ÍNDICE
I – DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA
II – ENTENDENDO O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA
1 – A IGREJA – ALVO DA REVELAÇÃO DIVINA
2 – OS QUATRO TIPOS DE ESCATOLOGIA
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES
3.1 – Dispensação da Inocência
3.2 – Dispensação da Consciência
3.3 – Dispensação do Governo Humano
3.4 – Dispensação Patriarcal
3.5 – Dispensação da Lei
3.6 – Dispensação da graça
3.7 – Dispensação do Reino
III – MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA
IV – VIAGEM AO FUTURO
4 – ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
5 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA
5.1 – Palavras usadas para descrever o arrebatamento
5.2 – Propósitos do Arrebatamento
5.3 – A trombeta do arrebatamento
5.4 – Fatos ligados ao arrebatamento
6 – A GRANDE TRIBULAÇÃO
6.1 – Quanto tempo durará a Grande Tribulação?
6.2 – Desvendando um mistério.
6.3 – Quem dominará o mundo naqueles dias?
6.4 – A Igreja passará pela Grande Tribulação?
7 – O MILÊNIO
7.1 – A forma de Governo
7.2 – A Sede do Governo
7.3 – Condições espirituais
7.4 – O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio
7.5 – Satanás será amarrado durante o Milênio
7.6 – Haverá paz universal durante este período em estudo
7.7 – Fim do Milênio
I – DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA
II – ENTENDENDO O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA
1 – A IGREJA – ALVO DA REVELAÇÃO DIVINA
2 – OS QUATRO TIPOS DE ESCATOLOGIA
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES
3.1 – Dispensação da Inocência
3.2 – Dispensação da Consciência
3.3 – Dispensação do Governo Humano
3.4 – Dispensação Patriarcal
3.5 – Dispensação da Lei
3.6 – Dispensação da graça
3.7 – Dispensação do Reino
III – MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA
IV – VIAGEM AO FUTURO
4 – ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
5 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA
5.1 – Palavras usadas para descrever o arrebatamento
5.2 – Propósitos do Arrebatamento
5.3 – A trombeta do arrebatamento
5.4 – Fatos ligados ao arrebatamento
6 – A GRANDE TRIBULAÇÃO
6.1 – Quanto tempo durará a Grande Tribulação?
6.2 – Desvendando um mistério.
6.3 – Quem dominará o mundo naqueles dias?
6.4 – A Igreja passará pela Grande Tribulação?
7 – O MILÊNIO
7.1 – A forma de Governo
7.2 – A Sede do Governo
7.3 – Condições espirituais
7.4 – O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio
7.5 – Satanás será amarrado durante o Milênio
7.6 – Haverá paz universal durante este período em estudo
7.7 – Fim do Milênio
8 – O JULGAMENTO FINAL
9 – O ESTADO PERFEITO E ETERNO.
I –
DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA.
O termo escatologia deriva de duas palavras
gregas: escathos e logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “estudo” ou
“tratado”. É o estudo ou doutrina das últimas coisas. É chamada bíblica, no
nosso caso, porque ela pode ser extrabíblica. No estudo da escatologia
bíblica, é de caráter fundamental, Ter o cuidado em não apresentar falsas
interpretações, evitando, com isso, questionamento e especulações. Deus nos
adverte dizendo que devemos “manejar bem a Palavra da verdade.”(II Tm.2.15).
“Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará e não
mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará”.(Hc.2.3).
II – ENTENDENDO O CAMPO DA ESCATOLOGIA
BÍBLICA.
Littera scripta manet – “a palavra escrita
permanece”, disse Horácio na Roma Antiga a mais de 2.000 anos atrás. O que
caracteriza o vislumbre do cumprimento das profecia no palco da escatologia, é
a maneira de como Deus trabalha para mostrar a sua vontade, revelada na palavra
escrita. Este trabalho consiste em ampliar a revelação divina, nos dando a
entender que a palavra escrita continua em pé, revigorada pela forte atuação e
inspiração do Espírito Santo de Deus. A ordem que o profeta Jeremias recebeu do
Senhor foi esta: “escreve num livro todas as palavras que eu te disse”, Jr.
30.2. Não podemos duvidar nem
admitir falha na palavra de Deus. Ela é
inspirada pelo Espírito Santo; 2Tm. 3.16. A
inerrância das escrituras tem
sua base na infabilidade da Palavra do Senhor. Com isso podemos ir mais além do que Horácio
afirmou. “a palavra escrita ‘não’
apenas permanece – ela floresce como trepadeira nas fronteiras do nosso
entendimento”. Ela alcança o mais profundo dos recônditos da nossa alma. Para
entender o campo da escatologia, precisamos saber de 3 (três) verdades básicas.
1 – A IGREJA – ALVO DA REVELAÇÃO
DIVINA.
