SEITAS E HERESIAS
Um sinal do fim dos tempos
(APOLOGIA CRISTÃ) Segunda Parte
Sumário
8. A Maçonaria
9. Voz da Verdade
10. Seicho-No-Ie
11. Como Identificar Uma Seita
12. Como Evangelizar os Adeptos das Seitas
Introdução
Heresia deriva da palavra grega háiresis e significa: "escolha",
"seleção", "preferência". Daí surgiu a palavra seita, por
efeito de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um
indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e
divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião.
Em resumo, é o abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Coríntios 11.9; Gálatas 5.20 e 2 Pedro 2.1.
O estudo da heresiologia é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versículos do capítulo quatro da sua primeira epístola a Timóteo, escreve:
"Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência".
O apóstolo Pedro escreve também:
"Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de negarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pe 2.1-3).
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:
1. A Bíblia Sagrada
2. A Pessoa de Deus
3. A queda do homem e o pecado
4. A Pessoa e a obra de Cristo
5. A salvação
6. O porvir
Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética.
Entre as muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes:
O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Coríntios 11.9; Gálatas 5.20 e 2 Pedro 2.1.
O estudo da heresiologia é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versículos do capítulo quatro da sua primeira epístola a Timóteo, escreve:
"Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência".
O apóstolo Pedro escreve também:
"Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de negarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pe 2.1-3).
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:
1. A Bíblia Sagrada
2. A Pessoa de Deus
3. A queda do homem e o pecado
4. A Pessoa e a obra de Cristo
5. A salvação
6. O porvir
Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética.
Entre as muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes:
1. A ação diabólica no mundo (2 Co 4.4).
2. A ação diabólica contra a Igreja (Mt 13.25).
3. A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19).
4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25).
5. A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16).
6. A falta de conhecimento da verdade bíblica (1 Tm 2.4).
7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14).
Esperamos, pois, que a leitura deste livro possa de alguma forma ajudar àqueles que estão à procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38).
2. A ação diabólica contra a Igreja (Mt 13.25).
3. A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19).
4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25).
5. A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16).
6. A falta de conhecimento da verdade bíblica (1 Tm 2.4).
7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14).
Esperamos, pois, que a leitura deste livro possa de alguma forma ajudar àqueles que estão à procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38).
8
A Maçonaria
A Maçonaria é um assunto sobre o qual
praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas
têm a coragem de escrever e comentar abertamente. Um misto de verdade e mitos
sobre a Maçonaria tem feito surgir grande inquietação entre os não-maçons.
Algo como uma presença temficante permeia a alma do não-maçom que se aventura a
estudar e questionar a Maçonaria.
Apesar de tudo isso, tomei a decisão de
escrever este capítulo sobre a Maçonaria, e o fiz partindo de dois princípios:
1) Se a Maçonaria arroga a si o direito e o poder de impor medo às pessoas,
não merece o respeito dos não-maçons, e 2) se a Maçonaria busca o respeito dos
não-maçons, então não tenho por que temê-la. Nada mais lógico, não acha?
Abordarei a Maçonaria estritamente do
ponto de vista das Escrituras, e à luz da questão da legitimidade ou não do
cristão filiar-se a essa entidade.
I. O QUE É A MAÇONARIA?
A Maçonaria é uma sociedade secreta e
ritualística, incluindo em sua filosofia a auto-salvação do homem. É paga
quando analisada à luz das Escrituras Sagradas. Ainda que não seja uma igreja
como conhecemos, constitui-se num movimento religioso e sincretista.
1.1. Resumo
Histórico da Maçonaria
Alguns historiadores afirmam provir a
Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga
Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da construção do
templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a .C), e apontam como
fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.
A maioria dos escritores maçons, porém, é
de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pedreiros,
criada por Numa, em 715 a .C,
que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos
tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas
estranhas à arquitetura nela foram admitidas.
1.2. SÍMBOLOS DA MAÇONARIA
Apesar da aceitação de pessoas estranhas
à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados
como símbolos, dentro da entidade. Entre os instrumentos da simbologia
maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esquadro, o nível, o prumo, o
escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da
arquitetura.
O esquadro significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo
aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras
de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim,
que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao
supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus. O nível ensina
que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes
da mesma essência.
O prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensina
o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.
Segundo a orientação maçônica, todos os
maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais,
conforme a orientação dos mestres da Maçonaria.
1.3. A Trilogia
Maçônica
Sabedoria, Força e Beleza são três
palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma
tríplice virtude. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração
a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustentá-lo em
suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delicadeza dos sentimentos
nobres e fraternais do verdadeiro maçom.
1.4. Objetivos
da Maçonaria
A Maçonaria alega ter como objetivo a
busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar
para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que
os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredores, graças a uma maior
compreensão mútua, pela prática constante da Fraternidade.
Tem por princípio a tolerância e o
respeito recíprocos, sem impor dogmas ou exigir subserviência espiritual, concedendo
aos seus adeptos amplo direito de pensar e discutir livremente. Considera as
concepções metafísicas como sendo de domínio exclusivo da apreciação
individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam
ser debatidas racionalmente.
Tem por divisa "Liberdade",
"Igualdade" e "Fraternidade", e por lema
"Justiça" — "Verdade" e "Trabalho". Os seus componentes
devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática
do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de
solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de
um dever. O maçom trai o seu juramento quando perde uma oportunidade de
praticar o bem. O que para muitos "profanos" é um ato meritório, para
o maçom é um dever imperioso, sagrado.
A Maçonaria considera seu principal dever
estender a toda a humanidade os laços fraternais que unem os maçons dos
diversos ritos dispersos pela superfície do Globo. Recomenda aos seus adeptos
a propaganda pela palavra oral, pela escrita e pelo exemplo de seus
ensinamentos, sem distinção de raça, nacionalidade ou religião. O essencial é
que o homem creia; que acredite em um Ser Supremo. Se o indivíduo é ateu, é um
descrente; cumpre ao maçom mostrar-lhe o caminho da crença, fazer-lhe ver que
não podemos viver sem ter confiança, sem acreditar em um Ser Supremo ,
Deus, um Deus bondoso, perfeito, justiceiro, que sabe perdoar.
Os maçons têm por dever, em todas as
circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos,
defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na
Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são,
sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence.
Considera o trabalho como um dos deveres essenciais do homem honrado, tanto o
manual como o intelectual.
II. INICIAÇÃO MAÇÔNICA
Não é maçom quem quer e sim quem pode
ser.
"O maçom é obrigado por seu caráter
a obedecer à lei moral e, se devidamente compreende a Arte, não será jamais um
estúpido ateu nem um libertino religioso. Embora nos tempos antigos os
maçons fossem obrigados a pertencer à
religião dominante no seu país, qualquer que fosse ela, considera-se hoje muito
mais conveniente obrigá-los a professar apenas a religião que todo homem
aceita, deixando cada um livre em suas opiniões individuais, isto é, devem ser
homens probos e retos, de honra e honradez, qualquer que seja o credo ou
denominação que os distinga." (Da Constituição de 1723, feita por
Anderson.)
2.1. O Candidato
a Maçom
No seu livro O Que E a Maçonaria, diz
A. Tenório d'Albuquerque: "A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é
livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades
morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender,
interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus
elevados fins humanitários e o seu simbolismo."
2.2. A Proposta
de Filiação
O candidato, em linguagem maçônica
denominado profano, assina uma proposta de filiação à Maçonaria. O
proponente é o padrinho.
