Bibliologia
Uma Visão panorâmica e aspectos da formação da Bíblia
Bibliologia
Uma Visão panorâmica e aspectos da formação da
Bíblia
ÍNDICE
DE ASSUNTOS:
1-
A HISTORIA DA BÍBLIA OS ORIGINAIS
2-
QUAL É A MELHOR TRADUÇÃO DA BÍBLIA?
3-
AS PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS
4-
O DIA DA BÍBLIA – A ORIGEM DO DIA DA
BÍBLIA
5- BÍBLIA
SAGRADA - NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)
6- JOÃO
FERREIRA DE ALMEIDA – HISTÓRIA
7- FORMA
DE ESCREVER DETALHADO, LIVROS, CAPÍTULOS e VERSÍCULOS.
8- A BÍBLIA É ASSIM
UM LIVRO DE METÁFORAS, SÍMILES, ALEGORIAS, TIPOS, SÍMBOLOS, ETC...
9- SÍMBOLOS
10-
TIPOS HUMANOS DE JESUS CRISTO
11- TIPOS
NÃO HUMANOS DE JESUS CRISTO
12- A
AUTORIDADE DA BÍBLIA
13- REVELAÇÃO
E INSPIRAÇÃO
14- DIFERENÇAS
ENTRE REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
15- TEORIAS
FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
16- TEORIA
CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
17- A
FORMAÇÃO DO CÂNON
18- O
LIVRO SAGRADO
19- ESTRUTURA
DA BÍBLIA
20- ALGUMAS
CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA
21- QUEM
ESCREVEU A BÍBLIA?
22- RAZÃO
E NECESSIDADE DA BÍBLIA
23- A
NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS
24- COMO
DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
25- O
TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
26- A
PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
27-
O TEMPO E SUAS DIVISÕES
28-
A VIDA, COSTUMES, CURIOSIDADES DOS POVOS BÍBLICOS
29- CRONOLOGIA
DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BÍBLICA
30- AS
POTÊNCIAS MUNDIAIS DOS TEMPOS BÍBLICOS
31- DISPENSAÇÕES
32- NOÇÕES
DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICA
Stefan N. Barbosa
INTRODUÇÃO A BIBLIOLOGIA
Ninguém conseguirá
compreender bem o livro de Deus sem ter pelo menos uma ideia da história, costumes,
idiomas, religiões dos povos que diretamente como os judeus, egípcios,
assírios, e outros, participam do seu conteúdo e acima de tudo comunhão
estreita com o Espírito Santo de Deus. Da arqueologia à
apologética, com observações históricas e o registro de outros conhecimentos,
fazendo uma breve introdução aos livros Bíblicos, procuramos transmitir aos
alunos um conhecimento panorâmico acerca da Bíblia, e orientá-los a lerem e
estudarem esse maravilhoso tesouro concedido por Deus aos homens, e que deve ser
a nossa única regra de fé e prática. Esperamos que ao se aprofundar no
estudo dessa apostila, novos horizontes se abram a frente do aluno, e que a
cada capítulo sinta o desejo de penetrar cada vez mais no vasto campo do
conhecimento Bíblico. Nosso desejo foi de preparar um trabalho resumido que
atendesse as necessidades básicas daqueles que se propõem a estudar a Palavra
de Deus ou conhecê-la melhor.
1-A HÍSTORIA DA
BÍBLIA OS ORIGINAIS
Grego,
hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das
Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns
poucos textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito
originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.
Os
originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das
Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia,
mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros
originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições
do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas
melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às
descobertas arqueológicas. Para a tradução do Antigo Testamento, a
Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela
Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek New
Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores
edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para
tradutores.
O
Antigo Testamento em Hebraico
Muitos
séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo
hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus.
Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por
isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções
conhecidas por a Lei, os Profetas, e as Escrituras. Esses três grandes
conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do
Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os
primeiros cinco livros da nossa Bíblia.
Já
os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores,
Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, e 1 e 2 Reis. E as Escrituras reuniam o grande
livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão,
Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias, e 1 e 2 Crônicas.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos
confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas.
Geralmente, cada um desses livros eram escritos em um pergaminho separado,
embora A Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era
escrito em hebraico, da direita para a esquerda e, apenas alguns capítulos, em
dialeto aramaico.
Hoje
se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do
Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II
a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em
Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna
próxima ao Mar Morto.
O
Novo Testamento em Grego
Os
primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das
cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos
povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses
grupos marca o início da Igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e
preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem
solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente
copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
A
necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos
primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram
na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se
espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações,
sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular.
O
mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de
papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras
de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos
cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Velho
Testamento e o texto em grego do Novo Testamento.
Outros
Manuscritos
Além
dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que
circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o
Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze
Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo
fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar
quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto,
gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu
a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e
ensinamentos de Jesus.
No
Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum
e o Novo Testamento foi constituído. Os dois manuscritos mais antigos da
Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião, o grande Codex
Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm
quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte
manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco
séculos. Quando Constantino proclamou e impôs o cristianismo como única
religião oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda
nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento.
É
possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha
conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam
danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas
de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e
o Novo Testamento foram apresentados em um único volume, agora denominados
Bíblia.
História
das Traduções
A
Bíblia, o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo, desde as suas
origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria
ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de
difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos
resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é
possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas
diferentes.
A
Primeira Tradução
Estima-se
que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo.
Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo
Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que
viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico, com
o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o
hebraico. Denominada Septuaginta (Tradução dos Setenta), esta primeira
tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte
da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial)
do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do
Século I (d.C.).
A
igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são
chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de
algumas Igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em
sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento
fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na
propagação dos ensinamentos de Deus.
Outras
Traduções
Outras
traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta
(Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim - a
mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente.
Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C.,
o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução
oficial das Escrituras. Com o objetivo de realizar uma tradução de
qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20
anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que
conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata",
ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não
tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo
ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do
Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.
Na
Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que
destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais
alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o
texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em
latim na versão de Jerônimo.
Não
se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários
levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que
havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro
séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é
a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava
ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas
traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros
inteiros foram surgindo.
Tradução
de Antônio Pereira de Figueiredo: Antônio Pereira de Figueiredo, que preparou a
primeira Bíblia inteira, baseada na Vulgata Latina, nasceu em Manção, Portugal,
a 14 de fevereiro de 1725. Essa tradução consumiu 18 anos de trabalho.
Tradução
do Padre Huberto Rodhen: Em 1930 o Padre Huberto Rodhen traduziu o primeiro
Novo Testamento inteiro diretamente do grego, o primeiro tradutor católico a
fazer tal tipo de tradução na história da Bíblia portuguesa.
Tradução
do Padre Matos Soares: Essa é a tradução mais popular entre os católicos. Foi
baseada na Vulgata Latina e em 1932 recebeu o apoio papal por meio de carta
dirigida ao Vaticano. Quase a metade dessa tradução contém explicações dos
textos, em notas entre parênteses. Essas notas parentéticas incluem,
naturalmente, dogmas da Igreja Romana, da qual pertencia o tradutor.
Tradução
Brasileira (TB): Foi preparada sob a direção do Dr. H. C. Tucker, tendo sido
concluída em 1917. Essa tradução nunca foi muito popular.
2-QUAL
É A MELHOR TRADUÇÃO DA BÍBLIA?
Com
o lançamento de novas traduções, muitas pessoas têm ansiosamente perguntado:
"Qual é a melhor tradução da Bíblia?"
Não
abordarei aqui todas as traduções da Bíblia publicadas no Brasil. Falarei
daquelas que são propriedade da Sociedade
Bíblica do Brasil (SBB). Neste catálogo, encontram-se os mais diversos
formatos de Escrituras, que usam tais traduções. A SBB possui e publica duas
traduções da Bíblia: a de João Ferreira de Almeida e a Nova Tradução na
Linguagem de Hoje (NTLH).
A
tradução de Almeida, como resultado de várias revisões, é publicada pela SBB em
três versões: Revista e Corrigida
(DO), Revista e Corrigida-Edição de
1995 (RC) e Revista e Atualizada
- 2a. Edição (RA).
(a)
A DO é a Almeida mais antiga. Lançada em 1898, recebeu revisões ortográficas no
século XX, mas basicamente manteve o texto inalterado. (b) A RC é uma
revisão da DO. A partir do texto hebraico, identificou-se mais claramente o
nome de Deus no AT e dividiu-se o texto em parágrafos; além disso, acertou-se a
pontuação e atualizou-se, onde necessário, a terminologia. (c) A RA,
publicada em 1993, é a revisão da versão que foi lançada em 1959. Comparada à
DO e RC, a RA se distingue por ter como base textos originais (hebraico,
aramaico e grego) mais atualizados, embora essencialmente não diferentes dos da
DO e RC. Por outro lado, a RA traz um texto mais afinado com o português
erudito falado no Brasil. No entanto, a característica fundamental da tradução
de Almeida, em suas várias versões, é a de seguir o princípio de equivalência
formal. Esse princípio leva a traduzir o texto não só buscando que o mesmo seja
a representação fiel do sentido dos originais, mas também conservando, o máximo
possível, as características gramaticais, a estrutura de cláusulas e frases, e
a consistência na tradução dos termos das línguas originais. Já a TLH é o
resultado de um importante projeto de tradução da SBB. Vendo a necessidade de
uma tradução mais simples, conforme o modo de falar da maioria dos brasileiros,
a SBB iniciou uma nova tradução. O NT foi lançado em 1973, e a Bíblia completa,
em 1988.
No
final de 2000, a SBB lançou uma revisão completa da TLH como Nova Tradução na
Linguagem de Hoje (NTLH). A NTLH segue o princípio de equivalência funcional,
semântica, ou dinâmica. Este princípio leva a traduzir os textos originais com
absoluta fidelidade, bem como a comunicar, do modo mais natural, a mesma ideia
dos originais em linguagem contemporânea, obedecendo às normas gramaticais e à
estrutura do Português.
Mas
qual é a melhor tradução?
A
fidelidade aos originais é fundamental para uma boa tradução. Todas as
traduções, ou versões, publicadas e distribuídas pela SBB são fiéis aos
originais. Elas se distinguem no seguinte: (a) Na linguagem: a linguagem
das Almeidas é mais erudita e, às vezes, até arcaica; já a linguagem da NTLH é
mais simples e atual. (b) No princípio de tradução: as Almeidas são mais
literais e formais; já a NTLH expressa o sentido conforme o modo de falar da
maioria das pessoas. Há pessoas que preferem a linguagem erudita e formal; já outras,
a linguagem simples. Logo, precisamos perguntar: qual é a melhor tradução
para quem? Para pessoas eruditas? Para pessoas simples? Para pessoas que já são
cristãs há muito tempo? Para pessoas que nunca leram a Bíblia nem conhecem a fé
cristã? Para adultos? Para crianças? Ou, precisamos perguntar: qual é a melhor
tradução para quê? Para estudar? Para evangelizar? Para memorizar? Para
ensinar?
Em
resumo, cada tradução será boa para alguém ou para alguma finalidade. Por isso,
é muito bom que tenhamos várias traduções. Pessoas que não sejam tocadas por
uma tradução poderão ser por outra. Encaremos, portanto, as traduções como
bênçãos que Deus nos dá para alcançar o maior número de pessoas para o seu
Reino. (cf. 1Co 9.22). "Comissão de Tradução, Revisão e Consulta
da SBB."
3-AS
PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS
Na
Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg
desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande
porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas
decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova
arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 –
alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas
até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro,
islandês, polonês e finlandês.
Finalmente
as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas
traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16,
manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais,
começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam
auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Uma
pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi
Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na
Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento
em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim,
pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo
Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos
a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente
confiáveis.
Descobertas
Arqueológicas
Várias
foram às descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das
Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do
Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais
antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a
maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma
cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto,
na região de Jericó.
Durante
nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar
Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se
têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos
800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários
teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até
então considerados exclusivos do cristianismo.
Estes
documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa
confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da
cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos
foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos,
uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do
nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o
texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense,
de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.
Outros
manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta
Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores,
parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó. As descobertas
arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes,
continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a
resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos,
cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se
baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas
em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.
4-O
DIA DA BÍBLIA – A ORIGEM DO DIA DA BÍBLIA
O
Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu
no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população
intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo
domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal.
Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No
Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da
Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui
vieram semear a Palavra de Deus.
Durante
o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito
restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880,
esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia
da Bíblia, se popularizando.
Pouco
a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do
Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica
do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro desse mesmo ano, houve uma das
primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento
do Ipiranga.
Hoje,
o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo
que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa
referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da
Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam,
todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.
Edição
Revista e Corrigida (RC)
Bíblia
Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida
(1898,1995). Uma das características da RC é a linguagem clássica,
praticamente erudita. Nesta edição, fica transparente que a tradução de
Almeida preza pela equivalência formal. Em outras palavras, João Ferreira de
Almeida procurou reproduzir no texto traduzido os aspectos formais do texto
bíblico em suas línguas originais (hebraico, aramaico e grego). Almeida procura
estabelecer tal equivalência quanto ao vocabulário, à estrutura e demais
aspectos gramaticais. Assim, por exemplo, Almeida buscou manter em sua tradução
a ordem dos termos nas frases e também a sua categoria gramatical como se
encontram nos textos originais da Bíblia.
Além
disso, no tempo em que Almeida publicou sua tradução pela primeira vez (ca.
1681), era costume dos tradutores indicar pelo tipo itálico (inclinado) toda e
qualquer palavra que precisasse ser inserida na tradução para que tivesse
sentido, o que foi fielmente conservado pela RC. É uma das mais queridas e
apreciadas no Brasil, disponível em diversos tamanhos e formatos.
Edição
Revista e Atualizada (RA)
Bíblia
Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada
(1959,1993). Conservando as características principais da tradução de
equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de
revisão e atualização teológica e linguística da RC. Igualmente fiel aos textos
originais, à linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre, evitando o
demasiado vulgar e demasiado acadêmico e literário. A RA tem tido ampla
aceitação, tanto no Brasil como em outros países de fala portuguesa, podendo
ser encontrada em diversos tamanhos e formatos.
5-BÍBLIA
SAGRADA - NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)
Traduzida
pela Sociedade Bíblica do Brasil (2000).