Toda a revelação aponta para o futuro. O
futuro consiste num plano traçado por Deus para que a Igreja caminhe neste
mundo “pela fé a esta graça, na qual estando firme, gloria-se na esperança da
glória de Deus”, Rm. 5.2 Argumentando o fato de nós sermos alvo da
revelação divina, o apóstolo Paulo escreveu aos Efésios dizendo que Deus “nos
elegeu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante
dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo,
para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”, Ef. 1.4,5. Somente
aqueles que são santos e filhos de Deus é que têm o privilégio de ter a
revelação das coisas que em breve hão de acontecer. Em contraste, o mundo
pagão, que não tem a revelação de Deus, se fecha num ciclo de
falsas expectativas em relação ao futuro. No consenso filosófico da humanidade a maior parte da população do mundo vê com
grande otimismo a era que está por
vir. Pressentindo um fantástico progresso material
e científico, vivendo na era da velocidade e vendo a aquisição do conhecimento
se acelerar, muitos poderão se tornar otimistas demais. Contudo o apóstolo
Paulo nos adverte: “quando andarem dizendo: paz e segurança, eis que lhes
sobrevirá repentina destruição”, ITm. 5.3. Aos olhos dos franceses do
final do século XIX, o novo século parecia uma espécie de
Idade de Ouro. Mas o entusiasmo durou até 1914,
quando a 1ª Guerra Mundial pôs fim ao sonho dourado. Outra parte da
humanidade certamente adentrará o 3º milênio cheia
de superstições, medo, insegurança e pessimismo; preocupada com desgraças,
desemprego, violência e caos social. A história
registra que, na passagem do ano 999 para 1.000, a maior parte da Europa não conseguiu comemorar a data, pois esperava o “Apocalipse”. Segundo o historiador Frederick H.
Martins, um sentimento de terror dominou a multidão amontoada na imensa
Basílica de São Pedro, em Roma, na noite de 31 de dezembro de 999. Inclusive o
Papa Silvestre II parecia aterrado. Isso aconteceu porque o povo não tinha
acesso à Bíblia. Quem conhece a revelação sabe que o mundo irá de mal a pior,
mas não se desespera. E o Senhor Jesus profetiza: “homens desmaiarão de terror,
na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo… e quando estas coisas
começarem a acontecer, fiquem firmes e levantem a cabeça, pois a vossa redenção
está próxima, Lc. 21.26,28.
2 – OS QUATRO TIPOS DE
ESCATOLOGIA.
Além de ser um dos capítulos da dogmática
cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às
últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o
Dicionário Teológico (CPAD).
a) Escatologia consistente.
Termo
nascido com Alberto Schweitzer, segundo o qual a ações e a doutrina de Cristo,
tinha um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois de que o
Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das
últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano.
Ele Jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do homem.
b) Escatologia idealista.
Corrente doutrinária que relaciona a escatologia
bíblica às verdades infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a
doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito sobre a história da
humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia, ou seja, projeto
irrealizável, fantasia. Mas, o que dirão elas, por exemplo, acerca das
profecias já cumpridas? Será que estas não referendam as que estão por se
cumprirem? Não esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da Bíblia. Se
descremos daquela, não podemos crer nesta.
c) Escatologia individual.
Estudo
das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de
sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto,
nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja.
d) Escatologia realizada.
Ponto
de vista defendida por C.H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das
Sagradas Escrituras foram cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto,
não nos resta nenhuma expectativa profética de acordo com o ensino de Dodd.
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES.
Para melhor compreender o campo da escatologia
bíblica, faz-se necessário um resumido estudo sobre as sete dispensações,
sabendo que, a última dispensação é para o futuro. Segundo o Pr. Severino
Pedro da Silva, em seu livro “Escatologia”, uma dispensação “é um período em
que o homem é experimentado em
relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade tanto
permissiva como diretiva de Deus”. A palavra dispensação deriva do termo grego “oikonimia” que
por sua vez significa economia que é a “boa ordem na administração na despesa de uma casa”.
As sete dispensações
são:
3.1 –
Dispensação da Inocência
Seu
início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado.
3.2 –
Dispensação da Consciência
Esta
dispensação começou em Gn. 3 e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656
a.C., abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn. 7.21,22.
3.3 –
Dispensação do Governo Humano
Esta
dispensação começou em Gn. 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do
Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo
consolidada com a chamada de Abraão; Gn. 10.15; 11.10-19;12.1.
3.4 –
Dispensação Patriarcal
Teve
início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos
depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; Gl. 3.17; Hb. 11.9,13. A
palavra chave é PROMESSA. Por meio desta dispensação, Abraão e seus
descendentes vieram a ser herdeiros da promessa.
3.5 –
Dispensação da Lei
Ela
teve início em Êx. 19.8, quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo
que o Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao
Calvário; do Êxodo à cruz.
3.6 –
Dispensação da graça
Esta
dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e
terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente
falando, seus efeitos continuarão até Apocalipse 8.1-4.