Na proposta, o profano é obrigado a
declarar quanto ganha mensalmente, nome, profissão, estado civil, grau de
instrução, residência, procedência, etc. Haverá casos em que será exigida a
apresentação de atestado de bons antecedentes fornecido pela autoridade
competente.
Recebida a proposta, três maçons são
indicados, pelo Venerá-vel (Presidente) da Loja, para fazer sindicância em
torno da vida do profano. Essas indicações devem ser feitas sigilosamente e sem
que um saiba quais os outros indicados. Cada um recebe uma folha de
sindicância, já impressa, com um questionário sobre a vida do profano. A
sindicância deve ser feita com o maior rigor possível, investigando-se os
antecedentes do candidato, os seus hábitos, se tem vícios, o conceito em que é
tido na sociedade, o seu grau de instrução, se tem algum defeito físico
incompatível com a Maçonaria. É um meio de selecionar os elementos, de
não permitir o ingresso na Maçonaria de pessoas destituídas de condições
imprescindíveis.
Como se vê, não é maçom quem deseja e sim
quem pode ser, isto é, quem dispõe de certa soma de requisitos morais,
intelectuais e financeiros.
2.3. O Processo
de Iniciação
Uma vez satisfeitas as exigências pelo pretendente
a maçom, é marcada a cerimônia de iniciação do candidato.
O "profano" começa por ser
introduzido a um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de
metal: dinheiro, decorações, armas, jóias, etc. Levam-no, em seguida, para uma
sala isolada, chamada "Câmara de Reflexão". É um lugar sinistro. As
paredes são completamente negras e, como decoração, apresentam esqueletos,
cabeças de mortos e lágrimas como as que se vêem nas cortinas funerárias.
Vêem-se, também, uma foice, um galo e uma ampulheta, todos de grande
significado dentro da Maçonaria.
Na parede estão gravadas reflexões
solenes, dentre as quais se destaca a seguinte: "Se perseveras, serás
purificado pelos Elementos; sairás do abismo das trevas e verás a Luz".
A pessoa que conduziu o neófito à sala de
reflexão tira-lhe a venda dos olhos e diz: "Breve passareis para uma vida
nova... Respondei por escrito às questões que vos são apresentadas e fazei o
vosso testamento".
Este testamento não é a disposição de
seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele
renuncia sua vida passada; é um ato pelo qual se dispõe a outras concepções, a
uma vida que se harmoniza com os dados novos.
Prosseguindo a cerimônia de iniciação, o
neófito é levado a despojar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de sua
calça é erguida alto do lado direito e a meia abaixada de maneira que o joelho
direito esteja descoberto. O pé esquerdo está completamente descalço. O braço
esquerdo e o peito desnudo. O profano tem novamente os olhos vendados e é
conduzido para a porta da Loja que está fechada. Vai em busca da Luz.
Apresentam ao neófito um malhete, com o
qual dá três rápidas pancadas na porta. Com as pancadas a porta se abre, mas o
profano é detido pelo Guarda do Templo, que só lhe permite a entrada quando o
irmão que o conduz lhe faz a apresentação: "É um profano em estado de
cegueira, que deseja ser indicado nos Augustos Mistérios da Maçonaria".
O candidato se aproxima da mesa do
Venerável Mestre, que o convida a refletir novamente sobre a gravidade do passo
que pretende dar, e insta para que se retire, se ainda não possui suficiente
decisão; se o profano insiste em ser recebido, o Venerável Mestre ordena-lhe
que se ajoelhe e pronuncia uma oração.
2.4.
Os Juramentos
Dependendo do rito em que o neófito está
sendo iniciado (seja o Escocês, Adoniramita, ou Francês), ele será levado a
fazer juramentos.
2.4.1.
Rito escocês
O neófito tem o joelho direito em terra,
os olhos vendados, a mão esquerda sobre o coração, a direita sobre a Bíblia, a
espada, o compasso e a esquadria. A um golpe de malhete todos os presentes
ficam em pé e o neófito repete o seguinte juramento:
"Eu, E, juro e prometo, de minha
livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e
segundo os preceitos de minha religião, em presença do Sup.: Arq.: do Univ.:
que é Deus, e perante esta assembléia de MMaç.: solene e sinceramente jamais
revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que me
forem confiados, senão a um Maç.: regular ou em Loj.: regularmente constituída,
não podendo revelá-los a prof.: nem mesmo a MMaç.: irregulares, e de nunca os
escrever, gravar, bordar ou imprimir, ou empregar outro qualquer meio
idêntico, pelo qual possam ser conhecidos; de cumprir todos os deveres impostos
pela Maçon.: com minha pessoa e bens: de respeitar as mulheres, filhas, mães
ou irmãs de Maçons; de reconhecer como de fato reconheço, por único chefe da
Ordem, no Brasil, o Supr.: Cons.: do Gr.: Or.: brasileiro, ao qual guardarei
inteira e fiel obediência, bem como aos Deleg.: e a todos os atos dele emanados
direta ou indiretamente. Se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da
morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego
para com Deus e desonrado para com os homens. Amém. — Amém. — Amem".
2.4.2. Rito
adoniramita
Neste rito, no momento em que o neófito
vai prestar seu juramento, o Venerável brada: "Irmão sacrificador,
apresente ao profano a taça sagrada, tão fatal aos perjuros".
O neófito bebe um gole e o Venerável dita
o seguinte juramento:
"Juro guardar o silêncio mais
profundo sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu for
perjuro e trair meus deveres... consinto que a doçura desta bebida se converta
em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno".
2.4.3. Rito
francês
Neste rito o neófito profere o seguinte
juramento, de joelhos, por duas vezes:
"Juro e prometo sobre os estatutos
gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc, etc. Consinto, se
eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas
arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas
ao vento, e que a minha memória fique em execração entre todos os MM.: O Gr.:
Arq.: do Univ.: me ajude!"
III. MAÇONARIA E RELIGIÃO
Muito se tem perguntado: Será a Maçonaria
simplesmente uma associação beneficente formada por homens de bem, ou é ela
mais uma religião disfarçada?
3.1. A
Maçonaria é Religião
Que a Maçonaria é religião, dão provas os
seus escritores e grandes mestres. Atente para as seguintes asseverações:
• "A Maçonaria não é, pois, uma
simples instituição filantrópica e social: é uma ciência, uma filosofia, um
sistema moral, uma religião" (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, p.
25, A .
Preuss).
• "Filha da ciência e mãe da
caridade, fossem todas as instituições como tu, ó Santa Maçonaria, e os povos
viveriam numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na Terra e Deus
teria em cada homem um eleito" (A Maçonaria do Centenário 1822-1922,
Antônio Giusti, p. 33).
• "A reunião de uma Loja Maçônica é
estritamente religiosa. Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples,
porém fundamentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente aberta ou encerrada sem
oração" (The FreemasonsMonitor, I.S. Weed, p. 284).
• "A Maçonaria é a religião
universal porque abrange todas as religiões e o será enquanto assim fizer. E
por esta razão, unicamente por ela, que é universal e eterna" (Antiga Maçonaria
Mística Oriental, p. 67).
3-2. Maçonaria e Salvação
O escritor maçom L.U. Santos, na sua obra
intitulada Literatura Maçônica Contemporânea, edição de 1948, página
32, escreveu: "Somente a Maçonaria é capaz de redimir a humanidade, meus
irmãos".
A salvação maçônica fundamenta-se na
prática das boas obras que o homem possa praticar. Por isso a Maçonaria
estimula os seus adeptos a progredir até atingirem um padrão moral tal que, ao
morrerem, estejam em condição de habitar na glória.