Esta
tradução segue os princípios da tradução de equivalência dinâmica, sendo fiel
aos textos originais (em hebraico, aramaico e grego). O sentido do texto é
dado em palavras e formas do português falado no Brasil. Foi feito todo o
esforço para que a linguagem fosse simples, clara, natural e sem ambiguidades.
Daí ser especialmente indicada para pessoas que estão tendo seu primeiro
contato com a Bíblia. É uma excelente ferramenta para a evangelização. A
NTLH pode ser encontrada em diversos tamanhos e formatos, com diferentes capas
e encadernações.
6-JOÃO
FERREIRA DE ALMEIDA – HISTÓRIA
Conhecido
pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve
uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou aos 63 anos.
Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João Ferreira de
Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor
(ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos
protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela
Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição
Revista e Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60%
dos leitores evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por
A Bíblia no Brasil.
Se a
obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor.
Pouco, ou quase nada, se tem falado a respeito deste português da cidade de
Torres de Tavares, que morreu há 300 anos na Batávia (atual ilha de Java,
Indonésia). O que se conhece hoje da vida de Almeida está registrado na
"Dedicatória" de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de
Igrejas Reformadas (Presbiterianas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou
como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.
De acordo com esses registros, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de
Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia
ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o
objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa local.
Tradutor
aos 16 anos
Dois
anos depois, começou a traduzir para o português, por iniciativa própria, parte
dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol. Além da Versão
Espanhola, Almeida usou como fontes nessa tradução as Versões Latina (de Beza),
Francesa e Italiana-todas elas traduzidas do grego e do hebraico. Terminada em
1645, essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor fez cópias à
mão do trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca,
Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka). Mais tarde, Almeida tornou-se membro do
Presbitério de Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela
congregação.
No
tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa era muito útil para as
igrejas daquela região. Além de o português ser o idioma comumente usado nas
congregações presbiterianas, era o mais falado em muitas partes da Índia e do
Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida
tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e,
portanto, difícil de entender para a maioria da população. Essa impressão é
reforçada por uma declaração dada por ele na Batávia, quando se propôs a
traduzir alguns sermões, segundo palavras, "para a língua portuguesa
adulterada, conhecida desta congregação."
Perseguido
pela Inquisição, ameaçado por um elefante.
O
tradutor permaneceu em Málaca até 1651, quando se transferiu para o Presbitério
da Batávia, na cidade de Djacarta. Lá, foi aceito mais uma vez como capelão,
começou a estudar teologia e, durante os três anos seguintes, trabalhou na
revisão da tradução das partes do Novo Testamento feita anteriormente. Depois
de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao
pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores,
traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em
1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão, para onde seguiu
com um colega, chamado Baldaeus.
Ao
que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o
pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte
contra o que ele chamava de "superstições papistas," que o governo
local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia
(provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor
em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem
sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida não é
conhecido, mas supõe-se que estivesse novamente relacionado com as ideias
fortemente anticatólicas do tradutor.
A
passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de
um ano, também parece não ter sido das mais tranquilas. Tribos da região
negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo
com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que
um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.
Foi
também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua
mulher e casou-se. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele,
chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrecia de Lamos). Um acontecimento
curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão,
Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da
morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de
uma menina.
Ideias
e personalidade
A
partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na
congregação de fala portuguesa da Batávia, onde ficou até o final da vida.
Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Os registros a esse
respeito mostram muito de suas ideias e personalidade. Entre outras coisas,
Almeida conseguiu convencer o presbitério de que a congregação que dirigia
deveria ter a sua própria cerimônia da Ceia do Senhor. Em outras ocasiões,
propôs que os pobres que recebessem ajuda em dinheiro da igreja tivessem a
obrigação de frequentá-la e de ir às aulas de catecismo. Também se ofereceu
para visitar os escravos da Companhia das Índias nos bairros em que moravam,
para lhes dar aulas de religião - sugestão que não foi aceita pelo
presbitério - e, com muita frequência, alertava a congregação a respeito
das "influências papistas."
Ao
mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude.
Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e
hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento
estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado
- ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem
que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também
que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis
para que o fato se concretizasse: a do Governo da Batávia e a da Companhia das
Índias Orientais, na Holanda.
Exemplares
destruídos
Escolhidos
os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro
anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais-mandou o
manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o
presbitério conseguiu parar o processo, e a impressão foi interrompida.
Passados alguns meses, depois de algumas discussões e brigas, quando o tradutor
parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas
vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e
estava sendo impresso naquele país.
Em
1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da
gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução
e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os
exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da
Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se
fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se
começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.
Apesar
das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia
foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às
congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu
Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi
iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de
Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e
distribuída.
Ezequiel
48.21
Enquanto
progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o
Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco
primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse
texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo
Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde
prejudicada - pelo menos desde 1670, segundo os registros—, Almeida teve
sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à
tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida
inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia
chegado até Ez 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694
por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas
mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o
segundo, em 1753.
Diferença
Entre As Versões
Tanto
a edição Revista e Corrigida quanto a Revista e Atualizada foram constituídas a
partir dos textos originais, traduzidos por João Ferreira de Almeida no século
XVII. As pequenas diferenças entre uma e outra edição devem-se ao fato de os
próprios originais em hebraico, aramaico e grego trazerem algumas variantes e
suportarem mais de uma tradução correta para uma palavra ou versículo.
Porém, na essência as duas versões refletem o bom trabalho realizado por
João Ferreira de Almeida, o qual foi completamente fiel aos textos originais
das Escrituras Sagradas. Embora haja diferenças entre as duas versões, as
passagens centrais da fé cristã - que apresentam Jesus Cristo, nosso
Senhor e Salvador - são perfeitamente claras e concordantes em ambas.
A
Revista e Corrigida (RC)
A RC
foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em
data anterior à fundação da SBB. Naquela época, a tradução de Almeida foi
entregue a uma comissão de tradutores brasileiros, que foram incumbidos de
tirar os lusitanismos do texto, dando a ele uma feição mais brasileira.
Publicada em 1898, recebeu o nome de Revista e Corrigida.
Seguindo
os princípios da equivalência formal, a RC é adotada por inúmeras denominações
evangélicas em países de língua portuguesa, especialmente no Brasil e em
Portugal. As diferenças desta edição para a Revista e Atualizada se dão
basicamente no que se refere aos manuscritos originais disponíveis na época de
Almeida. Descobertas arqueológicas e estudos de teólogos e historiadores em
torno das Escrituras Sagradas tiveram grandes avanços desde o século XVIII até
os dias de hoje. Tais documentos não existiam à época de Almeida. Dessa forma,
a RC é a expressão dos textos originais com que Almeida trabalhou; não há nesta
versão indicações de textos sobre os quais os diversos manuscritos bíblicos
divergem.
Embora
haja certas diferenças entre a RC e a RA, ambas têm seu valor como traduções
fiéis da Palavra de Deus de acordo com os textos originais disponíveis na época
de sua elaboração. Porém, não há diferenças entre os próprios manuscritos que
deponham contra a mensagem central da Palavra de Deus.
A
Revista e Atualizada (RA)
Quando
em 1948, a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente da
Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores brasileiros.
O resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o que hoje conhecemos
como a versão Revista e Atualizada. Conservando as características
principais da tradução de equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de
mais de uma década de revisão e atualização teológica e linguística da RC.
Igualmente fiel aos textos originais, à linguagem da RA é viva, acessível,
clara e nobre. Sua revisão foi feita à luz dos manuscritos bíblicos melhor
preservados.
Em
1993, a RA passou por uma segunda revisão, afinando ainda mais o texto bíblico
aos textos originais em hebraico, aramaico e grego.
Confrontando
a tradução de Almeida, que resultou na versão Revista e Corrigida, com os novos
manuscritos encontrados, os editores da RA decidiram indicar os textos em que
um ou mais manuscritos não tinham consenso. Tais textos foram colocados entre
colchetes, como é o caso da mulher adúltera, o qual permanece na Bíblia Sagrada
por ser mencionado em grande número de manuscritos antigos e também por não
contradizer em nada os demais ensinamentos das Escrituras Sagradas. É
importante frisar que os textos-chaves das Escrituras Sagradas, os que dizem a
respeito à salvação em Cristo Jesus, não apresentam qualquer tipo de dúvida.
7-FORMA
DE ESCREVER DETALHADO, LIVROS, CAPITULOS e VERSÍCULOS.
Ex.:
Primeira aos Coríntios, capítulo doze e versículos um a dez, quinze, dezessete
e vinte e um, e Mateus capítulo três, versículos três, quatro, oito, nove e
dez: 1Co 12:1-10, 15, 17, 21; Mt 3:3-4, 8-10.
Descrevendo
as pontuações
Iniciais
do Livro: Mt = Mateus; sendo a primeira letra maiúscula e a outra minúscula.
Número
do capítulo;
(:
ou .) dois pontos ou um ponto, divide o capítulo e os versículos a seguir;
(-)
o hífen, divide os versículos em sequência;
(,)
a virgula, separa os versículos quando os mesmo não estão em sequência;
(;)
o ponto e vírgula indica que a seguir não se trata mais do mesmo capítulo ou do
mesmo livro.
Exemplo:
Gn 15:1, 3, 5, 7-10; 17:10-12, 14-16; 1Cr 12:1-6.
Gêneses
capítulo 15 e versículos, um, três, cinco, sete, oito, nove e dez, e capítulo
17, versículos dez, onze e doze, e quatorze, quinze e dezesseis, e Primeiro
Crônicas, capítulo 12 e versículos, um a seis.
A
Bíblia tem alguma coisa diferente de todos os outros livros deste mundo. A
sua preservação por tantos os séculos e a sua divulgação, sendo aceita e
apreciada por tantas pessoas de classes, condições e profissões diferentes.
Reis, filósofos, poetas, estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos,
pescadores, etc. ... escreveram a bíblia, um no deserto do Sinai, outro no
palácio de Jerusalém, outro junto ao rio da Babilônia, outro na cadeia de Roma,
outro na ilha de Patmos. Há um período de quase 1600 anos entre o primeiro e o
ultimo escritor. Os materiais apresentado são: história, genealogia, lei,
ética, profecia, ciência, higiene, economia, política e regras para a conduta
pessoal. Tudo isto forma uma unidade, expondo o plano de Deus na salvação dos
pecadores.
Gênesis
é o começo das coisas. O apocalipse, a consumação.
De
Gênesis a Malaquias - a salvação necessária, prometida e tipificada.
Os
quatro Evangelhos – a salvação realizada.
De
Atos a Apocalipse – a salvação aplicada e consumada.
Na
exposição da mensagem de Deus, a bíblia usa linguagem figurada ou simbólica,
que pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação de outras passagens no
mesmo assunto. Muitas figuras de retórica estão no texto bíblico, tornando a ideia
enfática, mantendo sempre a clareza do pensamento.
8- A BÍBLIA É ASSIM
UM LIVRO DE METÁFORAS, SÍMILES, ALEGORIAS, TIPOS, SÍMBOLOS, ETC...
Metáforas – um objeto
tomado por outro - ”o cordeiro de Deus’’.
(Jo
1:29b)
Símile - Comparação
– “sou como o pelicano no deserto’’ (Sl 102:6a)”.
Metonímia – uma coisa
tomada por outra, com relação de:
a) Causa
pelo efeito – "tem Moises e os profetas’’ (Lc 16:29b).
b) Efeito
pela causa – "duas nações há no teu ventre’’ (Gn 25:23a).
Hipérbole – aumento ou
diminuição exagerada da realidade das coisas. " ... faço nadar o meu
leito... com as minhas lagrimas’’ (Sl 6:6).
Ironia – pensamento
com sentido oposto ao significado literal. " ...o homem é como um de nós,
sabendo o bem e o mal’’ (Gn 3:22b)
Antropomorfismo – atribuição a
Deus das faculdades humanas: "o Senhor cheirou o suave cheiro’’ (Gn
8:21a).
Tipo – alguma
pessoa, coisa ou cerimônia que se refere a eventos futuros.
Símbolo – algum
objeto material representando verdades espirituais.
Alegoria
1- aplicação
alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma
figurada. Exemplos: os filhos de Abraão (Ismael, Isaque), como os dois
concertos da lei, e da graça (Gl 4:22,23).
2- a história da
vinha que foi trazida do Egito (Sl 80:8-10).
duas águias e a videira (Ez 17:3-10).
3- O livro de Cantares é todo uma alegoria representando o amor de Cristo para sua igreja.
duas águias e a videira (Ez 17:3-10).
3- O livro de Cantares é todo uma alegoria representando o amor de Cristo para sua igreja.
Parábola – uma
narrativa em que as pessoas e fatos correspondem às verdades morais e
espirituais. E são encontradas em toda a bíblia.
Exemplo
no Velho Testamento:
O
Profeta Natã contou a respeito do "homem pobre que tinha apenas uma
ovelha, e um homem muito rico lhe tomou, e a preparou numa refeição para o
amigo que chegara’’ esse homem rico era o rei Davi. (2Sm 12:1-7). Espiritual de
Deus ninguém esconde nada. Moral = não devemos cobiçar as coisas alheias.
Exemplo
no Novo Testamento
"um
rei deu um banquete e mandou chamar os convidados, e cada um tinha uma desculpa
para não vir’’... (Lc 14:15-24). Espiritual = muitos serão chamados, poucos os
escolhidos. Moral = as coisas do céu devem ser levadas a sério, Jesus continua
chamando hoje para um banquete.
TIPOS - É uma
pessoa ou coisa que se refere a acontecimentos futuros, sempre empregados na
esfera religiosa. Podemos dividi-los em históricos e rituais.
Tipos
históricos podem ser pessoais ou coletivos
Pessoais = quando
certos personagens do Velho Testamento têm alguma semelhança com a pessoa de
Jesus, ou ilustram alguma revelação da doutrina do evangelho. Este caso é o que
o que chamamos tipos humanos de Jesus.
Coletivos = é aplicação
dos acontecimentos da vida dum povo ou de uma coletividade à Igreja aqui no
mundo, ou como aviso sobre o modo de proceder dos crentes.
Tipos
rituais =
quando os detalhes da lei mosaica prefiguram o ensino do Novo Testamento. Isto
aparece nos capítulos sobre o Tabernáculo e sobre as cerimônias de Levítico.
ANTÍTIPO
A
palavra traduzida por figura, em Hb 9:24 e 1Pe3:21. O termo alude a uma
correspondência de sentido, em alguma ilustração. No uso comum, afirma-se que o
Antigo Testamento contém TIPOS das verdades Neotestamentárias. As coisas assim
tipificadas são chamadas antítipos. Assim o Tabernáculo e seus móveis nos
oferecem tipos de Cristo, e o próprio Cristo é o antítipo.