3.7 –
Dispensação do Reino
Esta
dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos;
Ap. 20.1-6. É também chamada de a dispensação do Governo Divino. Esta
dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações
descrito em Mt. 25.31-46, e antes do Juízo do
Grande Trono Branco (GTB). É neste
ponto, é que se encontra a essência do entendimento do campo da escatologia bíblica, ou seja, compreender o que Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos
gentios. Esta última dispensação, que é a
juntura do presente século e do vindouro,
fornece um nítido exemplo de sobreposição das dispensações, isto é, que às
vezes há um período transitório entre uma e outra.
III – MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA
ESCATOLOGIA.
Nesta seção aprenderemos os métodos
utilizados na interpretação de porções bíblicas que concerne ao futuro.
Lembrando que, na história da Igreja tem sido adotados vários métodos de
interpretação no que tange às escrituras proféticas. No entanto, faz-se necessário
o bom conhecimento e a maneira correta de se aplicar dois métodos de
interpretação que devem merecer nossa atenção.
1 – Método alegórico ou figurado
O
termo alegoria é definido, por alguns teólogos, como qualquer declaração de
fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma
interpretação moral ou figurada. Se não atentarmos para o sentido real,
figurado ou literal, de uma profecia bíblica, negamos o seu valor histórico,
dando uma interpretação de menos importância, e assim corremos o risco de
anular a revelação de Deus naquela profecia. Portanto, o método alegórico
deve ser utilizado de maneira correta. Leia Gl. 4.21-31 e observe que Paulo
tomou figuras ilustradas no texto com focos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sobras de eventos
futuros.
2 – Método literal ou textual
Este método se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Ambos os métodos são válidos. Há uma perfeita ralação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Por exemplo, no texto de Jo.1.6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. E em Jo. 1.29 nos fala: “Eis aí o Cordeiro de Deus.” Palavras pronunciadas pelo próprio João Batista ao ver a Jesus. Agora vejamos os métodos de interpretação aplicado em ambos os textos. O 1º está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. No 2º texto João Batista usou a forma figurada para denotar a pessoa de Jesus. Em se tratando do livro de Apocalipse, que em sua parte, é um livro escatológico, têm surgido diversas classes de intérpretes, as quais devem ser conhecidas pelos pastores e por aqueles que exercem o Ministério da Palavra. Por quê? Porque os crentes pentecostais, em sua maioria, não sabem em que classe de intérpretes do Apocalipse, eles se encaixam, e por conseguinte deixam ser levados por ensinos deturpantes que contradizem a Palavra de Deus. Por exemplo, os Adventistas do 7º Dia, vêem a vinda de Cristo, a este mundo, como em uma única vez, sem ser dividida em duas fases distintas, e assim não dão espaço para o período da Grande Tribulação e a restauração de Israel.
Este método se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Ambos os métodos são válidos. Há uma perfeita ralação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Por exemplo, no texto de Jo.1.6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. E em Jo. 1.29 nos fala: “Eis aí o Cordeiro de Deus.” Palavras pronunciadas pelo próprio João Batista ao ver a Jesus. Agora vejamos os métodos de interpretação aplicado em ambos os textos. O 1º está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. No 2º texto João Batista usou a forma figurada para denotar a pessoa de Jesus. Em se tratando do livro de Apocalipse, que em sua parte, é um livro escatológico, têm surgido diversas classes de intérpretes, as quais devem ser conhecidas pelos pastores e por aqueles que exercem o Ministério da Palavra. Por quê? Porque os crentes pentecostais, em sua maioria, não sabem em que classe de intérpretes do Apocalipse, eles se encaixam, e por conseguinte deixam ser levados por ensinos deturpantes que contradizem a Palavra de Deus. Por exemplo, os Adventistas do 7º Dia, vêem a vinda de Cristo, a este mundo, como em uma única vez, sem ser dividida em duas fases distintas, e assim não dão espaço para o período da Grande Tribulação e a restauração de Israel.
Vejamos os principais
intérpretes com seus respectivos ensinos.
1º – Os Preteristas. Esta
classe crê que a maior parte do Apocalipse já foi cumprida, a muito tempo
atrás. Eles relegam tudo ao passado. O relacionamento que eles fazem entre o
texto e o evento é muito subjetivo e precário.
2º – Os Historicistas. Os
intérpretes que assumem esta posição procuram encaixar todos os acontecimentos
previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana. Interpretam o
Apocalipse como um estudo progressivo dos destinos da Igreja desde o seu início
até a consumação. Estes asseveram que as profecias estão cumpridas em parte e
em parte estão por cumprir e algumas estão sendo cumpridas diante de nós.