IV. O CRENTE E A MAÇONARIA
Fazendo nossas as palavras de Jesus
Cristo, o Mestre da Galiléia, quando disse: "Dai, pois, a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21), queremos dizer que não negamos
à Maçonaria os benefícios que tem proporcionado à humanidade. Não podemos negar
o que ela tem feito em benefício de nossa Pátria, e a contribuição que deu à
nossa independência, à extinção da escravatura, à secularização dos cemitérios,
à regulamentação do casamento civil, à proclamação da República, ao ensino
leigo e à separação entre igreja e Estado.
Em geral, os maçons são homens dotados
das mais destacadas qualidades morais e sociais. São bons cidadãos e exemplares
pais de família, porém, as boas qualidades de seus adeptos não fazem a
Maçonaria uma instituição sagrada e intocável quando tem de ser analisada à luz
da Bíblia Sagrada e da moral pregada e vivida por Jesus Cristo.
Apesar disto, surge a pergunta: O crente
pode ser maçom? Certamente que não; e me permita dizer por que assim creio:
4.1. A
Maçonaria é uma Instituição Paga
O ensino de que a Maçonaria se originou
na construção do templo de Salomão é uma afirmação suspeita e sem fundamento.
Por exemplo, o pastor presbiteriano e maçom Jorge Buarque Lira, em seu livro A
Maçonaria e o Cristianismo, no qual defende eloqüentemente a Maçonaria,
diz que esta teve o seu início nas religiões místicas do Oriente (pp. 340,41).
Albert Pike, outro conhecido escritor maçom, em seu livro Moral and Dogma of
the Ancient and Accepted Scotüsh Rite, diz o seguinte:
"Embora a Maçonaria seja
identificada com os mistérios antigos, o é somente em um sentido qualificado,
isto é, que representa uma imagem imperfeita do seu brilho; são apenas ruínas
da sua grandeza e de um sistema que tem experimentado alterações progressivas,
frutos dos eventos sociais, circunstâncias políticas e ambições imbélicas dos
seus reformadores... A Maçonaria, a sucessora dos mistérios, ainda segue a
antiga maneira de ensino. Quem deseja ser um maçom dedicado não pode se
contentar em ouvir somente, e nem tampouco em compreender as palestras; precisa,
ajudado por elas, estudar, interpretar e desenvolver estes símbolos por si
mesmo."
Aqui está uma das maiores autoridades da
Maçonaria afirmando não somente o início da Maçonaria nas religiões místicas
da antigüidade como também a continuação dos símbolos, ensinos e princípios de
misticismo na Maçonaria hoje em dia.
Veja outro problema aqui existente. O
templo de Salomão foi construído para defender o princípio de um Deus que
exclui todos os outros. A leitura de 2 Crônicas deixa isto bem claro. O templo
que Salomão construiu defendia a tese de um só Deus e um Deus específico, com
um nome específico. E este Deus excluiu todos os outros deuses como falsos.
Porém, no ritual do primeiro grau da Maçonaria, lemos o seguinte: "Como os
maçons podem pertencer a qualquer religião, é de desejar que tenha sido uma das
escrituras de cada fé, mas não se deve procurar impor qualquer interpretação
particular do ritual a nenhum irmão da ordem".
O templo de Salomão determina: "Um
só Deus, Jeová, e mais nenhum outro". O templo dos maçons determina:
"Qualquer Deus, à sua escolha".
4.2. A Maçonaria
é Religiosamente Sincretista
É muito comum se ler e ouvir,
principalmente da parte dos crentes maçons ou simpatizantes com a Maçonaria,
que a Maçonaria não é religião. Evidentemente, a afirmação de que a Maçonaria
não é religião entra em choque com a asseveração da maioria esmagadora dos
escritores maçons sobre o assunto.
Note, por exemplo: a Maçonaria tem
templos (chamados "Lojas"), tem membros, tem doutrina, tem batismo,
tem um deus (ou deuses) e ofícios sacramentais, cerimônias fúnebres, e tem
reuniões. O que mais lhe falta para vir a ser religião? É curioso que um outro
ramo de misticismo, o espiritismo, também alegue não ser religião, mas uma
ciência. Entretanto, uma simples declaração não modifica fatos.
Analisar todos os elementos místicos da
Maçonaria e ainda assim concluir que ela não é religião é comparável a analisar
um animal com as seguintes características: tem rabo de porco, patas de porco,
corpo de porco, focinho de porco, cheiro de porco, mas é uma girafa. Nada
poderia ser mais absurdo.
Podemos gastar toda a nossa vida
proclamando que maçã é tomate, contudo maçã continuará sendo maçã e tomate
continuará sendo tomate. Uma simples conclusão, por espantosa e fantástica que
possa parecer, não muda em nada a realidade dos fatos e a natureza das coisas.
O fato é simples: a Maçonaria, para
muitos dos seus adeptos, é, em todos os sentidos, uma religião, mas não a
religião centralizada em
Jesus Cristo , embora incorporando alguns dos ensinos de Jesus
nas suas doutrinas, como faz a maioria das religiões falsas. Jorge Buarque
Lira, em sua defesa da Maçonaria, no seu livro A Maçonaria e o Cristianismo,
não esconde o fato de que "o que a Maçonaria não admite é que as
doutrinas de Cristo com referência à vida de além túmulo, bem como qualquer
doutrina sobre esse assunto, sejam pregadas nos seus templos".
Cabe, pois, perguntar: Um templo onde é
proibido falar sobre a ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos santos,
a vida eterna, a esperança da glória vindoura, é um templo do Deus verdadeiro?
É um lugar onde o verdadeiro crente se sinta bem, "em casa"? (Leia as
seguintes referências bíblicas e tire suas próprias conclusões: 2 Jo vv. 7-11; Jd v. 4; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9; 2 Tm 4.3,4; 1 Tm 6.3-5.)
4.3. A Maçonaria
Promove a Idolatria
A índole idolátrica da Maçonaria é
mostrada no fato de ela admitir um tal de "São João da Escócia" ou
"São João de Jerusalém" como patrono, e abrir os seus trabalhos em
seu nome.
Atente para o que diz Jorge Buarque Lira
sobre a importância desse "santo" para a Maçonaria: "O santo que
a Maç.: adotou como patrono, não é São João Batista, nem São João Evangelista,
pois nenhum deles tem relação alguma com a instituição filantrópica da Maç.: É
de crer — e essa é a opinião dos irmãos mais filósofos e mais conhecedores — o
verdadeiro patrono é São João Esmoler, filho do rei de Chipre, que, no tempo
das Cruzadas, abandonou sua pátria, renunciou à esperança de ocupar um trono e
foi a Jerusalém dar mais generosos socorros aos peregrinos e aos cavaleiros.
"João fundou um hospital, onde
organizou uma instituição de irmãos que cuidassem dos doentes, dos cristãos
feridos, e distribuíssem socorros pecuniários aos viajantes que iam visitar o
Santo Sepulcro.
"João, digno já, por suas virtudes,
de ser o patrono de uma sociedade que tem por um dos seus fins a beneficência,
expôs mil vezes a sua vida para fazer o bem. A peste, a guerra, o furor dos
infiéis, nada, em uma palavra, o impedia de prosseguir nessa brilhante
carreira; mas, no meio dos seus trabalhos, veio a morte cortar o fio de ouro
de sua existência; contudo, o exemplo de suas virtudes ficou gravado
indelevelmente na memória dos seus irmãos, que consideram dever imitá-lo.
"Roma o canonizou com o nome de S.
João Esmoler ou S. João de Jerusalém, e os maçons — cujos templos ele tinha
reedificado (depois de terem sido destruídos) — o escolheram unanimemente para
seu protetor e inspirador" (A Maçonaria e o Cristianismo, p. 128).