Israel
repousou na terra de Canaã (tipo), e nós esperamos pelo descanso na esfera
celeste (antítipo).
Adão,
Abraão, José, etc... De alguma maneira são tipos de Jesus Cristo, e este é o
antítipo deles.
9-SÍMBOLOS
"Começando
por Moisés, e por todos os profetas, explicava – lhes o que Dele se achava em
todas as Escrituras’’ (Lc 24:27)
Muitas
palavras das Santas Escrituras são empregadas com vários sentidos, apresentando
alguma relação com nossa união a Deus, pela salvação alcançada pela morte de
Jesus.
Num
espaço pequeno, não é possível estudar todas. Escolhemos algumas cujo
simbolismo é mais claro, poderemos apresentar nesta apostila um pouco das
aplicações que são feitas para nosso crescimento espiritual. O sentido em que é
empregada uma palavra pode ser descoberto pelo contexto ou por outras passagens
no mesmo assunto. Seguem as palavras que encerram vários símbolos.
ÁRVORE
1- Símbolo
da graça de Deus e da vida eterna
Quando
Deus preparou um lugar para habitação de sua criatura, o jardim do Éden, pôs
ali "a árvore da vida’’ e a "árvore da ciência do bem e do mal"
(Gn2.9b). Eram literalmente árvores, mas representavam necessidades
espirituais. A árvore da vida estava no meio do jardim, guardada pela mente do
Criador, merecendo uma atenção especial." Adão, tendo pecado, ficou
privado de comer da árvore da vida, por isso foi expulso do Éden. A
figura da árvore da vida atravessa toda a revelação bíblica. Na restauração do
pecador, terá ele direito a comer do seu fruto. Numa das promessas ao
vencedor, o Espírito diz expressamente às Igrejas: -"ao que vencer,
dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus"
(Ap 2:7).
2- As
árvores também simbolizam os homens
Jesus
Cristo, falando de falsos profetas, diz: "Assim, toda árvore boa
produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Toda árvore que não dá
bom fruto corta-se e lança-se no fogo" (Mt 7:15-19).
3- As
árvores são símbolos dos que obedecem
Quem
anda fazendo a vontade de Deus é "... como árvore plantada junto a
ribeiros de águas, a qual dá seu fruto na estação própria... e tudo quanto faz
prosperará". (Sl 1:3)
O crente
tem que levar uma vida sempre pensando no bem do próximo. Pois a árvore dá
frutos, sombra, remédio, lenha, madeira, e outros bens para ajudar o próximo. E
caso for diferente nos enquadraremos em (Jd 12c), e seremos "... árvores
murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas"
CARNE
A
carne é o tecido muscular dos animais. Vem nas páginas bíblicas com diversos
significados.
1- A
palavra aparece no sentido literal
Em
uma murmuração no deserto, os israelitas disseram: "Quem nos dará carne a
comer?" (Nm 11:4c).
2- A
carne é a humanidade de Jesus
"E
o verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1:14a).
No
Tabernáculo e no Templo havia um véu, uma cortina volumosa de
espessura em torno de 12cm, impedindo a entrada do povo no lugar Santo dos
Santos. Quando Jesus morreu o véu se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51),
significando que desaparecia a separação, o impedimento no acesso a Deus. O véu
era tipo da carne ou da humanidade de Jesus. (Hb 10:20). Também na
ministração da Ceia do Senhor, o pão simboliza sua carne (Jo 5:51).
3- A
carne é o poder dos homens, o valor da humanidade.
Quando
o Senaqueribe, rei da Assíria, preparou guerra contra Ezequias rei de Judá,
este sendo crente fiel, confiou na proteção de Deus e animou o povo com estas palavras:
"com ele (Senaqueribe) está o braço de carne, mas conosco está o Senhor
nosso Deus" (2Cr 32:8a).
a- A carne
também é uma natureza branda, obediente a Deus. (Ez 11:19b).
b- Carne é a
inclinação má, a tendência para o pecado. (Mc 14:38b).
PEDRA
1- Pedra quer dizer
monumento
Sua
principal utilidade sempre foi nas construções, porem nos tempos antigos servia
de monumento. Jacó a usou como travesseiro e a pôs como coluna fazendo
voto a Deus (Gn 28:18-20). Outra vez a usou como testemunha quando se separou
de Labão (Gn 31:45-49). Josué mandou tirar doze pedras do fundo do rio
Jordão para memorial, para relembrar a passagem no Jordão (Js
4:4-8). Samuel, depois da vitória sobre os filisteus, tomou uma pedra e a
pôs entre Mispá e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, "... até aqui nos
ajudou o Senhor" (1Sm 7:12b).
2- Pedra pode
ser incredulidade, a insensibilidade do homem para com Deus.
"...
e se amorteceu nele, o seu coração, e ficou ele como pedra" (1Sm25:37b).
3- Pedra
representa o crente na obra da Igreja de Jesus Cristo. (1Pe 2:5).
4- Pedra também
será a recompensa do crente que vencer. (Ap 2:17)
5- Pedra é um
titulo de Jesus Cristo. (1Pe 2:4).
O
apostolo Paulo escrevendo aos coríntios disse que precisamos entender as vozes
do mundo e o seu significado. (1Co 14:10). Então podemos dizer que este espaço
é muito pequeno para tantas lições que precisamos aprender com as passagens
bíblicas. Vamos tentar condensá-las.
FOGO
1- Deus é fogo
consumidor (Dt 4:24), no sentido de ser zeloso (Ex 20:5), 2- Sua presença
nos sacrifícios, e holocaustos (Gn 15:17; 1Rs 18:38).
3- Pode ser a
perseguição que o crente sofre. (Is 43:2b)
4- Pode ser
Juízo de Deus. (2Pe 3:7). Etc...
MUNDO
1- Humanidade
- "Deus amou o mundo de tal maneira..." (Jo 3:16).
2- A vantagem
material que desperta a cobiça. (Mt 16:26a).
3- As coisas
corrompidas pelo pecado. (1Jo 2:15, 17).
VENTO
O
poder de Deus é comparado ao vento ou manifestado por ele. Um forte vento
operou a abertura do mar para os israelitas passarem (Ex 14:21).
Deus
emprega "os quatro ventos" para ajuntar os filhos de Israel na sua
glória futura (Ez 37:9).
O
vento também simboliza doutrinas errôneas, falsas. (Ef 4:14).
FERMENTO
É
sempre usada esta palavra na bíblia com o sentido de maldade, influencia
contraria a santidade, ou seja, coisa que estraga o ambiente
espiritual. Na comemoração da páscoa, os judeus por ordem divina, tiravam
todo fermento da casa, e durante sete dias quem comesse pão levedado era
cortado de Israel (Ex 12:15). Também nas ofertas de manjares não era permitido
o fermento (Lv 2:11). Jesus recomendou aos discípulos que se guardassem do
fermento dos fariseus e dos saduceus. (Mt 16:6-12).
10-TIPOS
HUMANOS DE JESUS CRISTO
"Os
quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais." (Hb 8:5a).
Adão
Como
primeiro homem na historia da humanidade, "é figura daquele que há de
vir" (Rm 5:14c).
Cristo
é o primeiro da nova criação. Pela ofensa de um só morreram muitos, muito mais
a graça, o dom pela graça abundou por um só homem, Jesus Cristo (Rm 5:15).
Abel
(vaidade)
Foi
pastor de ovelhas- Jesus é o bom pastor;
Foi
morto por inveja - Jesus foi também entregue por inveja;
Foi
morto inocente - Jesus foi morto sem ter culpa;
O
sangue de Abel falou - O de Jesus fala até hoje.
Melquisedeque
Cremos
que este era descendente de Abraão e Noé; sua genealogia é desconhecida até
nossos dias, cremos que é Deus que não a quer revelar. Para ser sacerdote a
pessoa tinha que ter esse princípio, e os judeus não o aceita como sacerdote de
Deus, mas a Abraão o aceitou e em (Hb 7:1), fala sobre ele como tipo de Jesus.
Isaque
Filho
da promessa, e único = Jesus também;
Nascimento
sobrenatural = idem;
Foi
oferecido em sacrifício = idem;
No
casamento um servo fiel = aqui é o Espírito Santo quem prepara, foi
providenciar a noiva para ele.
José
Amado
pelo pai = Jesus também;
Odiado
pelos irmãos = idem;
Enviado
pelo pai = idem;
Vendido
= idem;
Tentado
e venceu = idem;
Preso
entre dois prisioneiros = idem;
Levantado
e exaltado = Jesus idem;
Com
trinta anos começou o ministério = idem;
A
noiva não hebreia = idem;
Todos
os povos abençoados = idem;
Por
causa dele. Podemos ainda destacar, Benjamim, Moises, Boaz, Davi, Jonas.
11-TIPOS
NÃO HUMANOS DE JESUS CRISTO
Luz = Luz
do mundo;
Arca de NOÉ = O único caminho
para salvação do dilúvio;
Cordeiro = O cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo;
A
escada de Jacó = A
saída preparada por Deus, o escape;
O
Cordeiro Pascal = Cristo
nossa Páscoa;
A
coluna de fogo = Jesus
adiante do povo, como pastor, guiando;
A
rocha de Horebe = Jesus
foi ferido pelo juízo de Deus para nos dar água.
A
serpente de metal = Jesus
também foi levantado por nós.
A estrela = Para guiar os
salvos.
12-A
AUTORIDADE DA BÍBLIA
Poderiam
ser apresentados muitos argumentos racionais a favor da autoridade da Bíblia,
mas em última análise aceitamos a autoridade que se baseia na fé.
Consideramos a Bíblia como a Palavra de Deus a reclamar para si própria
uma autoridade decisiva. Nada obstante que nela depositemos toda a confiança,
aceitando essa Palavra e a autoridade que nela implica.
É na Bíblia que frequentemente se alude ao
fato de se tratar de uma mensagem diretamente outorgada por Deus. Diz-se, por
exemplo, que Moisés recebeu de Deus não só as tábuas da lei, mas ainda outras
recomendações rituais relativas à manutenção do tabernáculo ou sobre os
cuidados a ter com o povo de Israel. É também notória a insistência dos
profetas em afirmarem que não são autores daquilo que pregam, mas se trata de
uma mensagem recebida de Deus.
Jesus Cristo falou com autoridade porque
tinha a consciência de agir como Filho Eterno de Deus, e não apenas como
pregador vulgar. A Bíblia é a Palavra de Deus, ela é uma obra completa onde não
há contradição, procure observar que no Novo Testamento apenas não são citados
oito livros do Antigo Testamento: Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes,
Cantares, Obadias, Naum, e Sofonias.
TEORIAS
CONTRÁRIAS A AUTORIDADE DA BÍBLIA
A
doutrina estabelecida pelo concílio de Trento (1545-1563) é defendida até hoje
por muitos teólogos romanos modernos. Aparentemente a igreja católica aceita a
Bíblia de uma maneira parecida com a ortodoxa, porém três questões se levantam
e evidenciam o seu erro.
a- Ela afirma que na
Bíblia devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim, esses livros teriam o
mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais;
b- Supõe-se que
o texto das Escrituras Sagradas é demasiado obscuro e de difícil interpretação.
Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso de dúvida;
c- Eles não
consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição derivada
diretamente dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.
13-REVELAÇÃO
E INSPIRAÇÃO
A
palavra revelação vem do grego apokalypsis e significa literalmente o ato de
desvendar alguma coisa oculta, para que possa ser vista e reconhecida como ela
é.
Podemos
falar acerca da revelação tomando-a em dois sentidos:
Revelação
no sentido ativo: é
a atividade de Deus, enquanto se dá a conhecer aos homens.
Revelação
no sentido passivo: é
o próprio conhecimento que é comunicado aos homens.
A
história de Israel, como nação, sua religião, bem como a igreja, foi o
resultado evidente da revelação Divina. Vemos referências abundantes à
revelação de Deus nas páginas das Escrituras: Deus revelou-se
na aliança efetuada com Abraão: ”Estabelecerei a minha aliança entre mim e
ti a tua descendência no decurso das suas gerações’’ Gn 17:7”.
Deu
a Israel a sua lei: "Então
disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus
eu vos falei’’ Ex 20:22.
Podemos
considerar alguns exemplos de revelação dada por Deus:
1- Original
A
Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este
pudesse conhecer, amar, servir e glorificar a sua pessoa. Segundo o relato
bíblico, Adão no Éden tinha um conhecimento de Deus que transcende ao nosso
entendimento e ao nosso conhecimento. A narrativa da criação mostra dentre
outras coisas, que Deus se revela particularmente às suas criaturas. O homem
ainda hoje mesmo derrotado, e dominado pelo pecado, sente em seu próprio ser
que Deus existe.
2- Redentora
Por
causa do pecado o ser humano perdeu a possibilidade de aprender e compreender o
testemunho interior ou o da criação. Por isso, Deus se manifesta através de uma
revelação especial operada pelo Espírito Santo, dentro do homem, fazendo-o
voltar-se para ELE.
3- Verbal
Através
de Jesus Cristo o homem tem consciência da vontade de Deus para a sua vida. A
encarnação de Cristo como verbo de Deus é a mais completa das revelações, e, no
entanto, é da mais difícil compreensão por parte dos homens. Em Atos dos
Apóstolos a revelação verbal manifestou-se de múltiplas maneiras, tais como:
visões, sonhos, inspirações proféticas que iam da meditação ao êxtase, etc...
4- Bíblica
O
plano de Deus era para o fundamento da fé pessoal, um guia para o cristão, um
manual para a igreja, e grandes maravilhosos exemplos, faz da Bíblia um livro
completo no sentido de revelar Deus aos homens. O que diferencia a Bíblia de
qualquer outro livro é a sua inspiração divina.
14-DIFERENÇA
ENTRE REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Revelação
Deus
dá a conhecer ao escritor coisas desconhecido e que, por si só, o homem não
poderia conhecer.
Inspiração
O
Espírito Santo age como um sopro sobre os escritores, capacitando-os a receber
e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor nesse caso pôde
valer-se de outras evidências ou qualquer outro material.
Exemplo
Moisés
escreveu o Gênesis, recebendo-o por visões, sonhos, ou mesmo pelo próprio Deus.