3º – Os
futuristas. Estes interpretes dividem-se em dois grupos:
a)
Futuristas extremos – acham que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor
Jesus Cristo.
b)
Futuristas simples – Aceitam que os 3 primeiros caps. do livro como já
cumpridos; tudo o que se segue refere-se à aparição vindoura de Cristo. A
maioria dos Pentecostais Fundamentalistas têm uma visão futurista do livro. Sob
esta perspectiva tudo, ou quase tudo que é narrado após o cap. 4, será cumprido
num curto espaço de tempo (sete anos) após o término da Dispensação da
Igreja. Os intérpretes do Apocalipse
estão também divididos na forma COMO ABORDAM O MILÊNIO. (Os
mil anos mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a
interpretação do Apocalipse como um todo.
É necessário levantarmos, aqui, alguns pontos.
1º –
Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum Milênio, pelo
menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que, como o Apocalipse é
simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio Literal. Outros
interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o número mil como
um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que este período da
Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo como do
ímpio, seguindo-se imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova terra.
A maioria dos amilenistas consideram Agostinho (o bispo de Hipona, no Norte da
África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do amilenismo.
2º –
Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do século
XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do Milênio, como uma extensão do
período atual da Igreja. Ensinam que o poder do Evangelho ganhará todo o mundo
para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após haverá a
ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo
reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também
espiritualiza irritadamente as profecias da Bíblia, não dando espaço à
restauração de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra durante o
Milênio.
3º –
Pré-Milenista. Acreditam que, o retorno de Cristo, a ressurreição
dos salvos e o tribunal de Cristo, será antes do Milênio. No final deste,
Satanás será solto, engana as nações, mas há de ser prontamente derrotado para
todo o sempre. Segue-se o julgamento do GTB, que sentenciará o restante dos
mortos. Aí sim, teremos o reino eterno no novo céu e na nova terra.
A
perspectiva Pré-Milenista e futurista simples, juntas, encaixam-se melhor nas
orientações de Jesus. É essa classe de intérpretes do Apocalipse que a maioria
dos Pentecostais pertence.
IV – VIAGEM AO FUTURO.
Tomaremos agora uma carruagem para fazer uma
pequena viagem no tempo e no espaço, para se ter uma visão panorâmica das
coisas que em breve hão de acontecer, e com isso, teremos um compreensão melhor
da conjuntura dos fatos ordenados por Deus na sua Palavra. Esta seção,
constitui dos temas que a Escatologia bíblica estuda. Senhores passageiros,
apertem os cintos, pois já estamos decolando.
4 –
ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS.
Para
se ter uma seqüência lógica deste fato, vamos fazer uma revisão sobre a doutrina
da Morte.
O QUE É MORTE?
É o resultado do pecado de nossos pais.
A
morte caracteriza-se de duas maneiras: 1º, morte como estado; e morte do
agente, Ap.6.8.
Como
estado a Bíblia fala de 3 tipos de morte: Física, espiritual e eterna.
a) Morte
física. O seu significado é: dissolução vital do organismo.
O que
acontece na morte física?
Resposta:
alma e espírito separam-se do corpo.
Mas
para melhor entender o que é alma, a Bíblia nos revela 4 designações para a
alma, a saber:
Primeiro
– alma como indivíduo, como cidadão; Rm.13.1.
Segundo
– alma no sentido biológico, isto é, o sangue; Lv. 17.11.
Terceiro
– como sentimento do homem; Mt. 26.38.
Quarto
– alma como parte imortal do homem. Jesus disse: Não temeis o que mata o corpo
e não mata a alma.
Quando
a Bíblia fala do sono da alma, refere-se ao corpo físico. Jacó falou: Irei e
dormirei com os meus pais.
No
sentido espiritual e eterno, alma não dorme; Ap. 6.9.
b) Morte
espiritual. É o estado do pecador separado de Deus. É a separação da comunhão
com Deus; Ef. 2.1
Existe
solução para a morte espiritual?
Sim,
desde que o pecador aproxime-se de Deus com um coração arrependido.
c) Morte
eterna. É a eterna separação da presença de Deus – a impossibilidade de
arrependimento e perdão. Portanto não há solução para esse tipo de morte. É
chamada a 2ª morte, porque a primeira é física. É identificada como punição do
pecado; Rm. 6.23. Os ímpios, depois de julgados, receberão a punição da
rejeição que fizerem à graça de Deus e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo);
Ap. 20.14,15. Esse tipo de morte tem sido alvo de falsas teorias que rejeitam o
ensino real da Bíblia.
O
que é estado Intermediário?
E um
modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado.
No A.T., esse lugar é identificado como sheol (no hebraico), e no N.T. como
Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao reino da morte.
A)
OS MORTOS – JUSTOS. Todos os justos, de Adão até à
ressurreição de Cristo, ao morrerem, suas almas (com possível exceção de Enoque
e Elias), desciam ao Paraíso, que naquele tempo constituía um compartimento do
Sheol ; cf. Gn. 37.35.
B)
OS MORTOS – ÍMPIOS. Desde o tempo de Adão até o julgamento do
GTB, as almas dos ímpios seguem para o mundo invisível, ou seja, o Sheol ou
Hades aguardando o julgamento final quando serão lançados no Lago de Fogo; cf.
