHOR À MARIA MADALENA ÁS MULHERES, À SIMÃO PEDRO, AOS DOIS DISCÍPULOS NO CAMINHO DE EMAUS, AOS DISCÍPULOS NO CENÁCULO, A TOMÉ, A JOÃO E A PEDRO, A TODO O GRUPO DOS DISCÍPULOS, JO 20.19; MT 28. 5,8,9; LC 24. 13, 14, 25-27; 30-32; JO 20. 19.

3- NA TRANSFORMAÇÃO OPERADA NOS DISCÍPULOS, JO 7.3-5

4- NA MUDANÇA DO DIA DE DESCANSO E ADORAÇÃO SEMANAIS, AT 20.7; 1CO 16.2

5- NO TESTEMUNHO POSITIVO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE, E DE PAULO, NO AREÓPAGO, AT  2.14,22-24; 17.31

6- NO TESTEMUNHO DO PRÓPRIO CRISTO QUANDO SE REVELOU A JOÃO, EM PATMOS, AP 1.18

RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO:

- É O CUMPRIMENTO DA PROMESSA DE DEUS AOS PAIS, AT 13.32,33
- CONFIRMA A DIVINDADE DE JESUS CRISTO ACIMA DE QUALQUER DÚVIDA, RM 1.4
- É PROVA DE JUSTIFICAÇÃO DOS CRENTES, RM 4. 23-25
- TORNA POSSÍVEL O IMUTÁVEL SACERDÓCIO DE CRISTO, HB 7. 22,25
- POSSIBILITA O CRENTE TORNAR-SE FRUTÍFERO PARA DEUS, RM 7.4
- É O PENHOR DIVINO DO JULGAMENTO FUTURO, AT 17.31

A GLORIFICAÇÃO DE CRISTO

       Na sua carta aos filipenses, quando a encarnação, humilhação e glorificação de Jesus Cristo, escreveu o apostolo Paulo: ...” POIS ELE, SUBSISTINDO EM FORMA DE DEUS NÃO JULGOU COMO USURPAÇÃO O SER IGUAL A DEUS; ANTES A SI MESMO SE ESVAZIOU,... ( FP 2. 6-11 )

   Observe que a Glorificação do Messias em parte se deve à sua submissão voluntária à vontade do pai, assim como a exaltação do crente por parte de Deus depende da sua submissão este.
   Á Luz destas palavras do apóstolo Paulo, a glorificação de Cristo se evidência nos seguintes fatos:

1- DEUS EXALTOU A JESUS DANDO-LHE A DIGNIDADE DE SOBERANO.

2- NÃO APENAS A PESSOA DE CRISTO, MAS TAMBÉM O SEU PRÓPRIO NOME ESTÁ ACIMA DE TODO NOME QUE SE POSSA NOMEAR NOS CEÚS, NA TERRA E NO INFERNO.

3- O NOME DE JESUS IMPÕE REVERÊNCIA DA PARA DOS ANJOS, DOS HOMENS E DOS DEMÔNIOS.

4- NO FUTURO; O NOME DE CRISTO SERÁ DECLARADO EM SUA PLENITUDE COMO REI DOS REIS, SENHOR DE TODOS E SENHOR DA GLORIA.

5- A GLORIFICAÇÃO PLENA DE JESUS CRISTO ESTA INTIMAMENTE ASSOCIADA  À PRÓPRIA GLÓRIA DE DEUS PAI.


UMA PALAVRA FINAL

   Jesus é o eterno filho de Deus. JO 1.18 Expressa a sua deidade de maneira explícita: “ DEUS NUNCA FOI VISTO POR ALGUEM. O FILHO UNIGENITO, QUE ESTÁ NO SEIO DO PAI, ESTE O FEZ CONHECER.” O FATO DE CRISTO TER ESTADO NO “SEIO DO PAI” EXPRESSA NÃO UMA DESTINÇÃO QUANTO Á ESSENCIA OU NO SENTIDO DE INFERIORIDADE, MAS ENTES UMA ÍNTIMA RELAÇÃO COM O PAI, POIS JESUS PARTILHA DE SUA AUTORIDADE. O VERSÍCULO DE ABERTURA DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO EVANGELHO DE JOÃO IDENTIFICA O VERBO COMO QUEM ESTEVE NO COMEÇO COM O PAI, UMA DECLARAÇÃO DA COEXISTÉNCIA DO FILHO COM O PAI, DESDE A ETERNIDADE.

   “JESUS CRISTO NÃO SOMENTE ERA PLENO DEUS, COMO PLENO SER HUMANO”. ELE NÃO ERA EM PARTE DEUS E EM PARTE HOMEM. ANTES, ERA CEM POR CENTO DEUS, E, AO MESMO TEMPO,CEM POR CENTO HOMEM. EM OUTRAS PALAVRAS, ELE EXIBIA TANTO UM CONJUNTO PLENO DE QUALIDADES DIVINAS QUANTO DE QUALIDADES HUMANAS, NUMA MESMA PESSOA, DE TAL MODO QUE ESSAS QUALIDADES NÃO INTERFERIAM UMA COM A OUTRA. ELE HÁ DE RETORNAR COMO “ESSE  MESMO JESUS” ( AT 1.11). NUMEROSAS PASSAGENS ENSINAM CLARAMENTE QUE JESUS DE NAZARÉ TINHA UM CORPO VERDADEIRAMENTE HUMANO E UMA ALMA RACIONAL. ERAM CARACTERÍSTICAS DE SERES HUMANOS NÃO CAÍDOS (ISTO É ADÃO E EVA), QUE NELE PODIAM SER ENCONTRADOS. ELE FOI, VERDADEIRAMENTE, O SEGUNDO ADÃO (1CO 15.45,47). AS NARRATIVAS DOS EVANGELHOS ACEITAM AUTOMATICAMENTE A HUMANIDADE DE CRISTO. ELE É DESCRITO COMO UM BEBÊ NA MANJEDOURA, E SUJEITO AS LEIS HUMANAS DO CRESCIMENTO (LC 2.40,52). ELE APRENDEU, SENTIA FOME, SENTIA SEDE E SE CANSAVA (MC 2.15; JO 4.6). ELE TAMBÉM SOFREU ANSIEDADE E DESAPONTAMENTOS (MC 9.19); SOFREU DOR FÍSICA E MENTAL, E SUCUMBIU DIANTE DA MORTE (MC 14.33,37; 15.33-38). NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS HÁ GRANDE CUIDADO EM SE MOSTRAR SUA PLENA IDENTIFICAÇÃO COM A HUMANIDADE (HB 2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2) .



FONTES BÍBLICA DE PESQUISAS:

BÍBLIA SAGRADA (EDIÇÃO CONTEMPORÂNEA DE ALMEIDA)
- CONCORDÂNCIA BÍBLICA

ENCICLOPÉDIA BÍBLICA ORLANDO S. BOYER

- DICIONÁRIO AURELIO

- CRISTOLOGIA  EETAD

- TEOLOGIA SISTEMATICA CPAD

- DOUTRINAS BÍBLICAS CPAD


AUTORIA DE: STEFAN N. BARBOSA

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