Temos então REVELAÇÃO. Mas, se ele usou de escritos anteriores, incluindo
a tradição, desde que usado pelo Espírito Santo, temos a INSPIRAÇÃO. A palavra
inspiração significa normalmente uma influência sobrenatural do Espírito de
Deus sobre os autores bíblicos, garantindo que aquilo que escreveram era
precisamente o que Deus pretendia que eles escrevessem para a transmissão da
verdade divina, podendo por isso, dizerem realmente "inspirados’’ ou
literalmente "soprados’’ por Deus’’ (2Tm 3:16).
15-TEORIAS
FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
1- Inspiração
Natural
Esta
ensina que a Bíblia foi escrita por homens talentosos como Sócrates, e outros
tantos escritores e poetas.
"O
Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha
língua" (2Sm 23:2).
2- Inspiração
Comum
Ensina
que da mesma maneira como os escritores da Bíblia foram inspirados, ainda hoje
o somos. Quando oramos, cantamos, ou ensinamos a Palavra, estamos inspirados
por Deus.
3- Inspiração
Parcial Ensina
que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. É essa a teoria que afirma que
a Bíblia contém em parte a Palavra de Deus. Traz confusão, pois como iríamos
saber qual a parte inspirada e a que não tem inspiração!
4- Inspiração
Verbal
Ensina
que Deus ditou para os escritores aquilo que queria que fosse escrito. Nessa
teoria, os homens funcionaram apenas como máquinas ou computadores. Sabemos
que Deus usou apenas as faculdades mentais dos homens, mas, deixou livre a
sua racionalidade, os seus estilos, atividades, etc...
5- Inspiração
das ideias
Ensina
que Deus inspirou as ideias, mas não as palavras. Essas ficaram a cargo do escritor.
Se a palavra é a expressão da ideia, não podemos separá-las. A inspiração da
Bíblia, além de pensada, foi também falada. "Disto também falamos,
não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito,
conferindo coisas espirituais com espirituais. ’’ (1Co 2:13)
16-TEORIA
CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
A
Teoria da Inspiração Plena é a que ensina que todas as partes da Bíblia são
igualmente inspiradas. Os escritores foram capacitados pela cooperação vital, e
contínua do Espírito Santo. Os homens escreveram a Bíblia com palavras de seu
vocabulário, porém sob a influência do Espírito, o que escreveram foi realmente
a Palavra de Deus. Depois de ter sido escrito o último livro do Novo
Testamento, a inspiração plena cessou. Ninguém mais pode dizer inspirado no
mesmo sentido dos escritores da Bíblia. Foi uma inspiração especial para que
fosse produzido o Livro dos livros, o Livro de Deus.
Materiais
usados para os escritos bíblicos
1-
Pedra
Muitas
inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra.
Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedra (Êx 31:18,
34:1,28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C) e a Inscrição de Siloé,
encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 a.C).
2-
Argila
O
material de escrita predominante na Assíria, e Babilônia era a argila,
preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha
chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um forno ou seca ao sol.
Milhares desses tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
3-
Madeira
Tábuas
de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever. Durante
muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever entre os
gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em
Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
4-
Couro
Talmude
judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre peles de
animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo Testamento foi
escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam de
alguns metros a 30 perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70 cm de
altura, eram enrolados em um ou dois pedaços de pau.
5-
Papiro
É
quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o
material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em
tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água,
e depois as sobrepondo umas às outras para formar folhas. Uma camada de tiras
era colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa prensa, a fim de
aderirem uma às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de altura e 8 a 23 cm de
largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados colocando juntas as
folhas. Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.
6-
Velino ou Pergaminho
Velino
começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de Pérgamo
(197-158 a.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o
seu suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo
para o tratamento de peles. O resultado é conhecido como velino ou pergaminho.
Embora os termos sejam usados intercambiavelmente, o velino era preparado
originalmente com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de
pele de ovelhas e cabras. Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade,
preparado especial e cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados.
Este tipo de material foi utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por
volta do século IV a.D., ele suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos
conhecidos são em velino.
17-A
FORMAÇÃO DO CÂNON
A
palavra Cânon vem do hebraico caneh, é de origem semítica e originalmente
significava “instrumentos de medir’’, passou a ser usada para designar a lista
de livros reconhecidos como a autêntica, original, inspirada e autorizada
Palavra de Deus, diferenciando-os de todos os outros livros como “regra’’ de
f锓.
Bem
cedo na história, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio da
Sua revelação ao homem: Os Dez Mandamentos escritos em pedra, (Ex 31:18,
Dt. 10:45), Deus mesmo escreveu nas duas tábuas e as deu a Moisés como
testemunho da aliança entre Ele e Israel.
18-O
LIVRO SAGRADO
Estamos
estudando sobre o livro mais importante do mundo. Livro por excelência, o mais
vendido e lido em todo o mundo; o maior best-seller de todos os tempos. Falamos
das Escrituras Sagradas, ele é um manancial de bênçãos para todas as pessoas,
sejam: sábios, leigos, ricos, pobres, raças, tribos, nações, e línguas.
Todos podem ser abençoados e alcançados por este livro maravilhoso.
Para
o mudo ele é a boca;
Para
o cego a visão;
Para
o perdido o caminho;
Para
o sedento a fonte de água;
Para
o marinheiro a bússola;
Para
o viajante o mapa;
Para
o enfermo o remédio;
Para
o desesperado a esperança;
Para
o triste a alegria;
Para
o infeliz a felicidade;
Para
o condenado a salvação;
Para
o prisioneiro a liberdade;
Para
os salvos ele é tudo, pois nele que encontramos a Palavra de Vida Eterna, nele
nós encontramos o caminho que conduz ao céu. Nele nós aprendemos a amar ao Deus
Pai, ao Deus Filho, e ao Deus Espírito Santo. É através deste livro que
aprendemos que sem Deus nada podemos fazer. (Jo 15:5).
Um
dia estávamos perdidos, mas através deste livro, encontramos o caminho.
Estávamos com sede e descobrimos nele a fonte de água viva. Foi este livro que
nos orientou a buscar respostas certas para todas as nossas dúvidas. Estamos
falando da BÍBLIA SAGRADA. Do vocábulo grego "bíblos", temos o plural
"Bíblia’’, que quer dizer livros. Daí o nome da nossa Bíblia, um sinônimo
de Bíblia é "As Escrituras’’, do grego "gramata ou hai graphai"
como vemos nos textos:
1- Perguntou-lhe
Jesus: nunca lestes nas Escrituras’’ (Mt 21:42).
2- Ainda que não
lestes esta Escritura: A pedra... ’’(Mc 12:10)
19-ESTRUTURA
DA BÍBLIA
A
Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo
Testamento; (hebraico e grego diatheke), que significa: Aliança, concerto ou
testamento.
Contém
66 livros divididos em duas partes, sendo:
Antigo
Testamento: 39 livros assim divididos:
Os
cinco (05) primeiros, os Livros da Lei, são chamados Pentateuco, escritos por MOISÉS,
inspirado pelo Espírito Santo, após tudo já ter acontecido e são eles: Gênesis
(Gn), Êxodo (Ex), Levítico (Lv), Números (Nm), Deuteronômio (Dt).
Os
Livros Históricos são doze (12):
Josué
(Js), Juízes (Jz), Rute (Rt), 1º Samuel (1Sm), 2º Samuel (2Sm), 1º Reis (1Rs),
2º Reis (2Rs), 1º Crônicas (1Cr), 2º Crônicas (2Cr), Esdras (Ed), Neemias
(Nee), Ester (Et).
Os
Livros Poéticos são cinco (05):
Jó
(Jó), Salmos (Sl), Provérbios (Pv), Eclesiastes (Ec), Cantares de Salomão (Ct).
São
assim chamados devido ao seu gênero de seu conteúdo, também chamados
Devocionais.
Os
Livros Proféticos são dezessete (17)
Divididos
em dois grupos Profetas Maiores e Profetas Menores. São assim chamados
devido à quantidade de escritos de cada profeta.
Profetas
Maiores são cinco (05):
Isaías
(Is), Jeremias (Jr), Lamentações de Jeremias (Lm), Ezequiel (Ez), e Daniel
(Dn).
Profetas
Menores são doze (12):
Oséias
(Os), Joel (Jl), Amós (Am), Obadias (Ob), Jonas (Jn), Miquéias (Mq), Naum (Na),
Habacuque (Hc), Sofonias (Sf), Ageu (Ag), Zacarias (Zc), e Malaquias
(Ml).
O
Novo Testamento contém vinte e sete (27)
Assim
divididos:
Os
quatros primeiros são chamados Os Evangelhos, são livros Biográficos e falam da
descendência, nascimento virginal, vida, ministério, morte, ressurreição, e
ascensão de JESUS.
São
eles:
Mateus
(Mt), Marcos (Mc), Lucas (Lc), João (Jo).
Livro
Histórico, um (01):
Atos
dos Apóstolos: que conta a história do nascimento da igreja. E do derramamento
do Espírito Santo, podíamos chamá-lo Atos do Espírito Santo.
Epístolas
são vinte e uma (21)
Cartas
de vários escritores, quem mais escreveu epístolas foi o apóstolo Paulo (13):
São
elas:
Aos
Romanos (Rm), 1Coríntios (1Co), 2Coríntios (2Co), Aos Gálatas (Gl), Aos Efésios
(Ef), Aos Filipenses (Fp), Aos Colossenses (Cl), 1 Tessalonicenses (1Ts), 2Tessalonicenses
(2Ts), 1Timóteo (1Tm), 2 Timoteo (2Tm), Tito (Tt), Filemon (Fm), Hebreus (Hb),
Tiago (Tg), 1Pedro (1Pe), 2Pedro2 (Pe), 1João (1Jo), 2João (2Jo), 3João (3Jo),
Judas (Jd) (irmão de Jesus).
Livro
Profético, um (01):
Apocalipse
(Ap).
O
Antigo Testamento contém:
39
livros;
929
capítulos;
23214
versículos;
592.439
palavras;
2.728.100
letras;
O
livro do meio: é Provérbios;
O
capítulo do meio: Jó 39;
O
livro menor: Obadias;
O
menor versículo: Êxodo 20:13, e Deuteronômio 5:17;
O
maior versículo da bíblia Ester 8:9.
O
Novo Testamento contém:
27
livros;
260
capítulos;
7.959
versículos;
181.253
palavras;
838.380
letras;
O
livro do meio: 1Tessalonicenses;
O
capítulo do meio: Romanos 13, 14;
Livro
menor: 3João;
Versículo
menor: Lc 20:30.
20-ALGUMAS
CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA
Quantas
letras tem a Bíblia?
A
Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras. (na
tradução de Almeida Revista e Corrigida)
Quantos
versículos tem a Bíblia?
A
Bíblia, na tradução de Almeida Revista e Corrigida, possui 31.105 versículos (o
maior é Et 8.9; o menor é Êx 20.13).
Quantos
capítulos tem a Bíblia?
A
Bíblia conta com 1189 capítulos.
Quando
a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem?
A
Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242),
pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e
professor da Universidade de Paris, na França.
Quando
a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?
A
divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos
judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos
e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das
Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de
ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro
dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos. Influenciado
pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor francês chamado
Robert d’Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no ano de 1551.
D’Etiénne morava então em Gênova, na Itália.
Qual
(is) a(s) primeira(s) Bíblia(s) completa(s) publicada(s) com a divisão de
capítulos e versículos?
Até
boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos.
Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por
volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a
divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça.
Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos
vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de
passagens bíblicas. (Hoje, as notas históricas dos estudiosos protestantes de
Genebra agregadas a novas notas de estudo podem ser encontradas em um recente
lançamento da Sociedade Bíblica do Brasil: a Bíblia de Estudo de Genebra.) Em
Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida
(1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.
Toda
a Bíblia Sagrada contém
66
livros;
1.189
capítulos;
31.173
versículos;
773.692
palavras;
3.566.480
letras;
Capítulo
do meio: Salmos 117;
Livro
menor: 3João;
Versículo
menor: Lc 20:30;
Versículo
maior Ester 8:9.
Analisemos
um pouco a diferente Bíblia Católica
Nas
Bíblias de edição Católica-Romana, os livros 1 e 2Reis, são chamados de 1 e 2
Paralipômenos, Esdras e Neemias são chamados de 1 e 2Esdras. Também nas edições
católicas de Matos Soares, e Antônio Pereira Figueiredo o Salmo 9, corresponde
na versão João Ferreira de Almeida aos Salmos 9 e 10. O Salmo 10 é o nosso
de número 11, e assim segue-se até ao Salmo 145, o 146 e 147 correspondem ao
nosso 147. Os últimos três
Salmos são iguais em todas as Bíblias. Essa diferença não afeta o
conteúdo, pois é a Palavra de Deus.
A
Bíblia Católica possui sete livros a mais que a nossa
1- Tobias
- Após o livro de Esdras;
2- Judite
- Após o livro de Tobias;
3- Sabedoria de
Salomão - Após o livro de Cantares;
4- Eclesiástico
- Após o livro de Sabedoria de Salomão;
5- Baruque
- Após o livro de Jeremias;
6- 1º Macabeus;
7- 2º Macabeus.
Em
que língua foi escrita a Bíblia?
1)
HEBRAICO - Quase
todos os 39 Livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico. As letras
tipo bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras,
frases ou parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados
mais tarde (entre 500 e 600 a.D.) pelos eruditos massoretas. O hebraico é
conhecido como um dos idiomas semíticos.
2)
ARAMAICO - Um
idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua comum na
Palestina depois do cativeiro babilônico (500 a.C.) Algumas partes do antigo
Testamento foram escritas nesse idioma: uma palavra designando nome de lugar em
Gênesis 31:47; um versículo em Jeremias 10:11; cerca de seis capítulos no Livro
de Daniel (2:4b - 7:28); e vários capítulos em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26).
Aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários séculos. Temos
assim algumas palavras aramaicas preservadas para nós no Novo Testamento:
Talitha Cumi ("Menina, levanta-te"), em Marcos 5:41; Ephphatha
("Abre-te"), em Marcos 7:34; Eli, Eli lama sabachthani (Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste?), em Mateus 27:46. Jesus se dirigia
habitualmente a Deus como Abba (aramaico Pai). Note a influência disto em
Romanos 8:15 e Gálatas 4:6. Outra frase comum dos primeiros cristãos era
Maranatha (Vem, nosso Senhor), em 1Coríntios 16:22.
3)
GREGO - Apesar
de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego - grego
Koinê. A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma
predominante do século I, tornando assim possível a divulgação do evangelho
através de todo o mundo então conhecido.