Nu.16.30,33.
CORRIGINDO
UM GRAVE ERRO.
Infelizmente, estes nomes Sheol e Hades têm
sido traduzidos incorretamente em certos casos em algumas versões das
Escrituras, por exemplo, como inferno, sepultura, e abismo. Por exemplo, Gn.
37.35, Jacó expressou-se: “…na verdade com choro hei de descer ao meu filho à
sepultura”. (grifo nosso). Este termo sepultura não é a cova, propriamente
dito, que no original hebraico é traduzido por Queber. E sim o Mundo Invisível
dos mortos traduzido por Sheol. A Bíblia, Edição revista e Corrigida, traduz de
maneira correta este termo em Jó 17.15,16: “Onde estaria então agora a minha
esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? Ela descerá até aos
ferrolhos (portas) do Sheol”.
Observe agora o contraste entre as palavras
Sheol (mundo invisível) e Queber (sepultura, cova, túmulo) no A.T.
QUEBER
– usada no plural;
– existe muitas queberes
– abriga ou recebe cadáveres
– localizada na superfície da terra
– há uma para cada indivíduo
– o homem coloca corpos na queber
– usada no plural;
– existe muitas queberes
– abriga ou recebe cadáveres
– localizada na superfície da terra
– há uma para cada indivíduo
– o homem coloca corpos na queber
SHEOL
– usada na forma singular; Jó 17.15,16
– existe apenas um Sheol
– jamais recebe cadáveres
– localizado abaixo (no centro) da terra
– lugar onde há muita gente
– somente Deus envia o homem ao Sheol; Lc.16.22,23.
– usada na forma singular; Jó 17.15,16
– existe apenas um Sheol
– jamais recebe cadáveres
– localizado abaixo (no centro) da terra
– lugar onde há muita gente
– somente Deus envia o homem ao Sheol; Lc.16.22,23.
Concluímos, então, que o
uso da palavra queber prova que ela significa sepultura, túmulo, que acolhe o
cadáver, enquanto o Sheol acolhe o espírito do homem.
O Sheol-Hades, antes e depois do
Calvário.
Antes do Calvário, o Sheol-Hades dividia-se
em 3 partes distintas. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada Paraíso,
Seio de Abraão, Lugar de consolo; Lc. 16.22,25. A Segunda é a parte dos ímpios,
e é denominada lugar de tormento; Lc.16.23. A terceira fica entre a dos justos e
a dos ímpios, e é identificada como lugar de trevas, Lugar de prisões eternas,
Abismo. Lc. 16.22; 2Pe. 2.4; Jd. v. 6. É aí onde Satanás será preso durante o
Milênio, e onde se encontra aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não
sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande
Tribulação. Depois do Calvário,
houve uma mudança dentro do mundo dos
mortos. Depois da sua morte Jesus esteve 3 dias no coração da Terra, isto é, no
Paraíso, do qual Ele havia
dito ao malfeitor. Por esta ocasião,
Cristo aproveitou a oportunidade e “pregou aos espíritos em prisão, os quais
noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias
de Noé”; 1 Pe. 3.18-20. Depois disso efetuou a grande mudança no Sheol-Hades
“subindo ao alto levou cativo o cativeiro”; Ef. 4.8, isto é, trasladou o
Paraíso para o 3º céu, na presença de Deus, debaixo do seu altar; Ap. 6.9,
separando completamente das partes inferiores onde continuam os ímpios mortos.
E isto foi o cumprimento cabal de sua promessa, quando esteve ainda na terra: e
as portas do inferno (Hades) não prevalecerão contra a minha
Igreja. Somente os justos gozam dessa mudança em
esperança pelo dia final quando
esse estado temporário se acabará, e viverão para
sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.
5 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA.
Uma característica singular que identifica a
Igreja fiel é o sentimento de constante expectativa que a domina no tocante ao
retorno de Cristo. E ela sabe que não ficará neste vale de lágrimas. Os crentes
sabem que o arrebatamento é uma realidade que lhe diz respeito. A definição da 2ª vinda
de Cristo é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes. E
localizada, às vezes, para indicar o
drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o arrebatamento da Igreja quanto a
revelação de Cristo em glória no Monte das Oliveiras; Zc. 14.4. Outras vezes,
é enfocada especificamente para diferenciar a revelação de Cristo do
arrebatamento da Igreja que a antecederá.
5.1
– Palavras usadas para descrever o arrebatamento
Existem
usualmente três palavras que todos nós usamos para explicar tão maravilhoso
fenômeno.
a)
Arrebatamento; 1 Ts. 4.17.
b)
Trasladação; Na carta aos hebreus vemos Enoque, um símbolo da Igreja.
c)
Rapto. Palavra latina, RAPERE; significa transportar de um lugar para outro.