Como é possível que um cristão se sinta
bem num lugar, cujas cerimônias são iniciadas em nome de um "santo"
qualquer, verdadeiro vilipendio e desrespeito ao mandamento de Deus, que diz:
"Não terás outros deuses além de mim" (Êx 20.3)?
4.4. A Maçonaria
Tem uma Visão Distorcida da História
Um dos argumentos usados mais comumente
no esforço proselitizante da Maçonaria é o seguinte: "A Maçonaria tem
influenciado decisivamente nos destinos do Brasil e do mundo". Qual a
pessoa de bem que se atreveria a desconhecer isto? A Revolução Francesa foi, em
grande parte, planejada e financiada pelos maçons das 600 lojas existentes na
França, no final do século XVIII. Não podemos esquecer também que dois
"maçons iluminados" pouco mais tarde iniciaram uma outra revolução
que veio à tona em 1848, e continua tendo grande efeito no mundo até o dia de
hoje. Seus nomes: Engels e Karl Marx, autores intelectuais do materialismo
comunista.
Apesar de admitirmos a ação muitas vezes
benéfica da Maçonaria, isto não se constitui, de forma alguma, em motivo para
que um crente em Jesus
Cristo seja membro de tal ordem. Deus freqüentemente tem
usado indivíduos e organizações para a realização dos seus planos no mundo:
Ele usou o rei Assuero (um incrédulo) para livrar os judeus do extermínio. Deus
usou Faraó e o governo do Egito para salvar Jacó, e seus descendentes da fome.
Deus usou o rei Ciro, da Pérsia, para financiar a restauração do templo de
Deus, em Jerusalém.
Deus usou o governo romano para salvar a vida do apóstolo
Paulo em várias ocasiões. Deus, afinal, controla tudo. Mas isto não implica que
um filho de Deus deva tornar-se adepto de um movimento liderado por incrédulos.
Em termos de ilustração, poderemos dizer
que quase todos os regimes e filosofias do passado têm realizado alguma coisa
boa.
Até o nazismo de Hitler desenvolveu um
carro popular ao alcance do povo comum, o conhecido Fusca. Deste modo, qualquer
pessoa hoje pode dirigir um Volkswagen, sem ser um nazista. Os espíritas
mantêm muitos orfanatos para cuidar de crianças abandonadas, isto é uma coisa
muito boa, mas não é motivo suficientemente forte para eu me fazer um
espírita.
Visto que a maioria dos maçons não é composta
de crentes, bastam as ordens explícitas das Escrituras que dizem: "Não vos
prendais a um jugo desigual com os infiéis porque, que sociedade tem a justiça
com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há
entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co
6.14,15).
Vale reafirmar o nosso reconhecimento do
fato de que a Maçonaria, em várias ocasiões, defendeu missionários e pastores
dos ataques do zelo cego do clero católico-romano no Brasil. É preciso dizer,
todavia, que o interesse da Maçonaria nisso não era tanto seu fervor
evangelístico ou os ideais maçônicos, mas o fato de a Maçonaria e o
protestantismo terem no Catolicismo um inimigo comum. Enquanto os primeiros
missionários e pastores lutavam contra a superstição e as falsas doutrinas da
Igreja Romana, a Maçonaria lutava contra a tirania do seu poder político. Desse
modo, protestantismo e Maçonaria tiveram um inimigo em comum. Foi isto que
uniu as duas forças.
Esse fenômeno se repete freqüentemente na
história. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, uma potência capitalista,
era um aliado da Rússia comunista, contra um inimigo comum — o nazismo de Adolf
Hitler. Mas isto não significou em nenhum instante que os Estados Unidos
capitularam a favor do comunismo.
V. NÃO! À MAÇONARIA
Se podemos crer na afirmação de Jesus de
que ninguém pode servir a dois senhores, sem devotar mais atenção a um do que
ao outro, haveremos de concordar com a impossibilidade de o crente ser fiel a
Deus e à sua Igreja, e à sua Loja maçônica ao mesmo tempo.
Contra o envolvimento do crente com a
Maçonaria, levantam-se vozes as mais respeitáveis no seio da Igreja de Cristo,
dentre os quais se destacam pastores, teólogos e mestres.
5.1. Dwight L. Moody
Moody, fundador da Church Moody, do
Instituto Bíblico Moody e das Escolas Northfield, o mais famoso evangelista do
seu século, com base em 2 Coríntios 6.14: "Não vos ponhais debaixo de um
jugo desigual com os incrédulos", disse o seguinte sobre o envolvimento do
crente com a Maçonaria:
"Deveis abandonar as sociedades
secretas, se quiserdes obedecer a este versículo. Crentes e incrédulos se
confundem ali; portanto os cristãos ficam debaixo de um jugo desigual...
"Não posso compreender como um
cristão, e acima de tudo um ministro do Evangelho, pode assentar-se nessas
sociedades secretas com os incrédulos. Os que assim procedem afirmam que o
fazem para exercer influência em favor do bem; afirmo, porém, que poderiam
exercer melhor influência em favor do bem, permanecendo fora delas e reprovando
as suas más ações. Abraão teve mais influência para beneficiar Sodoma do que
Ló. Se 25 cristãos se reúnem numa loja com 50 não-cristãos, estes poderão votar
algo que lhes agrade e os 25 cristãos serão participantes dos seus pecados.
Estão debaixo de um jugo desigual com os incrédulos...
"Abandonai a Maçonaria. E melhor um
com Deus que mil sem Ele. Devemos andar com Deus; e se somente um ou dois nos
acompanharem, tudo está bem. Não deixemos cair o pendão real para agradar a homens
que amam as suas lojas secretas, ou que, tendo pecados prediletos, não os
querem abandonar".
5-2.
J. H. Harwood
Interpretando Salmo 1.1, Harwood
desaconselha o envolvimento do cristão com a Maçonaria, nos seguintes termos:
"Sou e sempre fui contrário às
sociedades secretas... Ao iniciar a luta pela vida, vendo a espécie de homens
que pertenciam às sociedades secretas existentes, e as suas disparatadas
parvoíces em reuniões públicas, e a qualidade moral dos homens que eram os
seus guias religiosos, e ouvindo as suas opiniões sobre religião, sobre a
Igreja de nosso Senhor e as suas reivindicações tolas — pois colocam as suas
instituições ao lado, ou acima, da Igreja de Cristo —, eu percebi que a sua
influência era positivamente má, e essencialmente contrária à verdadeira vida
religiosa ou à experiência religiosa...
"Não pude ver nenhuma vantagem que
não fosse igualada ou sobrepujada na Igreja de Cristo, ou no lar... As
sociedades secretas são essencialmente egoístas, limitando os seus atos
beneficentes aos sócios e às suas respectivas famílias, enquanto Cristo e sua
Igreja procuravam praticar o bem diretamente a todos, sem fazer distinção...
Não há lugar para a Loja ou para a
sociedade secreta e privativa na economia que Jesus Cristo implantou".
5.3.
W. J. Erdman
Erdman, famoso expositor da Bíblia, disse
categoricamente: "Um cristão não pode pertencer a uma sociedade secreta, à
qual se liga por juramento, e ser fiel à Igreja de Cristo, porque passará a ter
íntima comunhão com homens, muitos dos quais não são regenerados e rejeitam a
Cristo como Senhor e Salvador.
Tais sociedades criam relações
artificiais e fictícias inteiramente estranhas ao Cristianismo, e são
exóticas, quando observadas de um ponto de vista humanitário".