21-QUEM
ESCREVEU A BÍBLIA?
Aproximadamente
quarenta (40) autores escreveram a Bíblia, em quinze (15) séculos, os autores
viveram em épocas diferentes e tinham modo de vida também diferentes, cada um
escreveu em situações diferentes, por exemplo: Davi escreveu em meio às
guerras, Salomão dentro de seu palácio, Moisés no deserto, Jeremias nas
masmorras, Paulo atrás das grades...
Eram
pessoas de diferentes classes sociais, por exemplo: Davi e Salomão eram reis e
poetas;
Jeremias
e Zacarias sacerdotes e profetas;
Daniel
era Ministro de Estado;
Lucas
era Médico;
João,
Pedro, Tiago eram Pescadores;
Amós
era homem do campo, cuidava do gado;
Mateus
era Funcionário Público;
Paulo
era Teólogo e Erudito.
Mesmo
com tantas divergências na vida destes homens, a Bíblia é a mais perfeita obra
feita pelas mãos do homem, pois nela não há erros, ou parcialidade, ela foi escrita
por inspiração de DEUS. O Antigo Testamento se encontra, e se completa no Novo
Testamento.
22-RAZÃO
E NECESSIDADE DA BÍBLIA
Deus
se revelou através dos tempos por meio de suas obras, isto é, a criação.
"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo... Os céus
manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos..." (Rm 1:20, Sl 19:1-6), porém na Palavra de Deus temos uma
revelação especial e muito maior. É dupla esta revelação e a temos de duas
maneiras:
1- Na Bíblia a
palavra escrita;
2- Em Cristo a
palavra viva.
23-A
NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS
É a
própria Bíblia que nos traz passagens que desenvolvem em nós o desejo a
necessidade de estudá-la.
a)- ...
"Santificai a Cristo, como o Senhor em vosso coração, estando sempre
preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há
em vós’’ (1Pe 3:15). (esse preparo vem pelo estudo das escrituras).
b)- ‘‘Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
e que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15).
c)- "Buscai
no livro do Senhor, e lede, nenhuma destas coisas falhará, nem uma, nem outra
faltará, porque a boca do Senhor a ordenou, e o seu Espírito mesmo as
ajuntará’’ (Is 34:16).
d)- "A
revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.’’ (Sl
119:130).
O
estudo destes versículos nos conduz a dois pontos importantes que são:
a)- Porque
devemos estudar a Bíblia;
b)- Como devemos
estudar a Bíblia.
Ela
é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor.
O
crente foi salvo para servir ao Senhor "Mas vós sois geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes
daqueles que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. ’’ (1Pe
2:9). Entre as promessas de Deus àqueles que conhecem devidamente a sua
palavra, temos a do profeta Isaías que diz: "Assim será a palavra que sair
da minha boca, não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará
naquilo que a designei’’ (Is 55:11).
ELA ALIMENTA NOSSA ALMA
"Jesus,
porém respondeu e disse, está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de
toda a palavra que procede da boca de Deus.’’(Mt 4:4).
"Achando
as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o
coração, pois pelo teu nome sou chamado, oh! Senhor Deus dos Exércitos. ’’ (Jr
15:16).
"Desejai
ardentemente como criança recém-nascida, o genuíno leite espiritual, para que
por ele, vós seja dado crescimento para salvação. ’’ (1Pe 2:2).
Não
há duvida que a leitura da Palavra de Deus trás nutrição para o crescimento de
nossa vida espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão para o corpo.
Nas passagens citadas ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo
quando é absorvido pelo organismo. O texto de (1Pe 2:2), fala do intenso
apetite dos recém nascidos assim deve ser o nosso apetite pela Palavra de Deus.
Bom apetite pela a Bíblia é sinal de saúde espiritual.
ELA
É O INSTRUMENTO QUE OESPÍRITO SANTO USA
"Tomai
também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de
Deus’’ (Ef 6:17). Se em nós houver abundância da Palavra de Deus, o
Espírito Santo terá o instrumento para operar. É preciso, pois meditar nela. "Antes
tem o seu prazer na lei do Senhor, e nela medita dia e noite.’’ (Sl 1:2). “Não
se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite”...
’’(Js 1:8). É preciso deixar que ela domine todas as esferas de nossa vida,
nossos pensamentos, nosso coração, e assim molde todo nosso viver diário.
Precisamos ficar alimentados da Palavra de Deus. Um requisito primordial para
Deus responder nossas orações é estarmos possuídos pela sua Palavra. Aqui está
em parte a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse pela
Palavra de Deus. ”Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós,
pedireis tudo, e vos será concedido’’ (Jo 15:7)”. Três fatos nos chamam a
atenção aqui:
1º- na oração
precisamos apoiar a nossa fé nas promessas de Deus, e estas estão na Bíblia;
2º- Por sua vez a
Palavra de Deus produz fé em nós (Rm 10:17);
3º- Devemos fazer
nossas petições segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14), e o meio de saber a
vontade de Deus é a sua Palavra.
ELA
ENRIQUECE ESPIRITUALMENTE A VIDA DO CRISTÃO (Sl 119:72)
Essas
riquezas vêm pela revelação do Espírito Santo "Para que o Deus de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda o Espírito de sabedoria e
revelação no pleno conhecimento DELE’’ (Ef 1:17). A pessoa que procura entender
a Bíblia somente através da capacidade intelectual, muito cedo desistirá da
leitura. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus. (1Co
2:10)
24-COMO
DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
Leia
a Bíblia conhecendo o seu autor
Isto
é muito importante, é o único livro que você lê, com o autor te auxiliando,
presente na leitura.
Leia
a Bíblia diariamente ( Dt 17:19)
É
estimado que 90% dos crentes não fazem este exercício diariamente, por isso não
podemos estranhar haver tantos frios nas igrejas. Mais do que isso, são anões,
raquíticos, mundanos, carnais, e indiferentes, nervosos, iracundos e sem
crescimento espiritual. Assim Deus não nos revelará as suas verdades
profundas (Jo 16:12; Hb 5:13; Mc 4:33). Existem pessoas que acham tempo para
tudo, menos para ler a Bíblia. Alimentam-se de tantas outras coisas que se
enfadam e não se nutrem da Bíblia. Não podemos esquecer que muitos líderes de
muitas igrejas não levam o povo a ler a Bíblia. Não basta ir aos cultos, nem só
ouvir lindos sermões, comer o que lhe derem na boca, é necessário urgente
voltar para a leitura da Palavra de Deus. Pois assim se ninguém lhe der de
comer morrerás por falta de nutrição espiritual.
Leia
a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual
Para
obter êxito na leitura da Bíblia, para guardar em todo o momento é necessário tomar
algumas precauções, tais como:
a- Estudá-la
como Palavra de Deus e não como obra literária;
b- Estudá-la com
o coração e atitude devocional, e não apenas com o intelecto.
As
riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor, "Pelo que rejeitando
a imundícia e toda superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em
vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas’’. (Tg 1:21). Quanto maior
for nossa comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais repletos de
frutos são os que mais se abaixam. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do seu
ensino, aceitá-lo, praticá-lo e ensiná-lo. A dúvida ou descrença, cega o
leitor. "E ele lhes disse: Oh! Néscios e tardos de coração para crer
em tudo aquilo que os profetas disseram’’ (Lc 24:25).
Leia
a Bíblia devagar e meditando
Assim
fizeram os grandes nomes da Bíblia "Bendito és tu, oh! Senhor; ensina-me
os teus estatutos. Desvia os meus olhos para que veja as maravilhas da tua
lei’’ (Sl 119:12,18). Na presença do Senhor, em oração, as coisas
incompreensíveis passam a ser compreendida. "Quando pensava em compreender
isto, fiquei sobre modo perturbado. Até que entrei no santuário de Deus; então
entendi eu o fim deles. ’’ (Sl 73:16,17). A meditação aprofunda o sentido.
Muitos leem a Bíblia para estabelecer recordes de leitura somente. Ao lê-la
aplica-a primeiro em si próprio, senão, não haverá virtude nenhuma.
Leia
a Bíblia toda
Há
nisso uma riqueza incomparável, é a maneira única de conhecermos a verdade
completa do que trata a Bíblia. A revelação de Deus é progressiva, como
entender um livro se não completou a leitura deste. Não existe ainda no mundo
algo tão incomparável como este livro. Nada o substitui, e nada se iguala.
"As profundidades das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de
Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos.
Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? (Rm
11:33, 34, 1Co 13:12, Dt 29:29). Muitos começam a ler a Bíblia e param no
meio do caminho, não persistem, não buscam em Deus os recursos necessários para
prosseguir. É o Espírito Santo quem revela para nós, o que não entendemos.
25-O
TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus
é o tema central da Bíblia, ela é CRISTOCENTRICA, foi ELE que disse: “São estas
palavras que vos disse estando ainda convosco, que convinha que cumprisse tudo
que de mim estava escrito na lei, nos profetas, e nos salmos. ’’ (Lc 24:44). E
também, "Examinai as escrituras, porque vos cuidais ter nela as palavras
de vida eterna, e são elas que de mim testificam.’’ (Jo 5:39).
Se
observarmos bem ao estudarmos a Bíblia veremos tipos, figuras, símbolos,
profecias que falam apontam para Jesus em todo Antigo Testamento.
JESUS
DE GÊNESIS A APOCALIPSE:
a)- Em Gênesis ELE é a semente da mulher;
b)- Em Êxodo ELE é o cordeiro pascoal;
c)- Levítico, sacerdote expiatório;
d)- Números, a rocha ferida;
e)- Deuteronômio, o profeta;
f)- Josué, o capitão dos
exércitos;
g)- Juízes, o libertador;
h)- Rute, o parente divino;
i)- Reis e Crônicas, o rei prometido;
j)- Ester, o advogado;
k)- Jó, o nosso redentor
que vive;
l)- Salmos, o nosso socorro e
alegria;
m)- Provérbios, a sabedoria de
Deus;
n)- Cantares de Salomão, o nosso amado;
o)- Eclesiastes, o alvo
verdadeiro;
p)- Nos profetas, o messias
prometido;
q)- Nos evangelhos, o salvador do
mundo;
r)- Atos, o Cristo
ressurgido e poderoso;
s)- Nas epístolas, o cabeça da
igreja;
t)- Apocalipse, o Alfa e o Ômega,
o Cristo que volta para reinar.
Se
crermos que Jesus é o centro da Bíblia, podemos definir os 66 livros em quatro partes.
1- Preparação: todo
o Antigo Testamento trata da preparação do nascimento de Jesus. (Mq 5:2)
2- Manifestação: Os evangelhos
tratam da encarnação, manifestação, e vida de Jesus. (Lc 1:28; Jo 1:1)
3- Explanação: As
Epístolas dão a explanação da doutrina de Jesus.
4- Consumação: O
Apocalipse trata da consumação de todas as coisas preditas através de Jesus.
26-A
PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
Ainda
que aceitemos a harmonia e a unidade da Bíblia como prova contundente de que
ela é divinamente inspirada, faz se necessário dar outras provas dessa
natureza, vejamos:
a)
Jesus aprovou a Bíblia:
Inúmeras
pessoas sabem quem é Jesus; creem que ELE fez milagres, confiam na sua
ressurreição e ascensão, mas não aceitam a Bíblia.
Jesus
em relação à Bíblia:
1- Leu: Lc
4:16-20;
2- Ensinou: Lc
24:27;
3- Chamou-a...
"Palavra de Deus...’’ Mc 7:13;
4- Cumpriu a
Bíblia: Lc 24:44.
b- O
testemunho do Espírito Santo na vida do crente
A
cada pessoa que aceita Jesus como salvador, o Espírito Santo põe em sua alma a
certeza quanto à autoria da Bíblia. É uma coisa automática. Não seria
necessário ensinar isso, quem de fato aceita a Jesus, aceita a Bíblia num todo
como a Palavra de Deus. "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.
’’ (Jo 17:17). E ainda "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus.’’ (Rm 8:16).
c- O cumprimento fiel das Profecias da Bíblia
Inúmeras
profecias da Bíblia se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; várias
outras se cumprem em nossos dias, e muitas outras se cumprirão daqui para
frente. As profecias sobre o Messias, por exemplo, proferidas séculos antes do
Seu nascimento, cumpriram literalmente com toda precisão quanto ao tempo, local
e outros detalhes. (Gn 49:10; Is 7:14; 53; Dn 9:24-26; Mq 5:2; Zc 9:9; Sl 22; etc.) O
cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina.
O que Deus disse sucederá Jeremias 1.12. Graças
a Deus por tão sublime e glorioso livro!
Observemos
que a Bíblia é completa e maravilhosa, mas ainda podíamos dizer que ela é:
1- Sempre maravilhosa
e inesgotável;
2- É familiar em
cada povo;
3- Familiar em
cada indivíduo;
4- Familiar em
qualquer lugar;
5- É superior em
relação a qualquer livro;
6- Nela contém
apenas verdades;
7- Ela é imparcial;
8- Ela nos faz
diferentes;
9- Ela influencia
pessoas e nações;
10- Ela pode
transformar o mundo.
DEVEMOS
CONSIDERAR AO ESTUDAR A BÍBLIA
a-
Relação entre séculos e anos
Século
I = 1 a 100 anos;
Século
II = 101 a 200 anos;
Século
III = 201 A 300 anos;
Século
XX = 1901 a 2000 anos;
Séculos
XXI = 2001 a 2100 anos.
b- A
era antes de Cristo (a.C)
A
contagem antes de Cristo é regressiva, isto é parte de Cristo para a criação,
que se juntássemos tudo daria (4004 anos). Exemplo: o profeta Isaias pregou em
mais ou menos 800 a.C, ou seja, após a pregação passaram-se 800 anos e nasceu
Jesus.
27-O
TEMPO E SUAS DIVISÕES
1-O
dia natural, ou seja, o período que há luz, entre os Judeus e os Romanos era
contabilizado em 12 horas. (Jo 11:9), nos dias do Novo Testamento.
a- A hora
primeira era as seis da manhã;
c- A hora sexta
era ao meio dia;
d- A terceira, e
a sexta, e a nona hora, eram de oração, e adoração;
e- Antes da
terceira hora os Judeus não comiam, nem bebiam. (At. 2:15).
2-No
Antigo Testamento o dia (período de luz), era dividido em três tempos:
a- Manhã
= 6
às 10 horas.
b- Calor
do dia =10
às 14 horas.
c- Frescor
da tarde =14
às 18 horas.