Equivale ao grego: ARPAZO, usado em Jo. 10.28,29; At.8.39, etc.
5.2
– Propósitos do Arrebatamento
a)
Livrar os embaixadores do Rei do perigo iminente; 2Co. 5.20; Ap.3.10; I Ts.
1:10.
b)
Recompensar a Igreja de Cristo, mediante a outorga de galardões, no soleníssimo
Tribunal de Cristo; 2 Co. 5.10.
c)
Conduzir a Igreja à Bodas do Cordeiro, que se dará em seguida ao Tribunal e,
enquanto na Terra ocorrerá a Grande Tribulação.
d)
Introduzir a Igreja no Reino da Glória e imortalidade, conforme o desejo
expresso por Jesus; Jo. 14.3
5.3
– A trombeta do arrebatamento
O toque da trombeta no dia do arrebatamento
se relaciona com o alarido e a voz do arcanjo. O alarido significa
originalmente uma expressão militar, uma voz de comando. Nesse dia ouvir-se-á a
voz do ARCANJO. Como se sabe, a palavra ARCANJO significa chefe de anjos.
Certamente a voz do ARCANJO será para comandar os anjos, que se oporão às
hostes demoníacas instaladas nos ares, abrindo caminho para o povo de Deus que
estará sendo arrebatado. Visto que, em Mt. 24.30,31 encontramos os anjos a
recolher os eleitos, logo após ser
proferida a lamentação por todas as nações, alguns serão
levados a pensar que a Igreja não será arrebatada até
Cristo haver destruído os exércitos do anticristo. Ora, devemos considerar,
porém, que o cap. 24 de Mateus não apresenta os eventos em ordem cronológica.
Jesus não tinha qualquer intenção em revelar o dia ou a hora de sua vinda. A
palavra então, no início de Mt. 24.30, traduz um vocábulo grego de sentido muito
geral (tote), dando a entender que os acontecimentos ocorrerão todos dentro do
mesmo período de tempo, mas não necessariamente na ordem apresentada.
5.4 – Fatos ligados ao arrebatamento
Quando Cristo vier para buscar a Igreja,
ocorrerão duas coisas na terra, por ocasião desse evento:
a)
Ressurreição dos mortos crentes. Em 1 Ts. 4.14, diz que Cristo trará em sua
companhia os espíritos daqueles que dormem no Senhor, e Ele ficará parado nas
nuvens, enquanto os espíritos continuam descendo a procura de seus corpos a
serem ressuscitados em um corpo glorioso. ALELUIA!!! cf. 1 Ts. 4.16.
b)
Transformação dos vivos. Após a ressurreição dos mortos crentes, segue-se a
transformação dos vivos que estiverem preparados para aquele momento; 1 Co.
15.52.
“Vai
pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti”. Is.
26.20ª.
6 – A GRANDE TRIBULAÇÃO.
Logo após o arrebatamento da Igreja e antes
da manifestação pessoal de Jesus a este mundo, terá lugar uma série de eventos
terríveis em sua magnitude e alcance. É um tempo de tribulação e angústia
predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel refere-se a uma tribulação
jamais dantes experimentada; Dn. 12.1. Jeremias descreve-a como o tempo de
angústia para Jacó; Jr. 30.7. confira também as palavras de Jesus em Mc. 13.19.
O ponto culminante deste tempo de angústia será de tal forma que se “o Senhor
não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos
escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias; Mc. 13.20. Deve ficar bem
claro que uma das condições para o desencadeamento da Grande Tribulação será
precisamente, o rapto da Igreja. O rapto assinalará o fechamento do longo
parêntese que definiu a Dispensação da Graça. Após, é que o Rei Jesus voltará a
tratar diretamente com Israel e com o mundo gentílico.
6.1 – Quanto tempo durará a Grande
Tribulação?
A Grande Tribulação durará uma semana de
anos, Dn. 9. 27. Será a Septuagésima semana de Daniel. Uma semana de anos
corresponde a sete anos; a semana será dividida em duas etapas de três anos e
meio. A última etapa da 70ª semana é assim designada: tempo, tempos e metade de
um tempo.
6.2 – Desvendando um mistério.
O anjo disse a Daniel sobre estas setenta
semanas de anos que estão determinadas sobre o povo de Israel. As primeiras
sessenta e nove terminaram com a crucificação do Messias; Dn. 9.26. Muitos
acreditam num interlúdio entre a 69ª e a 70ª semana, como se esta estivesse
indefinidamente adiada. Esse interlúdio é a era da graça. Quando a influência
restringidora da operação do Espírito Santo em, e através da Igreja, for
removida, por ocasião do arrebatamento, então iniciará a última e terrível
semana.
6.3 – Quem dominará o mundo naqueles
dias?