5.4. R. A. TORREY
Indagado se "Deve um cristão
continuar como membro de uma organização secreta?", respondeu o doutor
Torrey, escritor e evangelista mundialmente famoso:
"Não. Não compreendo como um cristão
que estuda inteligentemente a Bíblia, assim proceda. A Palavra de Deus diz claramente
em 2
Coríntios 6.14: 'Não vos ponhais debaixo de um jugo desigual com os incrédulos,
pois que sociedade pode haver entre a justiça e a injustiça, ou que comunhão
tem a luz com as trevas?'
"Todas as sociedades secretas, de
que tenho tido conhecimento, são constituídas, em parte pelo menos, de
incrédulos, isto é, de pessoas que não aceitaram a Jesus Cristo e nem
entregaram a sua vontade a Deus. A luz deste mandamento expresso na Palavra de
Deus, não percebo como um cristão continue como membro delas. Não estou
afirmando que não haja cristãos entre os maçons; conheço muitos cristãos
excelentes que foram membros de sociedades secretas; mas como puderam eles
conciliar os dois interesses é que eu não posso entender. Muitos continuaram
como membros da Maçonaria e de ordens similares, simplesmente porque não
estavam familiarizados com os ensinos da Palavra de Deus sobre o assunto.
"Além disso, as Sagradas Escrituras
são mutiladas no ritual maçônico, em algumas sociedades secretas. O nome de Jesus
Cristo é omitido nas passagens em que ocorre, a fim de não melindrar os judeus
e os incrédulos. Como um cristão pode ser membro de uma sociedade, que manuseia
fraudulentamente a Palavra de Deus, e acima de tudo, omite o nome de seu Senhor
e Mestre, eu não posso compreender.
"Ainda mais, juramentos, de caráter
horrível, são exigidos em algumas lojas, e há cerimônias que são simplesmente
caricaturas das verdades bíblicas, como por exemplo a cena de uma simulada
ressurreição".
5.5. Charles
Herald
Charles Herald, por muitos anos pastor de
uma Igreja Congregacional no Brooklin, Nova Iorque, disse o seguinte sobre a
cumplicidade de alguns cristãos com a Maçonaria:
"É difícil criticar os melhores
amigos e muitos dos meus pertencem a Sociedades Secretas. Embora não seja meu
desejo julgá-los, considero-os como homens desviados. Posso apenas falar sobre
a minha experiência atual com respeito a estas sociedades secretas.
"Em primeiro lugar, vi uma igreja
inteiramente arruinada em sua espiritualidade e em seu eficiente serviço
cristão, porque o seu conselho se compunha principalmente de maçons e de homens
pertencentes a outras ordens secretas.
"Em segundo lugar, vi crentes, às
dezenas, tornarem-se mundanos e abandonarem a igreja, quando começaram a
freqüentar regularmente as reuniões da Loja.
"Em terceiro lugar, eu ouvi dos
lábios de dezenas mais, que a religião da Loja era suficientemente boa para
eles. A Bíblia, como plano divino de salvação, é rejeitada e substituída pelo
cartaz — "Nova Religião".
5.6.
C. A. Blanchard
O doutor Blanchard foi um respeitado
mestre cristão. Sobre a Maçonaria face à Igreja de Cristo, disse ele certa
ocasião:
"Há três grandes inimigos da Igreja
de Jesus Cristo neste mundo: o dragão, a besta e o falso profeta. O dragão é a
velha serpente, o demônio; é Satanás. É também chamado o destruidor e o acusador.
A besta, autoridade ímpia. Em Daniel e Apocalipse são feitas várias referências
que justificam esta interpretação. Os estandartes nas nações nunca trazem
figuras de aves ou animais domésticos, mas sempre representações de aves e
animais de rapina. O falso profeta representa a religião sem Cristo. E uma
personificação de todos aqueles sistemas de fé e prática, que têm ensinado que
o homem pode justificar-se pelos seus próprios esforços. O seu característico
distintivo é professar a Deus e ter esperança numa imortalidade abençoada, sem
necessidade de arrependimento ou de sacrifício vicário.
"A Bíblia mostra a relação que estes
três inimigos da Igreja mantêm entre si e a Igreja. O dragão anima a besta e o
falso profeta, e a besta carrega a prostituta e a mãe das prostitutas, isto é,
os sistemas religiosos não-cristãos do mundo. O falso profeta guia a besta;
Satanás, as nações ímpias, e os sistemas religiosos não-cristãos procuram
juntamente a destruição das almas, o aniquilamen-to da Igreja Cristã, tornando
impossível o estabelecimento permanente do Reino de Deus.
"As associações secretas, nos nossos
dias, são as representações mais típicas destes três adversários que o mundo
já conheceu. São despóticas e assassinas na sua atitude governamental; e, no
seu caráter religioso, são anticristãs, falsas e hipócritas.
"Estou cada vez mais crente de que o
Anticristo da Grande Tribulação será escolhido pelas lojas secretas do mundo. Não
é preciso argumento para demonstrar qual a atitude que as organizações cristãs
devem ter para com estes seres monstruosos."
5.7. James M. Gray
O reverendo Grey foi por muitos anos
pastor da Igreja Moody, Deão do Instituto Bíblico Moody, escritor e teólogo de
grande reputação. Sobre o tema: "A Loja - Uma Contrafação
Espiritual", disse o seguinte:
"Há mais de 1.200 anos, Satanás tem
tido uma igreja falsificada na Terra e somente bem poucos são capazes de
distinguir os traços característicos da prostituta, dos traços da Esposa do
Cordeiro. O espiritualismo, com as suas doutrinas diabólicas, os seus templos,
os seus oráculos, e com os seus fenômenos misteriosos; o racionalismo, com a
sua deificação dos poderes humanos, e a substituição da vida espiritual pelo
intelectualismo; o romanismo, com a sua invocação de santos, a sua adoração de
relíquias, os seus altares, a sua casta sacerdotal e tradições; todos estes são
religiões falsas, que o príncipe das trevas faz circular no mundo como moedas
legítimas.
"Faremos a devida distinção a quem
se opuser à classificação do sistema maçônico nesta categoria. Notamos o
caráter benevolente do sistema, a moralidade dos seus ensinos, e a boa
reputação de que gozam muitos dos seus membros. Sem estas coisas, a Maçonaria
não podia ser classificada como impostora. Elas são o sine qua non para
a sua circulação e o arqui-impostor é muito hábil para negligenciá-las. Mas,
por outro lado, o sistema das ordens secretas, pelo menos a Maçonaria, tem a
sua origem numa fonte paga, pois os seus símbolos, ritos e regras são os mesmos
dos antigos mistérios do paganismo. Não adora o Deus das Escrituras, mas, sim,
um 'ideal' da sua própria concepção. A Maçonaria tem os seus batismos e o seu
novo nascimento, as suas orações e cerimônias, os seus castigos e recompensas.
Os homens proclamam-na 'como uma igreja toda suficiente' para eles. Os cristãos
maçônicos preferem as suas assembléias às reuniões de oração. As suas
reivindicações são absurdas, quando não blasfemas; os seus métodos, em certos
casos são fraudulentos e os seus ensinamentos heréticos. As características
essenciais de todos os outros impostores encontram-se no sistema maçônico, e,
embora isto não seja remate de todos eles, contudo é tão perigoso como qualquer
deles em sua tendência para roubar dos homens a sua herança clara e
satisfatória, em Cristo, o seu único Salvador...
"Este testemunho não é escrito como
remédio, mas como preventivo. Espero que ele possa despertar os crentes moços,
levando-os a investigar o sistema maçônico sob o ponto de vista bíblico e
espiritual, antes de se tornarem corrompidos e confundidos por essa sociedade.