O
dia civil era contado de um por do sol ao outro (Lv. 23:32)
3- As
noites no Antigo Testamento eram divididas em três vigílias.
a-
Primeira vigília = 6
às 10 que é igual a 18 às 22 horas.
b- Segunda
vigília = 10
às 02 que é igual a 22 às 02 horas da manhã.
c- Terceira
vigília = 02
às 06 da manhã (Lm. 2:19, Jz. 7:19, Ex. 14:24)
4)-As
noites no Novo Testamento eram divididas em quatro vigílias
a- Primeira
= à
tarde, 6 às 9 (18 às 21 horas).
b- Segunda
= meia
noite, 9 às 12 (21 às 24 horas).
c- Terceira
= cantar
do galo, 24 às 03 horas.
d- Quarta
= manhã,
03 às 06 horas.
28-A
VIDA, COSTUMES, CURIOSIDADES DOS POVOS BÍBLICOS.
A
vida com seus usos, costumes, e leis diferem entre os povos, vejamos alguns acontecimentos:
O
juramento com a mão sob a coxa
Significava
submissão, obediência, irrestrita. Por isso Abraão exigiu que seu servo o
fizesse antes de buscar Rebeca (Gn 24). E Deus prosperou o caminho deles.
Rasgar
as vestes (Gn 37:37).
Era
demonstração de luto, lamento tristeza. A Bíblia traz 28 casos relatados. Havia
um caso especial os Sacerdotes não podiam fazê-lo (Lv 10:6). Porém houve
um caso em Mateus que um sacerdote rasgou as vestes sem razão (Mt 26:65).
Cavalgar
sobre jumentas brancas (Jz 5:10).
Era
então costume exclusivo dos Reis, Juízes, fidalgos sem exceção.
Semeadura
de sal (Jz 9:45)
Tal
ato significava desolação perpétua sobre o local, castigo perene.
Maria
desposada com José (Mt 1:8)
Na
linguagem do antigo testamento, o termo significa noivos, conforme vemos em (Dt
20:7; 22:23-24). Naqueles tempos, em Israel, o noivado era ato seríssimo. E de
fato o é, os noivos tinham responsabilidades como se fossem casados. Em Israel,
o noivado era o primeiro ato do casamento. Na ocasião o noivo entregava a noiva
o contrato de casamento, ou uma moeda escrita: "consagrada a mim.".
O
vinagre oferecido a Jesus na cruz (Mt 27:48).
Tal
procedimento era usado então para aumentar o sofrimento das vítimas, visto que
aumenta as dores e faz sangrar as feridas.
A
ordem de Jesus: A ninguém saudeis pelo caminho (Lc 5:19)
Não
se tratava de indelicadeza, o tempo que restava era pouco, e as saudações
orientais tomavam muito tempo, não somente devido a troca de expressões
formais, mas também devido as poses que o corpo assumia. Se os enviados por
Jesus fossem cumprimentar o povo segundo a maneira usual, ai do tempo.
O
caminho de um sábado (At 1:12)
É o
percurso permitido ao judeu caminhar no dia de sábado. Era o espaço da
extremidade de um arraial das tribos, ao tabernáculo, quando no deserto,
equivalente a 2000 côvados ou 1,200 metros (Jz 3:4).
LIVRO
DE SALMOS
É um
dos livros poéticos, e podemos aprender muito com os escritores deste livro,
vamos observar alguns detalhes importantes.
a- Davi escreveu: 73
salmos.
b- Asafe: 12;
4- Filhos de
Core: 9;
5- Salomão: 2;
6- Etã, Hamã, e
Moisés: 1 cada.
Tipos
de Salmos
Didáticos (1, 15, 50, 94)
- visavam instruir ao povo no caminho do bem e prosperidade espiritual.
Gratidão
e louvor (30,
75, 105, 106, 146, 150) - falava da gratidão e louvor que o Salmista
elevava a Deus.
Históricos (77, 81, 114,
137 - são recordações de acontecimentos e incidentes da história
dos Judeus, envolvendo escravidão, êxodo, guerras, cativeiro, etc...).
Imprecatórios (35, 58, 59,
109) - a palavra imprecar significa pedir a Deus que amaldiçoe alguém
ou algo. Estes salmos são invocações de males contra os inimigos...
Salmos
da lei (19
e 119) - Estes proclamam a grandeza e a bondade das palavras e decretos de
Deus. Salientam as bênçãos que aguardam aqueles que a praticam.
Salmos
da natureza (8,
29, 104).
Estes
falam do poder criador de Deus, manifesto no universo.
Salmos
de súplica (5,
17, 71, 86) - Através deste o salmista clama por socorro.
29-CRONOLOGIA
DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BÍBLICA
Período
antediluviano - 1656 anos (Gn 2:5).
Adão
foi criado em 4004 a.C.
O
dilúvio ocorreu em 2348 a.C.
Nesse
tempo Babilônio era o berço da humanidade, atingindo elevado grau de
civilização.
Período
do dilúvio à dispersão das raças -100 anos
2348
a 2248 a.C.
Nascimento
de Abraão 1996 a.C.
Período
dos patriarcas Gn 12 a Ex 12 - 430 anos
Da
chamada de Abraão ao Êxodo 1921 a 1491 a.C.
Chamada
de Abraão 1921 a.C.
Do
dilúvio a chamada de Abraão 427 anos.
Período
no deserto, e conquista de Canaã (Ex 13; a Js 24).
Êxodo
a chegada em Canaã 1491-1445 a.C.
Período
no deserto 40 anos Nm 10:11; Dt 2:14.
Período
da Teocracia = 345 anos (Jz 1 a 1 Sm 10).
Época
de Juízes até Samuel 1445-1100 a.C.
Período
da monarquia 120 anos (1053 a 933 a.C)
Esse
período compreende apenas o reinado em Israel, sendo Saul, Davi, Salomão.
Período
do reino dividido 350 anos (Israel e Judá 933 a 583 a.C).
Período
que inclui cativeiro e restauração de Israel (583 a 432 a.C).
431
anos a.C até o Novo Testamento (do livro de Malaquias a Mateus), anos em que
Deus ficou em silêncio não falou com o homem. Quando então foram criados os
livros apócrifos, por inspiração humana.
Quem
escreveu os livros da Bíblia?
Conferir
tabela abaixo. Nem todos os escritores são conhecidos. O ponto de interrogação
assinala este desconhecimento.
Quando
os livros foram escritos?
Conferir
tabela abaixo. Nem todas as datas são precisas ou conhecidas. O ponto de
interrogação assinala esta imprecisão ou desconhecimento.
ANTIGO
TESTAMENTO
LIVRO
– ESCRITOR (ES) - DATA APROXIMADA
Gn-Moisés-séc.
XIV a.C.
Êx-Moisés-séc.
XIV a.C.
Lv-Moisés-séc.
XIV a.C.
Nm-Moisés-séc.
XIV a.C.
Dt-Moisés-séc.
XIV a.C.
Js-?-séc.
XIV-XIII a.C.
Jz-?-séc.
XIII-XII a.C.
Rt-?-séc. XIII-XII
a.C.
1Sm-Samuel
e outros-séc. XI a.C.
2Sm-Samuel
e outros-séc. XI a.C.
1Rs-?-séc. X-VI
a.C.
2Rs-?-séc.
X-VI a.C.
1Cr-?-séc.
X-VI a.C.
2Cr-?-séc.
X-VI a.C.
Ed-Esdras
ou Neemias-séc. VI-V a.C.
Ne-Esdras
ou Neemias-séc. VI-V a.C.
Et-?-séc. VI-V
a.C.
Jó-?-?
Sl-Davi
e outros-séc. XII-V a.C.
Pv-Salomão
e outros-séc. X-IX a.C.
Ec-Salomão-séc.
X-IX a.C.
Ct-Salomão-séc. X-IX
a.C.
Is-Isaías-séc. VIII
a.C.
Jr-Jeremias-séc.
VI a.C.
Lm-Jeremias-séc.
VI a.C.
Ez-Ezequiel-séc. VI
a.C.
Dn-Daniel-séc. VI-V
a.C.
Os-Oséias-séc.
VIII a.C.
Jl-Joel-séc. VIII-VII
a.C.
Am-Amós-séc. VIII
a.C.
Ob-Obadias-séc.
VII-VI a.C.
Jn-Jonas-séc.
VII-VI a.C.
Mq-Miquéias-séc.
VII-VI a.C.
Na-Naum-séc.
VI a.C.
Hc-Habacuque-séc.
VII-VI a.C.
Sf-Sofonias-séc.
VII-VI a.C.
Ag-Ageu-séc.
VI-V a.C.
Zc-Zacarias-séc.
VI-V a.C.
Ml-Malaquias-séc.
VI-V a.C.
NOVO
TESTAMENTO
LIVRO
– ESCRITOR (ES) - DATA APROXIMADA
Mt-Mateus-sec.
I d.C.
Mc-Marcos
(e Pedro)-sec. I d.C.
Lc-Lucas-sec.
I d.C.
Jo-João-sec. I
d.C.
At-Lucas-sec. I
d.C.
Rm-Paulo-sec.
I d.C.
1Co-Paulo-sec.
I d.C.
2Co-Paulo-sec.
I d.C.
Gl-Paulo-sec.
I d.C.
Ef-Paulo-sec.
I d.C.
Fp-Paulo-sec.
I d.C.
Cl-Paulo-sec.
I d.C.
1Ts-Paulo-sec.
I d.C.
2Ts-Paulo-sec.
I d.C.
1Tm-Paulo-sec.
I d.C.
2Tm-Paulo-sec.
I d.C.
Tt-Paulo-sec.
I d.C.
Fm-Paulo-sec. I
d.C.
Hb-?-sec. I d.C.
Tg-Tiago-sec. I d.C.
1Pe-Pedro-sec.
I d.C.
2Pe-Pedro-sec.
I d.C.
1Jo-João-sec.
I d.C.
2Jo-João-sec.
I d.C.
3Jo-João-sec.
I d.C.
Jd-Judas-sec.
I d.C.
Ap-João-sec.
I d.C.
O
que vem a serem Livros Sinóticos?
A
palavra Sinópticos vem do grego sun, "junto com’’, e ópsis, "visão’’,
dando a entender uma visão conjunta sobre algo, uma visão de um mesmo ângulo.
Esse adjetivo é aplicado aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque seu
ponto de vista sobre a vida de Cristo concorda e é praticamente o
mesmo. Um grande fato relatado e serve de exemplo de sinótico para nós é a
passagem da conversa de Jesus com o jovem rico. Mt 19:16; Mc 10:17; Lc
18:18. Supõem os estudiosos que primeiro foi escrito Marcos e os demais são
cópias, pois dos 661 versículos de Marcos cerca de 600 estão inseridos em
Mateus, e 330 em Lucas. As diferenças são que Mateus escreveu para os
Judeus, Marcos aos Romanos, e Lucas aos Gregos. Obs.: O
evangelho de João foi escrito para a igreja, que somos nós.
30-AS
POTÊNCIAS MUNDIAIS DOS TEMPOS BÍBLICOS
O
mundo dos tempos bíblicos viveu dominado por seis grandes potências mundiais.
Cada uma dessas teve sua participação no plano divino, interferindo na história
de Israel e contribuindo de certa maneira para a preparação do mundo para o
advento de Cristo.
1-Império
Egípcio
De
1600 a 1200 a.C. da Etiópia ao Eufrates, Dinastias XVIII e XIX, Israel estava
no Egito, Canaã era província egípcia. O Egito foi fundado por Mizraim, filho
de Cão, logo após o dilúvio (Gn 10:6,13).
2-Império
Assírio
De
883 a 607 a.C. Destruiu o Reino do Norte (Israel), em 721 a.C, e
cobrou tributo de Judá. Levou o Reino do Norte em cativeiro (734-721 a.C).
Eram cruéis e inspiravam terror. A Assíria foi fundada por Assur
(Gn 10). Como Império Mundial a Assíria tem mais relação com o Reino do
Norte (Israel).
3-Império
Babilônico
De
606 a 536 a.C Destruiu Jerusalém e o templo de Salomão. Levou Judá em
cativeiro. Foi Império mundial durante o tempo em que Israel esteve cativo
(70 anos). Enquanto o Império Assírio se preocupou com o Reino do
Norte, o Império Babilônico preocupou-se com o Reino do
sul (Judá). Como Império mundial teve seis reis.
4-Império
Medo-Persa
De
536 a 331 a.C. Em 536 Ciro o Grande venceu a Babilônia e decretou a volta
dos judeus, os quais voltaram a se organizar como nação.
5-Império
Grego
Foi
o Império que governou a Palestina entre os dois Testamentos 331 a 146 a.C.
Alexandre, O Grande, foi tolerante e benevolente para com os judeus.
6-Império
Romano
Império
que governava o mundo quando cristo apareceu, de 146 a.C a 476 a.D. Nessa
época a igreja foi fundada. Mas conforme a visão que Deus deu a Daniel da
estátua, esse seria o último Império mundial.
31-DISPENSAÇÕES
Nas
Épocas vemos o homem em relação a Deus; nas dispensações vemos Deus em relação
ao homem. Devemos ter em nossa mente que Deus não somente tem falado de muitas
maneiras, mas também em diversos tempos. A falta de observância dos
tempos, ou dispensações da Bíblia, podem nos conduzir a um caminho errado,
criar dificuldades e ofuscar a verdadeira significação das Escrituras. O
estudo das dispensações não deve ser compreendido dentro da rigidez histórica
ou fatalista. Trata-se de uma tentativa de compreensão teológica da Bíblia, de
acordo com os seus relatos. Dispensação é
um período de tempo em que o homem é provado a respeito da sua obediência, a
certa revelação da vontade de Deus.
São 7
(sete) as dispensações:
1-Inocência
Gn 2:6 a 3:24
a- Palavra
chave: inocência.
b- Propósito:
provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em clima de
perfeição e circunstâncias absolutamente favoráveis, bem como seu livre
arbítrio, com capacidade para: pensar-intelecto; sentir-emoção; escolher-vontade.
c- Revelação:
pela palavra; e pela presença.
d- personagem
principal: Adão, e Eva.
e- Concerto Divino: os
quatro pontos da aliança Edêmica.