O líder terreno durante a G.T. será o
arquiinimigo do Senhor Jesus: o anticristo. A palavra anti tem este sentido
básico no grego: em lugar de e não contra. Ele não dirá ser o anticristo. Antes
reivindicará ser o verdadeiro Cristo. O anticristo aparecerá no cenário
mundial. Fará um concerto por sete
anos com o povo de Israel. Já que o
mundo está em suas mãos, três
espíritos imundos semelhantes a rãs saem da boca da trindade satânica para
congregar todas as nações para a peleja contra Israel, isto é, para a Grande
Batalha do Armagedom. Esta Batalha culminará no triunfo de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Quanto ao anticristo e aos seus aliados, serão lançados no Lago de
Fogo. Israel, é claro, será restaurado e purificado; Is. 2.5-22; 16.1-5;
24.1-15; 26.20,21. E as nações serão julgadas; Mt. 25.31-46.
6.4 – A Igreja passará pela Grande
Tribulação?
Mui freqüentemente, os que afirmam que a
Igreja passará pela G.T., salientam: Deus não prometeu que a Igreja escapará da
tribulação e do sofrimento. O que eles não sabem é que a Bíblia usa a palavra
tribulação (no grego, thlipsis) de duas maneiras diferentes. Algumas vezes, ela
refere-se à aflição, à perseguição, à pressão e à angústia que nos são causadas
por um mundo ímpio. Ela também é traduzida por aflições quando Paulo fala de
nossas tribulações diárias que, se comparadas à eternidade, duram apenas um
momento; IICo. 4.17. Mas os julgamentos da tribulação, referidos em Apocalipse,
não pertencem à mesma classe; representam a ira de Deus. Mas não estamos
esperando a ira; quer vivamos ou morramos, aguardamos o arrebatamento para
estarmos para sempre com o Senhor; 1 Ts. 5.10. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu
te guardarei ‘da hora da tentação’ que há de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam
na terra”; Ap. 3.10. A passagem
em foco indica que a Igreja jamais passará pela
G.T. Aqueles que advogam que a Igreja passará por este sombrio período, fazem
sua defesa no significado da preposição “EK”. Esta preposição “ek” leva os intérpretes
a uma interpretação literal de sair de
dentro. Para emergir de dentro da hora da tentação,
deve (segundo este conceito) ter estado presente durante aquela hora. Mas essa
forma de interpretação, não combina com a tese e argumento principal da
natureza do pensamento das Escrituras, por vários motivos:
a) Ora, usando a
preposição gramatical de: “ek” e “apo” (fora de) reforça o conceito geral das
demais escrituras. À referência direta deste versículo, qualquer estudioso sabe
que se refere à hora da G.T., que de um certo modo envolverá todo o mundo, e,
na sua fase final, terá como alvo a cidade de Jerusalém e a Terra Santa.
b) A palavra da significa
para fora de e em si traz a idéia de ser guardado da Tribulação (não meramente
conservado através dela, como alguns asseveram). Ora, se a Igreja estivesse
destinada a passar pela G.T., uma coisa seria certa; em lugar de ler-se: “…eu
te guardarei ‘da’ hora da tentação”. Ler-se-ia: “eu te guardarei ‘na’ hora da
tentação”. Convictos, desta verdade podemos afirmar: A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO.
7 – O MILÊNIO
“…e reinarão com Cristo durante mil anos”;
Ap. 20.4b. O milênio será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração
para todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça encherá a Terra. Será verdadeiramente a Idade Áurea da Terra, acerca do qual os poetas têm
entoado, e pela qual este mundo triste e sofrido tem esperado através de todos
os séculos, desde que o seu Rei foi crucificado e assim o Senhor da Glória foi
rejeitado pelos que lhe pertenciam e por cuja razão, o reino foi
adiado. Haverá profundas mudanças na
Terra, durante o Milênio. A maldição que Deus pronunciou devido ao pecado, será
removida e assim a benção de Deus mover-se-á sobre a Terra.
Vejamos agora alguns
itens a serem considerados sobre o Milênio.
7.1
– A forma de Governo
TEOCRÁTICO, isto é, o próprio Deus regerá o
mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; Dn. 7.4.
7.2
– A Sede do Governo
Jerusalém, será a capital do mundo. A
desprezada cidade tantas vezes pisada pelos exércitos invasores.
7.3
– Condições espirituais
As condições espirituais em evidência durante
o Milênio contrastarão fortemente com as prevalecentes nos dias atuais. Então
terá sua total realização a profecia de Joel 2.28,29, em que, o Espírito Santo
será derramado sobre Israel e as demais nações.
7.4
– O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio; Is.
11.9; Jr. 31.34. Tal qual hoje o mal prevalece e muitas nações jazem nas trevas da idolatria, naquele tempo a
justiça de Deus prevalecerá e todas as nações
conhecerão o nome do Senhor Jeová Rafá.
7.5
– Satanás será amarrado durante o Milênio.