"Jesus Cristo disse: 'Se alguém me
segue, meu Pai o honrará'. E difícil servir a Cristo em um sistema que proíbe
pronunciar o seu nome na oração. Como consideramos a 'honra que vem somente de
Deus', separamo-nos de tudo o que oculta o genuíno e agradável serviço de Jesus
Cristo".
5.8. O Salmista
Davi
"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o
conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
roda dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes
de água, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo
quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha
que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os
pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos
justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína" (SI 1).
9
Voz da Verdade
Por que o Voz da Verdade é uma seita?
A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse grupo religioso ficou conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de mesmo nome. O Pastor e vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus shows, um CD cujo título é O Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor faz apologia das doutrinas unicistas, que sustenta haver uma única pessoa que se manifestou ora como Pai, ora como o Filho e como Espírito Santo cujo nome seria Jesus. Prega ainda o batismo somente em nome de Jesus.
Toda a problemática da Igreja Evangélica Voz da Verdade com as igrejas cristãs evangélicas (doravante se chamará IEVV para evitar repetição da mesma frase) está focada na sua oposição a Doutrina Trinitariana (1). Veja a confusão provocada pelo conjunto musical deles em um evento gospel Portanto, é preciso dizer em bom tom aqui que a IEVV é uma seita, por causa de sua posição sectarista de apontar que sua doutrina unicista é a verdade e a doutrina trinitariana é a mentira, enquanto que as declarações da igreja cristã desde o seu início de liberdade de culto é a Trindade que é verdadeira, e o unitarismo e unicismo foram amplamente refutados, e os pais intelectuais destas heresias (bispos: Ário e Sabélio) foram afastados da igreja cristã como hereges. Os credos primitivos da igreja cristã: Apostólico (2), Niceno (3) e Atanasiano (4), falam sobre a Trindade. Vejamos só um trecho de um dos credos citados acima: “... E a fé cristã consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e sem dividir a substância. Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; Mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”. (Atanasiano). Os credos dos reformadores da igreja cristã falam: “25. Por que você fala de três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, visto que há um só Deus? R. Porque Deus se revelou, em sua Palavra, de tal maneira que estas três Pessoas distintas são o único, verdadeiro e eterno Deus.” (Catecismo de Heidelberg) (5). “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas prioridades pessoais”. (Catecismo Maior de Westminster) .
Temos também a definição doutrinária do Instituto Cristão de Pesquisas, que diz: “Há um só Deus eterno, poderoso e perfeito, distinto em sua trindade: Pai, Filho e Espírito Santo”.
E ainda, do meio do movimento pentecostal se diz: “Creio em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Igrejas Assembleias de Deus).
Mesmo diante de toda a unanimidade da Igreja de Cristo. O material intitulado “Instrução Inicial Pró-batismo”, produzido pela IEVV, assim declara: “Quando a Bíblia se refere a Deus, está falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as Coisas. Jesus tanto é o Pai, como é o Filho... Jesus pode ser Pai e também o Filho? É muito lógico que sim, pois ele é Deus”. Em outra parte dizem: “Qual é o significado da palavra trindade? Teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de Satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade”. O conjunto musical “Voz da Verdade”, que muitos evangélicos incautos e pastores desinformados escutam, fizeram um oposição à doutrina da trindade em um CD. O conteúdo deste CD você pode ouvir no link a seguir, onde começam com a canção "Imagem de Deus", e entre ataques diretos a doutrina Trinitariana, colocam mais duas canções: "Tu Me Amas?" e "Deus Conosco". Os títulos dos assuntos abordados no CD são: "O mistério de Deus: Cristo", "O que Deus diz de si mesmo?", "Quem é Jesus?" e "O batismo das águas".
CD Voz da Verdade
O Instituto Cristão de Pesquisas – ICP, já havia dado um alerta sobre o assunto na revista Defesa da Fé, Portanto, para que a pergunta apresentada em nosso título, e já respondida aqui, seja comprovada, precisamos ir para a Bíblia Sagrada. Que é a autoridade final em matéria de religião, fé e doutrina para que venhamos a compreender que as afirmações da IEVV são mentirosas e que o ensinamento unicista é que uma mentira.
Vamos por temas:
Temos também a definição doutrinária do Instituto Cristão de Pesquisas, que diz: “Há um só Deus eterno, poderoso e perfeito, distinto em sua trindade: Pai, Filho e Espírito Santo”.
E ainda, do meio do movimento pentecostal se diz: “Creio em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Igrejas Assembleias de Deus).
Mesmo diante de toda a unanimidade da Igreja de Cristo. O material intitulado “Instrução Inicial Pró-batismo”, produzido pela IEVV, assim declara: “Quando a Bíblia se refere a Deus, está falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as Coisas. Jesus tanto é o Pai, como é o Filho... Jesus pode ser Pai e também o Filho? É muito lógico que sim, pois ele é Deus”. Em outra parte dizem: “Qual é o significado da palavra trindade? Teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de Satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade”. O conjunto musical “Voz da Verdade”, que muitos evangélicos incautos e pastores desinformados escutam, fizeram um oposição à doutrina da trindade em um CD. O conteúdo deste CD você pode ouvir no link a seguir, onde começam com a canção "Imagem de Deus", e entre ataques diretos a doutrina Trinitariana, colocam mais duas canções: "Tu Me Amas?" e "Deus Conosco". Os títulos dos assuntos abordados no CD são: "O mistério de Deus: Cristo", "O que Deus diz de si mesmo?", "Quem é Jesus?" e "O batismo das águas".
CD Voz da Verdade
O Instituto Cristão de Pesquisas – ICP, já havia dado um alerta sobre o assunto na revista Defesa da Fé, Portanto, para que a pergunta apresentada em nosso título, e já respondida aqui, seja comprovada, precisamos ir para a Bíblia Sagrada. Que é a autoridade final em matéria de religião, fé e doutrina para que venhamos a compreender que as afirmações da IEVV são mentirosas e que o ensinamento unicista é que uma mentira.
Vamos por temas:
A EXISTÊNCIA DA TRINDADE NAS ESCRITURAS
No livro de Gênesis em seu primeiro capítulo já nos deparamos com a doutrina: “... disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (v.26). Quem poderia participar da obra da criação se não apenas Deus? Em Is.44.24 diz: “...Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra...” Entretanto, este “Deus” fala usando às palavras “façamos” e “nossa”. Isso prova que Deus não é uma única pessoa. Sabemos que Ele é um ser pessoal, mas precisamos perceber que Ele existe em três pessoas. O mesmo ocorre em Gn.3.22 e 11.7: “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós...” e “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro...”
A SUA IDENTIFICAÇÃO NA LÍNGUA HEBRAICA
No hebraico, a língua escrita do Antigo Testamento, faz o uso da palavra “echad” para definir um tipo de unidade, a unidade “composta”. O léxico de Strong a define como: "um (número), cada, cada um, um certo, um (artigo indefinido), somente, uma vez, uma vez por todas, um... outro, aquele... outro, um depois do outro, um por um, primeiro, onze, décimo primeiro". Bem como faz uso da palavra “yachiyd” para definir outro tipo de unidade, a unidade “absoluta”. Seu significado é bem mais relacionado a esse tipo de unidade, o léxico de Strongs define esta palavra como “só”, “só um”, “solitário”, “sozinho”, “único”. Ambas as palavras são traduzidas para o nosso idioma como “um” (artigo indefinido), “um” (número) e “único”.