Encher
a terra; comer do fruto da terra; guardar o jardim; não comer da arvore do
conhecimento do bem e do mal.
f- Ato de
desobediência: em relação a Palavra de Deus:
Dúvida;
adição; contradição; falsa interpretação; tentação para desobedecer;
transgressão.
g- Julgamento Divino:
Sobre a serpente; sobre a mulher; sobre o homem.
2-Consciência
Gn 3:1- 8:4 - (1656 anos)
a- Palavra chave: consciência.
b- Propósito: provar
que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus num clima de liberdade, e
segundo os ditames de sua própria consciência.
c- Revelação: a
redenção do homem. O sacrifício de Abel prefigura o sacrifício definitivo de
Cristo, o cordeiro de Deus. (Ap.13:8; Hb 11:4; Gn 4:4)
d- Personagens
principais: Enoque, e Noé.
e- Concerto Divino: a
fé em Deus. (Hb 11:4-7).
f- Atos de
desobediência: de Caim a Lameque, existe um aumento surpreendente, progressivo
de desobediência, de modo a absorver a linhagem fiel, os filhos de Sete,
levando o mundo da época a um estado de violência e apostasia.
g- Julgamento Divino:
o juízo de Deus manifestou-se através do dilúvio que caiu sobre a terra. (Obs.:
a arca representa o refugio de Deus contra seu próprio juízo).
3-Governo
humano (Gn: 8:15 a 11:32) (do dilúvio a dispersão)
a- Palavra chave: governo humano.
b- Propósito: provar
que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em um sistema de consciência.
c- Revelação: a
Palavra de Deus expressa a Noé, o homem que foi achado justo diante de Deus.
d- Personagens
principais: Noé, Sem, Cão, Jafé.
e- Concerto Divino:
Deus assinala o centro das Suas relações com a criatura humana. Tal
concerto inclui os seguintes postulados básicos: o povo deveria multiplicar-se;
encher a terra; alimentar-se da carne; arco íris como sinal de aliança.
f- Atos de
desobediência. Ninrode, neto de Cão, por Cush, criou o imperialismo e tentou
unir o mundo incitando os homens a construir uma torre que chegaria até aos
céus. (Gn 11:4; Ap 16:14- e 19:19)
g- Juízo divino: a
dispersão. Outra vez a trindade conferenciou entre si. (Gn 3:22, 6:7, 11: 5 e
7).
A
confusão de línguas em Babel foi o resultado.
4-Patriarcal
(Gn 12:1 a Ex 12:37) Da chamada de Abraão ao Êxodo do Egito. Cerca de 630 anos
a- Palavra chave: promessa.
b- Propósito: levar
Abraão e seus descendentes a terem fé em Deus e obedecerem a Jeová. Sua família
seria a nação escolhida, que se tornaria precursora do Redentor, o Messias da
promessa de Gênesis 3:15.
c- Revelação: Deus
apareceu a Abraão seis vezes: Gn 12:1-3,7; 13:14,17; 15:1-21;
18:1-33; 22:1-8. Revelou-lhe Seus propósito e Sua vontade.
d- Personagem
principal: Abraão.
e- Concerto divino:
com Abraão Gn 12:2,3; 13:15; 15:1; 17:7. com sua descendência Gn
15:4-17,19.
f- Atos de
desobediência: são três, desceu ao Egito contrário a vontade de Deus; tomou
Agar por mulher, o que resultou um mal até nossos dias; mentiu a Abimeleque.
g- Juízo de Deus: sobre
o Egito. (Ex 7:14)
Obs.:
os 430 anos que Israel passou no Egito (Ex 12:40) foi um período do qual só se
tem amargas recordações.
5-Da
lei - Desde o Êxodo do Egito até a crucificação de Cristo. Sendo que Jesus
foi o ultimo homem a obrigado guardar a lei
a- Palavra chave: lei (aparece 516 vezes na Bíblia).
b- Propósito: testar a
obediência de Israel, capacitando-os a se tornarem instrumentos e porta-voz da
revelação de Deus numa preparação final para a vinda do Messias.
c- Revelação: a Bíblia
apresenta uma tríplice revelação: Os dez mandamentos; ordenanças; cerimônias.
d- Personagens
principais: Moisés, Arão, Josué, Samuel, Davi, e outros.
e- Concerto divino: os
dez mandamentos (Ex 20).
f- Atos de
desobediência. (Is 1: 11-17).
g- Juízo divino: há um
duplo aspecto do julgamento divino no final desta dispensação: - os pecados de
Israel e de outros povos, punidos e julgados na cruz (Jo 12:27-33;
19:16-30; At 2:36; Cl 2:14-17; 1ª Pe 2:24 ): – como nação que
rejeitou a Cristo, Israel foi punido com a rejeição de Deus, perda do Seu reino
e dispersão milenar.( Mt 21:33-46; Lc 21:20-24).
6-Da
graça - Desde a crucificação até o arrebatamento da igreja.
Visivelmente o inicio da igreja data do dia de pentecostes (ano 30) em
Jerusalém
a- Palavra chave: graça.
Não
dispensa ordenanças. Há 1050 mandamentos no Novo Testamento.
b- Propósitos: chamar
para fora do mundo um povo para o nome de Jesus (At 15:14-17; Mc 15:16; Ef
1:4-22).
c- Revelação: existem
três aspectos da revelação de Deus:
Deus
revela-se ao homem em forma do homem; a revelação do Espírito de Deus nos
crentes; a revelação escrita, a Palavra de Deus.
d- Personagem
principal: Jesus Cristo.
e- Concerto divino:
feito pelo sangue de Jesus Cristo, seu pacto é extensivo a todos os
homens de fé nesta dispensação. (Gl 3:15; Hb 9:12-20, 10:29; 1ª Pe 1:4).
f- Atos de
desobediência: (Ap 22:15; 1ª Pe 4:17 ).
g- Juízo divino:
Nota-se dois tipos de juízos.
h- A grande
tribulação para o mundo;
i- O tribunal de
Cristo, para os cristãos.
7-Milênio
- Seu início se dará com a manifestação de Cristo e findará com a
instalação do Grande Trono Branco ( Ap 20:11-15)
a- Palavra chave: regeneração (Mt 19:28).
b- Propósito:
consumar todas as alianças feitas com o homem; estabelecer a justiça e a paz na
terra; exaltar a soberania universal de Cristo; restaurar a posição de
Israel como cabeça das nações e sede do governo Teocrático; exaltar os santos
de todos os tempos; subjugar todos os inimigos do Senhor.
c- Revelação:
governo pessoal de Deus. (Is 52:7; Lc 1:32-33).
d- Personagens
principais: Jesus Cristo, a igreja, os Santos de todos os tempos e Israel.
f- Ato de
desobediência: o principal ocorrerá no fim do milênio (Ap 20:7-9)
g- Concerto
divino: o fim das dispensações os novos céus e a nova terra, e a continuação da
eternidade.
h- Juízo divino:
sobre satanás (Ap 20:10); e sobre os homens. (Ap 20:11-15; 21:1-7).
"Então
já não haverá noite, nem precisam eles de luz da candeia, nem a luz do sol,
porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos
séculos’’ (Ap 22:5).
32-NOÇÕES
DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICA
Geografia Bíblica é
a parte da Geografia Geral que estuda as terras e os povos bíblicos, bem
como a matéria de natureza geográfica, contida no texto bíblico, que de passagem
se diga, é de fato, abundante.
A
importância da Geografia Bíblica
É de
muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e
compreensão da Bíblia. Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como
obscuros tornam-se claros quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus
permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia. Um exame, mesmo
superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras, povos,
montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da Natureza.
O
porquê dessa importância
1. A Geografia é
o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a
cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso.
2. Ela dá cor ao
relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentar os mesmos. Através
dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais
expressivas. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando
podemos apontar mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram.
Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jerusalém para Jericó") (Dt
1.7) (aí nós temos uma profunda aula de geografia da Terra Prometida.)
3. O estudo da
geografia bíblica da Palestina (Israel bíblico) e as nações circunvizinhas
esclarecem muitos fatos e ensinos constantes das Escrituras.
4. As nações vêm
de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os
pontos de vista. Ler Dt 32:8; At 17:26.
Fontes
de estudo da geografia bíblica
1. A Bíblia. É a fonte principal. Ela faz
menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações,
cidades. É evidente que isto merece um cuidadoso estudo. A Bíblia contém
capítulos inteiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; Js 15-21; Nm 33, 34; Ez
45-47. Somente cidades da Palestina Ocidental a Bíblia registra cerca de 600.
Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia. Um problema
com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande número de
países, cidades, regiões inteiras e outros elementos geográficos, terem
atualmente novos nomes. Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é
parte do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia
do tempo de Paulo (2Tm 4.10) é hoje a área da extinta Iugoslávia (Sérvia e
Montenegro, Croácia, e outros países menores), e etc...
2. A Arqueologia
Bíblica. Esta tem prestado enorme contribuição para a elucidação de
dificuldades bíblicas e trazido à tona a história de povos do passado,
considerados como lendários, como o caso dos hititas, mitânios e hicsos. A
arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do
cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava
cuidando de interesses ingleses.
3. A História
Geral. Aqui é preciso certa cautela. Muitos manuais hoje em uso no estudo
secular estão cheios de erros, por seus autores desconhecerem a Bíblia. Existem
vários casos documentados.
4. A Cartografia.
A ciência dos mapas. Certas editoras especializadas editam atlas e mapas bíblicos,
apropriados ao estudo da Geografia Bíblica. Os mapas mais importantes
do mundo bíblico são os quatro seguintes:
Mundo
Bíblico do AT;
Mundo
Bíblico do NT;
A
Palestina do AT;
A
Palestina do NT.
O
profeta Ezequiel, por ordem divina traçou num tijolo a cidade de Jerusalém, (Ez
4:1). Temos aqui uma noção de mapa bíblico.
A
extensão do mundo bíblico
O
mundo bíblico situa-se no atual Oriente Médio e terras do contorno do Mar
Mediterrâneo. É ele o berço da raça humana. Mas precisamente a Mesopotâmia, nas
planícies entre os rios Tigre e Eufrates. Foi daqui que partiram as primeiras
civilizações. Na dispersão das raças após o Dilúvio (Gn 10 e 11), Sem povoou o sudoeste da Ásia. Cão povoou a África, Canaã e a península arábica. Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
Limites
do mundo bíblico
Ao
Norte: Da Espanha ao Mar Cáspio
O
Leste: Do Mar Cáspio ao Mar Arábico (Oceano Indico)
Ao
Sul: Do Mar Arábico à Líbia.
O
Oeste: Da Líbia à Espanha.
Regiões,
áreas e países do mundo bíblico.
Acidentes
naturais. Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos para
isso.
1-Mesopotâmia (Gn 24.10; At 2.9;
Dt 23.4) Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuais de História
Geral declaram ser o Egito o berço da humanidade. A verdade está na Bíblia.
Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopotâmia destacam-se dois países:
Babilônia,
de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11:24); Sinear (Gn
14:1); Súmer. É o sul da Mesopotâmia.
Assíria,
(Gn 2:14; 10:11) É o norte da Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital:
Nínive, destruída em 607 a.C. A Oeste ficava o reino de Mari. Os Mitânios
habitavam em volta de Haran, ao Norte da Assíria.
2-Arábia. Capital: Petra
(gr); Sela (heb.) Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Aí, Israel peregrinou em
demanda de Canaã. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente aí
(1Rs 9.28). A parte da península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi
dada aí e o tabernáculo erigido à primeira vez.
3-Pérsia. Hoje parte do
Irã. Capitais, teve as seguintes, pela ordem: Ecbátana, Pasárgada, Susã,
Persópolis. Foi cenário do livro de Ester e parte do de Daniel. Aí,
primeiramente floresceram os medos. Depois os persas assumiram a liderança. Ver
At 2.9. A Média, quando na supremacia tinha por capital Hamadã (entre os gregos
Ecbátana.)
4-Elam. Hoje incorporado
no Irã. Capital: Susã (Gn 14:1; At 2:9).
5-Armênia ou Arará: Cap. 6 de
Gênesis.
6-Síria. Mesmo que Arã.
(Não confundir com Haran.) Capital: Damasco, Is 7:8. Seu território não é o
mesmo da Síria moderna, At 11:26: Nos dias de Jesus tornara-se sede da
província romana, da qual fazia parte a Palestina, Lc 2:2. A capital dessa
província era Antioquia. A Síria era na época governada por um legado romano.
7-Fenícia. Hoje, Líbano, em
parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Navegantes famosos. Primitivos
exploradores. Fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Tunis) Nosso alfabeto
vem dos fenícios, cerca de 1500 a.C. Ver Mt 15:21; 11:22; 1Rs 9:26-28.
8-Egito. É o país mais
citado na Bíblia depois da Palestina. Em hebraico seu nome é Mizraim, Gn 10.6. Teve
várias capitais nos tempos bíblicos. Parte do seu futuro, profeticamente
falando, está em Ez 29:15. Fica ao Norte da África.
9-Etiópia. Fica ao Sul do
Egito. Segundo Gn 2:13, existia outra Etiópia na região Norte da Mesopotâmia
- a chamada Terra de Cush (hb). A profecia de Sl 68:31 a respeito da
Etiópia, teve seu cumprimento a partir de At 8:26-39, quando a fé cristã foi
ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia
compreende hoje a Abissínia e a Somália.
10-Líbia. Extensa região da
África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de
Cirene - cidade da Líbia, Mt 27:32. Igualmente, no dia de Pentecoste
estavam cireneus em Jerusalém, At 2:10.
11-Ásia. A Ásia dos tempos
bíblicos nada tinha com o atual continente asiático. Era uma província romana
situada na parte ocidental da chamada Ásia menor ou Anatólia. Ler At 6:9;
19.22; 27:2; I Pe 1.1; Ap 1:4,11. Capital dessa província: Éfeso. Toda a região
dessa antiga Ásia Menor compreende hoje o território da Turquia.
12-Grécia ou Hélade, At 20:2. No
Antigo Testamento, em hebraico, é Javan ou Iônia, Gn 10:4,5. A maior parte da
Grécia Antiga era conhecida pelo nome de Acaia (At 18:12), nome esse derivado
dos Aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testamento a Grécia era
constituída de Estados isolados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital
política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o pro cônsul romano.
13-Macedônia, At 19.21. Ficava
ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do território de vários
países, a saber: norte da Grécia, sul da Bulgária, Iugoslávia, e parte da
Turquia. O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e
Macedônia, principalmente. A capital da Macedônia era Pella.
14-Ilírico, Rm 15.19. Região europeia
onde Paulo ministrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia.