Esse inimigo, tanto de Deus como do homem,
será algemado e lançado no abismo, de maneira que ele ficará impossibilitado de exercer o seu nefasto programa
de engano entre os homens; Ap. 20.1-3.
7.6
– Haverá paz universal durante este período em estudo.
Hoje os esforços
humanos para promover a paz entre os homens são vãos. Porém
chegará o dia em que o Príncipe da Paz estabelecerá a perfeita harmonia entre as nações.
7.7
– Fim do Milênio
Satanás será solto do abismo, por um pouco de
tempo e enganará as nações afim de congregá-las para a batalha. O fato de
que o homem dará ouvidos aos enganos de
Satanás, embora tenha usufruído das bênçãos e das melhores influências espirituais, durante este período, mostrará que o
estado de depravação natural do coração humano, ainda se encontra enraizado
dentro do seu instinto pecaminoso, por natureza, e este estado de depravação
será revelado no fim desse período de 1.000 anos. Mas, no ponto pinacular
da rebelião contra o Senhor, Deus
enviará fogo do céu que os devorará. O fim do Milênio marcará também o fim de todas as dispensações terrestre e o fim do tempo.
8 – O JULGAMENTO FINAL
E Ap. 20.11-15 descreve-se o julgamento que
terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das nações,
realizando-se não sobre a terra, como foi o caso do julgamento das nações, mas
sim nas regiões celestiais onde Deus habita. A primeira ressurreição, Ap.20.6,
ocorrerá antes do início do Milênio e será para os mortos justos pertencentes a
todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo durante a G.T.;
Ap.7 Sendo que os participantes da 1ª
ressurreição são descritos como bem aventurados, e santos,
naturalmente os demais mortos que não
viverem até o fim do Milênio não o são. Por essa razão cremos
que perante o GTB comparecerão os mortos ímpios. A presença do Livro da Vida será necessária na
condenação daqueles que alegarão méritos
das suas obras, quando deveriam ter aceitado a Cristo como seu Salvador, fato
que teria colocado seus nomes nesse livro do Cordeiro. Os ímpios serão
julgados segundo as suas obras. O registro delas será aberto e lido para determinar o grau de castigo. O
Lago de Fogo será para todos os ímpios. Para este lugar serão removidos para sempre a morte e o Hades.
9 – O ESTADO PERFEITO E ETERNO.
Jesus não deixou de mencionar
sobre essa era perfeita. Apocalipse 21 e 22 descrevem as glórias deste estado
eterno. A cidade de Jerusalém, a celestial, baixará de vez sobre a Terra. A
nova terra tem seu relevo totalmente diferente. Quem preparou esta cidade foi
Jesus. A cidade é quadrangular. Nessa cidade não haverá mais noite, nem
precisará da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre os seus e reinarão
pelos séculos dos séculos. Deus enxugará de nossos olhos toda a lágrima. Conheceremos
as águas límpidas do Rio da Vida e sentiremos o gostoso sabor do fruto da
Árvore da Vida. ALELUIA! QUE DEUS VOS ABENÇOE!
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL, Elienai. Revista Lições Bíblicas (3º trimestre 1998) CPAD.
FALCÃO, Napoleão. Fita K-7. As cinco verdades sobre a morte.
GILBERTO, Antônio. O calendário da profecia (9ª Edição 1997) CPAD.
GOMES, Gesiel Nunes. O Rei está
voltando (1ª Edição 1978) LEAL.
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª Edição 1996) CPAD.
HORTON, Stanley M. A Vitória Final (1ª Edição 1995) CPAD.
LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O drama dos Séculos, (1ª Edição em Português 1992) Editora Vida.
OLSON, N. Laurence. O plano Divino Através dos Séculos (18ª Edição 1998) CPAD.
JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada.
___, Jornal “Chamada da Meia Noite”. (1995)
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª Edição 1996) CPAD.
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LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O drama dos Séculos, (1ª Edição em Português 1992) Editora Vida.
OLSON, N. Laurence. O plano Divino Através dos Séculos (18ª Edição 1998) CPAD.
JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada.
___, Jornal “Chamada da Meia Noite”. (1995)
UMA PALAVRA DO AUTOR SOBRE O MATERIAL
ADQUIRIDO
Eu Stefan N. Barbosa Autor desta
Apostila, Oro a Deus no
Sentido de que ao longo do estudo desta apostila, você tenha o necessário
conhecimento espiritual quanto à pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo, fonte
divina da nossa expiação. Eu Stefan N. Barbosa, pela graça de Deus, tenho
formação acadêmica em Teologia, EETAD, FAETEL de Campinas (SP) Matricula→
010.529, Doutorado no Instituto Teológico LOGOS Matricula →
74425112017220234; é Autor de Diversos Temas de Apostilas:
Antropologia Bíblica, Angelologia, Cristologia, Paracletologia, Escatologia, A
Trindade, Bíbliologia, Soteriologia, Harmatiologia, Eclesiologia, Heresiologia
e outros temas .
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