Quando as Escrituras querem definir uma unidade “absoluta” geralmente ela usa a palavra “yachiyd”. Por isso são traduzidas para o nosso idioma como “único”, temos exemplos claros: “Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único [yachiyd] diante de minha mãe”. (Pv.4.3). “Ó filha do meu povo, cinge-te de cilício e revolve-te na cinza; pranteia como por filho único [yachiyd], pranto de amarguras; porque, de súbito, virá o destruidor sobre nós”. (Jr.6.26).
Quando as Escrituras querem definir uma unidade “composta” geralmente ela usa a palavra “echad”. Por isso são traduzidas para o nosso idioma mais como “um”. Exemplos: “... Eis que o povo é um [echad]...”. (Gn.11.6). “As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um [echad] só”. (Gn.41.26). E outras vezes traduzidas por “um” quando em seu contexto usa uma expressão numérica, temos como exemplo: “A Héber nasceram dois filhos: um [echad] teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã”. (Gn.10.25). Raras vezes é traduzida para “único”. Isso pode ocorrer quando o seu contexto favorece a uma unidade “composta”, temos como exemplo: “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único [echad] a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus”. (1Cr.1.29).
Agora veja bem, o texto de Dt.6.4: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único [echad] SENHOR”. Ao invés de usar a palavra hebraica “yachiyd” (unidade absoluta: só, solitário, só um), no texto hebraico se usa “echad” (unidade composta). Então temos que ponderar, se geralmente se usa o termo hebraico “echad” para unidade “composta”, outras vezes para uma expressão numérica e raras vezes se traduz para “único” quando o seu contexto favoreça a uma unidade “composta”. Então podemos tirar duas interpretações deste texto e só uma é a verdadeira:
a) Ou a Bíblia está afirmando que Deus é o único SENHOR que governa como Pai, Filho e Espírito Santo;
b) Ou a Bíblia está afirmando que Deus é único SENHOR de uma série de outros que existem.
O item “a” é mais provável, por ser Moisés, autor do texto, de crença “monoteísta” (7): “Sistema ou doutrina daqueles que admitem a existência de um único Deus”. (léxico eletrônico Aurélio XXI). Porém o item “b”, remota a uma antiga visão conhecida como “henoteísmo”: “... forma de religião em que se cultua um só Deus sem que se exclua a existência de outros”. (idem) (8). Esta forma de religião foi muito combatida por Isaías: “... diz o SENHOR... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. (43.10) “Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus...”. (45.5). “Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”. (45.6). “Só contigo está Deus, e não há outro que seja Deus”. (45.14). “Eu sou o SENHOR, e não há outro”. (45.18). “Pois não há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim”. (45.21). “... porque eu sou Deus, e não há outro”. (45.22).
Notem que na versão grega do AT, a Septuaginta (LXX), o texto de Moisés supracitado não se coloca a palavra grega mais definitiva de unidade absoluta que é “monos”, que significa: “sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente”. (léxico de Strong). E nem o NT, que recita o mesmo, não o faz. Ambos os textos usam “eis” (um). É só conferir Marcos 12.29 no texto grego e Deuteronômio 6.4 na LXX. O que mostra que a palavra hebraica “yachiyd” tem mesmo uma inclinação para a unidade absoluta, enquanto que “echad” não tem a mesma força, pois em vários casos, representa uma unidade composta.
Notem que na versão grega do AT, a Septuaginta (LXX), o texto de Moisés supracitado não se coloca a palavra grega mais definitiva de unidade absoluta que é “monos”, que significa: “sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente”. (léxico de Strong). E nem o NT, que recita o mesmo, não o faz. Ambos os textos usam “eis” (um). É só conferir Marcos 12.29 no texto grego e Deuteronômio 6.4 na LXX. O que mostra que a palavra hebraica “yachiyd” tem mesmo uma inclinação para a unidade absoluta, enquanto que “echad” não tem a mesma força, pois em vários casos, representa uma unidade composta.
Portanto, podemos dizer que a palavra “trindade” se identifica nos manuscritos do AT no termo hebraico “echad” quando ela expressa uma unidade composta. Definindo bem a palavra trindade: Deus é um, composto de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
A EXISTÊNCIA DAS TRÊS PESSOAS NA BÍBLIA
Em João 1.1 vemos que o Filho (o verbo) estava com o Pai (Deus). Estar com alguém, implica dizer que temos duas pessoas estando no mesmo lugar, uma em companhia da outra. Em João 8.16-18 vemos Jesus claramente afirmar que não está sozinho e apela para a Lei com o testemunho de duas pessoas. Em João 14.26, também 15.26 e Mateus 3.16,17, têm claramente a presença de três pessoas em cena. Em 2Jo.3 mais uma vez, distingue-se o Pai do Filho.
Vejamos na Bíblia o uso do pronome pessoal “ele”, empregado tanto para Jesus como para o Espírito Santo:
(A) “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás... Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”.(Dt.18.15,18,19 o grifo é meu).
(B) “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade... Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. (Jo.16.8,13,14 o grifo é meu).
A CONFUSÃO DA VOZ DA “VERDADE”
A IEVV faz uma confusão com a palavra “Deus”. Eles confundem que só pelo fato de Jesus ser chamado de “Deus” em algum texto das Escrituras é porque ele era compreendido como o “Pai” por seus escritores, o que não é verdade. Outra confusão é pensar que declarações bíblicas que fazem apologia ao monoteísmo (9) sejam refutações da existência de três pessoas na divindade e apoio ao “unicismo”, o que também não é verdade. E uma outra confusão que fazem é pensar que pelo fato de Deus ser um ser pessoal significa dizer que ele seja uma só pessoa. Vamos desfazer essa confusão que a IEVV faz:
1) Sobre a palavra “Deus”
Essa palavra, presente nos originais como “elohiym” e “theos”, não apoia o “unicismo” (10) como pensam. A palavra “Deus” sofre muito os efeitos de polissemia (11). E ainda, é uma palavra que está no plural na língua hebraica. Precisamos do contexto para saber a quem se refere o texto bíblico. Essa palavra pode se referir a: deuses, deusas, governantes, seres divinos, anjos e ao Deus verdadeiro. Para facilitar o entendimento dos leitores, os tradutores colocaram um “d” minúsculo para os demais versos que não se tratam do “Deus verdadeiro”. Por exemplo:
“Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2Co.4.4).
“Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer grande sacrifício a seu deus Dagom e para se alegrarem; e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo”. (Jz.16.23).
“Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo”. (Sl.82.6).
Já a palavra “Deus”, no significado de “Deus verdadeiro”, pode se referir tanto ao Pai, como ao Filho, como ao Espírito Santo ou as três pessoas de uma vez. O contexto é que vai designar qual é a situação. Vejamos algumas ocorrências nas Escrituras:
Mateus 1.23: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho;
Mateus 6.8: “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;
Marcos 10.6 “porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher”. Neste caso, sabemos que a palavra “Deus” refere-se as três pessoas da trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pois vemos em Gn.1.26 que a pessoa do Pai não estava sozinho. Deus disse “façamos”. E realmente o Espírito Santo (Jó 33.4) e o Filho participaram (Jo.1.3);
João 1.1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai, quando afirma que “o Verbo estava com Deus”; e dirige-se ao Filho quando afirma que “o Verbo era Deus”. João não estava afirmando aqui que Jesus era o Pai, mais que Ele era Deus. Pois a expressão “estava com” presente na sentença impõe a existência de duas pessoas: Deus (o Pai) e o Verbo (o Filho). Um em “companhia” de outro.
Atos 5.4: “Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Espírito Santo. No verso 3 percebemos que a mentira foi cometida contra a pessoa do Espírito Santo: “... para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?”.