A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de 2Tm 4.10.
15-Itália, At 27:1; Hb
13:24. País banhado pelo Mediterrâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua
capital, foi fundado um diminuto reino em 753 a.C, que mais tarde viria a ser
senhor absoluto do mundo conhecido - O Império Romano. Para a Itália Paulo
viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro.
16-Espanha, Rm 15.24,28.
Paulo manifestou o propósito de viajar para a Espanha. Segundo os estudiosos da
Bíblia, a cidade de Tarsis mencionada em Jn 1:3; 4:2, ficava ao sul da Espanha,
sendo no tempo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi à
Espanha grande perseguidora dos cristãos durante a Idade Média, especialmente
através dos tribunais da sinistra Inquisição.
17-Palestina
ou Canaã, Deixamos a Palestina por último porque dela nos ocuparemos mais
demoradamente. É a mais importante terra bíblica por várias razões
a-Alguns
fatos sobre a Palestina
Foi
prometida por Deus aos hebreus, Gn 15:18; Êx 23:31. É sob o ponto de vista
Divino, o centro geográfico da terra, Ez 5:5; 38. 12b. Melhor terra do
mundo, Ez 20:6,15; Jr 3:19; Am 6:1. Se atualmente isto parece contraditório, a
palavra profética assegura a sua restauração e esplendor no futuro. Os
judeus seriam um povo destacado dos demais, Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7:14; Nm
23:9; Jr 49:31. Para que Deus chamou e elegeu a nação israelita: Gn 3:15;
Êx 19:6; Dt 7:6; Rm 3:2; 9:4-5. Em suma: trazer o Messias ao mundo; produzir e
preservar as Escrituras; ser um povo sacerdotal; e difundir o conhecimento do
Senhor entre as nações.
b-Nomes
pelos quais é conhecida a Palestina:
Canaã,
Gn 13:12;
Terra
dos Hebreus, Gn 40:15;
Terra
do Senhor, Os 9:3;
Terra
de Israel, 1Sm 13:19; Mt 2:20; 2Rs 5:2;
Terra
de Judá, Judéia, Ne 5:14; Is 26:1; Jo 3:22; At 10:39;
Terra
Formosa, Dn 8:9;
Terra
Gloriosa, Dn 11:41;
Terra
da Promessa, Hb 11:9;
Terra
Santa, Zc 2:12; Sl 78:54 ARA;
Israel
(modernamente).
Não
há modernamente nenhum país chamado Palestina. O antigo país deste nome está
hoje dividido entre a Jordânia e o moderno Israel.
c-Limites
da Palestina
Limite
sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, na Arábia. (el-Arish é o "rio do
Egito" mencionado em Gn 15:18.)
Limite
norte: Síria e Fenícia.
Limite
oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2.
Limite
leste: Síria e Arábia.
d-Superfície
da Palestina
Mais
ou menos como a do nosso Estado de Alagoas. Comprimento: cerca de 250 km, de Dã
a Berseba. Hoje: 416 km. Largura: 88 km (a maior). Hoje: 100 km. Essa extensão
variou com as épocas e situações de sua história. Por exemplo: na época das 12
tribos - 26.400 km². A extensão atual é de cerca de 156.000 km².
e-Clima
O
tipo de relevo do solo da Palestina resulta numa superfície muito variada, com
muitas regiões elevadas e baixas, originando por isso toda espécie de climas,
desde o tropical, no Jordão, até o de intenso frio no Hermom, a 2.815 metros de
altitude. A faixa litorânea tem uma temperatura média de 21 graus C. No vale do
Jordão a temperatura vai a 40 graus. A temperatura média de Jerusalém é de 22
graus. Janeiro é a época mais fria do ano, quando o termômetro. Chega a 4
graus. É por essa variedade de climas que a Palestina presta-se a toda espécie
de culturas.
f-Divisão
política da Palestina
No
Antigo Testamento foi à Palestina dividia entre as 12 tribos de Israel. Três
tribos ficaram a leste do Jordão: Manassés (parcialmente), Gade, Rúben. Cinco
ficaram na área litorânea: Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em parte),
Judá. Quatro se estabeleceram na região central: Naftali, Zebulom, Issacar,
Benjamim. Duas ficaram nas extremidades Norte-Sul: Dã (Norte), Simeão
(Sul). A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos
governos. Nos tempos do Novo Testamento a divisão política constava de cinco
regiões: Judéia, Samaria, Galiléia, Ituréia, Peréia.
Durante
o ministério de Jesus, seus governantes eram.
Judéia
e Samaria: Pôncio Pilatos (26-36 a.D.) Pilatos era
procurador romano. Sua capital política era Cesaréia; à beira-mar.
A
capital religiosa: Jerusalém.
Galiléia
e Peréia: Herodes Antipas (4 a.C. a 39 a.D.) Era
filho de Herodes, o Grande. Jesus passou a maior parte de Sua vida no
território sob a jurisdição desse Herodes. Às vezes, todo o leste do Jordão era
chamado Peréia (Mt 4.25; Mc 3.8). O vocábulo Peréia significa literalmente
"região além", isto é, além do Jordão, Mt 4:15; 19:1; Jo 10:40.
Ituréia
e outros distritos menores: Herodes Felipe II (4 a.C. a 34 a.D.) O moderno território de Golã,
em parte ora ocupado por Israel, integrava essa jurisdição (a antiga
Gaulanites, Dt 4:43; Js 20:8.) É mencionada apenas uma vez no NT, em Lc
3:1. A Iduméia, no extremo sul do pais, integrava a jurisdição da Judéia.
É mencionada apenas uma vez no Novo Testamento: Mc 3:8.
g-Mares
Mar Mediterrâneo. É na Bíblia
chamado Mar Grande, Dn 7:2; Nm 34.7. Outros nomes: Mar Ocidental (Dt 11:24; Jl 2:20) e Mar dos Filisteus, Êx
23:31. Mar da Galiléia, Mt
4:18; Mc 7:31. Outros nomes: Mar de Quinerete (Nm 34:11), palavra essa que
originou Genezarete, outro nome desse mar, Lc 5.1. Também Mar de Tiberíades, Jo 6:1. É mar interior, de água
doce. Mar Morto, Ez 47:8 ARA.
Aparece com vários nomes no Antigo Testamento: Mar Salgado (Gn 14:3); Mar de
Arabá (Dt 3:17); Mar da Planície (2Rs 14:25); Mar Oriental (Ez 47:18; Zc 14:8);
Mar da Campina, Js 12:3. Fica situado a 395 metros abaixo do nível do mar.
Evaporação média diária: 8 milhões de metros cúbicos de água! É 25% mais
salgado que qualquer outro mar.
h-Rios
Todos
os cursos d'água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca
expressão. Jordão, Corre no
sentido norte-sul. Nasce no Monte Hermom e deságua no Mar Morto. Querite Desemboca no Jordão, margem
oriental, defronte a Samaria. É umuádi,
rio temporão. Cedron Corre a
leste de Jerusalém. Jaboque, Gn
32:22; Js 12:2. Afluente do Jordão,
margem oriental. Iarmuque. Afluente
do Jordão, margem oriental. Não mencionado na Bíblia. Deságua 6 km ao sul do
Mar da Galiléia. Arnom, Nm
21:13; Js 12:2. É hoje o Mojib. Deságua no Mar Morto, margem oriental. Era o
limite sul da Palestina, na frente oriental.
Quisom, 1Rs 18:40.
Deságua no Mar Mediterrâneo, Monte Carmelo.
i-Montes.
São
de muita importância na Bíblia, Js 11:21.
Tabor, Jz 4:6; 8:18.
Fica na Galiléia. Altitude: 615 metros. Crê-se que aí ocorreu a transfiguração
de Jesus (Mt 17:1,2.).
Gilboa, 1Sm 31.8; II Sm
21.12. Fica em Samaria. Altitude: 543 metros.
Carmelo, 1Rs 18:20. Fica
em Samaria. Ponto culminante: 575 metros. Fica no prolongamento que forma a
baía de Acre, onde se localiza a moderna cidade de Haifa, Ebal e Gerizim,
Dt 11:29; 27:1-13. Dois montes de Samaria. Moriá, Gn 22:2; 2Cr 3.1. Fica
em Jerusalém. Aí Abraão ia sacrificar Isaque. Nele Salomão construiu o templo
de Deus. Sião. Em Jerusalém.
Altitude: cerca de 800 metros. O local e o termo Sião são
usados de modo diverso na Bíblia. No Sl 133:36 Jerusalém. Em Hb 12:22 e Ap 14:1
é uma referência ao céu. Monte das
Oliveiras. Em Jerusalém, Mt 24:3; Zc 14:4; At 1:13. Aí, Jesus orou sob
grande agonia na noite em que foi traído. Sobre esse monte Jesus descerá quando
vier em glória para julgar as nações.
Calvário, Pequena elevação
fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco. Ver Lc
23:33. Calvário vem do latim "calvária" - crânio. Em aramaico é
Gólgota - crânio, caveira, Mt 27:33; Jo 19:17. No local acima, em 1885 o
general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas revelaram
nunca ter sido o mesmo ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de
Cristo.
j-A
Capital da Palestina: Teve
várias sede, a saber
Gilgal. No tempo de
Josué, Js 10:15.
Siló. No tempo dos juízes,
1Sm 1:24.
Gibeá. No tempo do rei
Saul, 1Sm 15:34; 22:6.
Jerusalém. Da época de Davi
em diante, 2Sm 5.6-9. Seu primitivo nome foi Salém, Gn 14:18, depois Jebus, Js
18:28 e por fim Jerusalém, Jz 19:10. Nos dias do Novo Testamento a capital
política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos.
Mispá, Jr 40:8. Por
pouco tempo foi capital, durante o cativeiro babilônico.
Tiberíades. Foi outra capital
da Palestina. Isso, após a revolta de Bar-Cócheba, em 135 a.D.
Detalhes
complementares sobre Jerusalém como capital da Palestina. Fundada pelos
hititas, Ez 16:3; Nm 13:29. Fica a 21 km a oeste do Mar Morto, e a 51 a leste
do Mar Mediterrâneo. Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, a
sudeste; Moriá, a leste; Bezeta, ao norte; Acra, a noroeste; Sião, a sudoeste.
Na distribuição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de
Benjamim, Js 18:28. Foi conquistada em parte por Judá, mas pertencia de fato a
Benjamim, Jz 1:8,21. Tinha povo de Judá e Benjamim, Js 15:63. Não ficava no
território de Judá (Is 15:8.) É chamada Santa Cidade, em Ne 11:1; Mt 4:5.
A
cidade de Jerusalém, saindo do jugo romano, caiu em poder dos árabes em 637
a.D, e, salvo uns 100 anos durante as Cruzadas, foi sempre cidade muçulmana. Em
1518 os turcos conquistaram-na. Em 1917, os britânicos assumiram o controle,
ficando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das
Nações. A partir de 1948 passou a ser cidade soberana (isto é, o setor novo),
porém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos árabes, os quais
dela tinham se assenhorado na guerra de 1948. Reedificada sempre sobre
suas próprias ruínas, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do mundo,
símbolo da Nova Jerusalém que se há de estabelecer na consumação dos séculos.
Jerusalém será então metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, quando estará
vestida do seu prometido esplendor, Is 2:3; Zc 8:22; Jr 31:38. Nesse tempo
Israel estará à testa das nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da
Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se
acha sepultado sob os escombros de muitos séculos, sob metros e metros de
entulho.
1-Outras
cidades da Palestina
Outras
cidades importantes: Jericó,
Hebrom, Jope, Siquém, Samaria, Nazaré, Cesaréia, Cesaréia de Filipe,
Tiberíades, Capernaum (Cafarnaum).
Cidades
visitadas por Jesus: Nazaré,
Lc 4:16; Betânia, Jo 1:28; Caná, Jo 2:1; Sicar, Jo 4:5; Naim, Lc 7:11;
Capernaum, Jo 6:59; Betsaida, Jo 12:21; Corazim, Mt 11:21; Tiro e Sidom, Mt
15.21; Cesaréia de Filipe, Mt 16:13; Jericó, Lc 19:1; Betânia, Jo 11; Emaús, Lc
24:13-14, 18.
Resumo
histórico da Palestina até o tempo presente
Conquistada
pelos israelitas sob Josué em 1451-1445 a.C.
Governada
por Juízes: 1445-1110 a.C.
Monarquia:
1053-933 a.C.
Reinos
divididos de Judá e Israel: 933-606 a.C.
Sob
os babilônicos: 606-536 a.C.
Sob
os persas: 536-331 a.C.
Sob
os gregos: 331-167 a.C.
Independente
sob os Macabeus: 167-63 a.C.
Sob
os romanos 63 AC a 634 a.D.
Sob
os árabes: 634-1517 A.D.
Período
das Cruzadas: 1095-1187.
As Cruzadas foram tentativas do "Cristianismo" para libertar a
Palestina das mãos dos muçulmanos árabes.
Sob
os turcos (Império Otomano): 1517-1914. Os turcos são também muçulmanos, apenas
com mais influência oriental.
Sob
os ingleses, como protetorado, por delegação da Liga das Nações: 1922-1948.
Como
nação soberana: a partir de 14/5/1948. Nessa data foi proclamado o Estado de
Israel, com a estrutura de república democrática. O primeiro governo autônomo
em mais de 2.000 anos! De agora em diante cumprir-se-á; Am 9:14,15. QUE DEUS
VOS ABENÇOE! Autor: Stefan N. Barbosa
BIBLIOGRAFIA
Bíblia
– ARA - SBB
Bíblia
Sagrada - RC- SBB/1995
LIVRO
DA EETAD - ANTONIO GILBERTO - BIBLIOLOGIA
SOMBRAS
TIPOS, MISTÉRIOS DA BÍBLIA - CPAD - JOEL LEITÃO MELO
INTRODUÇÃO
BIBLICA – PASTOR J. CABRAL
MANUAL
DO ESTUDANTE - CPAD
R. N
Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, ENCICLOPEDIA HISTORIA, FILOSOFIA, TEOLOGIA;
O
NOVO TESTAMENTO COMENTANTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO Milenium
R. N
Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, O ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.
CORTESIA: Estou disponibilizando para download a Bíblia Sagrada para
Data Show – Power Point, encontrei o arquivo disponível para download na
internet e acredito que vai ajudar muitas pessoas, igrejas e escolas
bíblicas.:
https://www.4shared.com/zip/jzngjSLUce/biblia-sagrada-em-power-point.html
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