Apocalipse 1.8: “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho. Pois vemos que o “Alfa e Omega”, no contexto do livro de apocalipse é Jesus, Ele diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim”. (idem 22.13) Sabemos que é Ele porque adiante diz: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas...” (idem 22.16) a primeira pessoa no singular que continua falando é identificada como “Jesus”.
2Coríntios 13.13: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;
1João 5.20: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. Nesta passagem na primeira parte a palavra “Deus” refere-se ao Pai, já na segunda parte ao Filho. Por causa do adjetivo “verdadeiro”, que está sendo claramente direcionado a Cristo;
João 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;
João 15.5: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;
Tito 2.13: “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho;
2) Sobre o monoteísmo
Quando a Bíblia diz: “Porquanto há um só Deus...” (1Tm.2.5); “... ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2Tm.1.17); “Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Is.45.6). Os seus autores não estão afirmando que Deus venha ser uma única pessoa, mas um único Deus ou uma única divindade. Isso se vê frequentemente no texto sagrado devido tamanha quantidade de deuses que os povos adoravam. O “politeísmo” era uma prática muito comum na época. E os servos e profetas do Senhor escreviam contestando essa visão deturpada de Deus. Em momento algum eles estavam fazendo contestação à existência de três pessoas na divindade.
3) Sobre Deus ser um ser pessoal
Quando a Bíblia revela a personalidade de Deus (Is.63.10; Sl.100.5; 103.8; Ef.4.30), o seu texto não está afirmando que Deus seja uma única pessoa. Mas está mostrando que Deus não é uma força, uma coisa ou algo que se confunde com o universo. Por isso, a teologia cristã discorda de uma visão que despersonaliza Deus, como faz o “panteísmo”(12). Diante disso é muito espontâneo falarmos ou escrevermos: “Deus é uma pessoa”. Mas na verdade estamos dizendo que “Deus é um ser pessoal” e não negando as três pessoas da divindade.
Portanto, diante dessas confusões que a IEVV faz é bom lembrar: “... Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”. (1Co.14.33).
TRÊS “FORMAS” OU “PESSOAS”?
A IEVV insiste em afirmar que Deus é uma única pessoa. E para que esse pensamento não venha discordar das Escrituras, toda passagem bíblica que distingue a pessoa do Pai da do Filho ou do Espírito com a do Filho, e vice-versa, eles dizem que são “formas” que esse único ser pessoal tomou. Para você entender bem esse pensamento, seria como se Deus fosse um ator de filme que faz três papéis. Este raciocínio seria bem prático e simples, mas não seria verdadeiro. Pois seriam mentirosas as narrativas contidas na Bíblia Sagrada que falam sobre Deus Pai, Filho e Espírito Santo, uma vez que supostamente se tratam de uma mesma pessoa. Vejamos algumas:
a) A Bíblia diz que o Pai enviou Jesus ao mundo para salvar o homem (Jo.3.16). Essa afirmação não seria verdadeira. Pois, supostamente, tanto quem enviou quanto quem foi enviado é uma única pessoa.
b) Em Mateus 3.16,17 diz: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Veja bem, Jesus estava no rio, logo aparece outro ser intitulado “Espírito Santo” tomando uma forma de pomba, e depois se ouve uma voz dos céus chamando Jesus de filho, onde se conclui que seja o Pai. Ora, se não são três pessoas no texto, a narrativa bíblica se torna mentirosa. Ou no mínimo, deixa de ser uma narrativa do evangelho e passa a ser uma alegoria.
c) Lucas diz que Jesus entregou o seu espírito ao Pai (Lc.23.46). Isso foi uma narrativa de Lucas ou uma alegoria?
d) A promessa de Jesus em João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”. Essa promessa foi plenamente verdadeira? Se Deus é uma única pessoa Jesus não mentiu aqui? Ele garante que diz a verdade: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei”. (Jo.16.7). Que diz a verdade? João ou a IEVV?
e) Em Hebreus 9.14 diz: “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”. Segundo esse texto, Jesus ofereceu a oferta do pecado a quem? Como um único ser oferece para ele mesmo o preço do pecado? Se não há três pessoas aqui no texto, então a obra da salvação não é uma “história”, mas um “mito”. Veja também Ef.5.2. Ora, os sacrifícios são dados a Deus: Hb.11.4; 11.17; Êx.29.14,18; 20.26,27; etc.
f) “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20.17). “À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). Ora, não tem como Jesus ser Deus dele mesmo.
O QUE SERÁ DAS NARRATIVAS DOS EVANGELHOS?
É isso mesmo! Esta pergunta não nos compete responder, é da praia dos líderes da IEVV e de todas as outras seitas motivadas pelo unicismo. Ora, o que é uma “narrativa”? O dicionário responde: “maneira de narrar”. Onde “narrar” significa “expor minuciosamente”. Imagine um narrador de futebol, quando ele diz que “a bola bateu na trave” ele não estar fazendo uma alegoria, ele estar contando um fato que aconteceu. Agora lembre-si das narrativas dos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando eles “narram” Jesus falando com o Pai (Mt.26.39; Mc.14.36; Lc.23.34; Jo.17.4-6; etc.). Se não existe a outra pessoa para quem Jesus está falando, então os autores dos evangelhos fizeram alegoria e não uma narrativa. Assim, teríamos que classificar os evangelhos entre os livros poéticos também. Lembro a todos que essa arbitrariedade de interpretar como “alegoria” trechos dos evangelhos abre precedentes para duvidarmos da veracidade dos fatos de todo o contexto.
DOUTRINA UNICISTA, BATISMO UNICISTA
Ora, como negam a Trindade, obviamente eles discordam da fórmula batismal usada pelas igrejas evangélicas, que batizam em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Veja o que eles dizem sobre esse tipo de batismo na “Instrução Inicial Pró-batismo”, preparada pelo Pr. Francisco F. Santos – Rio, 06/06/85: “1) Aos que são batizados nas igrejas cujo batismo é na tradição dos títulos, esses batismos são considerados válidos? Resposta: São considerados com valor religioso, mas não têm valor bíblico algum (Ef.4.5), pois é um tipo de batismo forjado pelo homem”.
Porém essa fórmula foi declarada por Jesus em Mateus 28.19: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Jesus ordenou que seus discípulos batizassem os novos discípulos “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Ou seja, na autoridade das três pessoas e não nos três “títulos”. Ainda, equivocadamente, citam a passagem de Atos 2.38, onde Pedro diz: “... Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo...” para sofismar que Pedro era unicista ou que a Igreja Primitiva foi unicista ou que a Bíblia seja unicista. Porém, se respeitarmos um princípio universal de interpretação bíblica que diz ser “a Bíblia a melhor intérprete de si mesma”, poderemos entender o texto. Assim, vejamos o que a Bíblia diz: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Colossenses 3.17). Pedro batizava os novos discípulos “em nome de Jesus” não porque essa é a “forma certa de batizar”, mas que tudo o que iria fazer na vida, ele fazia em nome de Jesus. Mas, quando fosse celebrar o batismo evidentemente usaria a fórmula ordenada por seu Senhor: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Pedro sabia muito bem que ter Jesus como Senhor implicava em obedecer-lho: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc.6.46).
Todas as liturgias cristãs são feitas com base em Colossenses 3.17. No entanto, cada uma tem a sua forma e jeito de ser celebrada. Seja casamento, funeral, ordenação (At.6.6), bênção apostólica (2Co.13.13), etc.
Escândalos
Para refrescar um pouco a memória dos que acreditam que o conjunto tem algum compromisso com as igrejas evangélicas, vejamos a seguinte linha cronológica de escândalos envolvendo A Voz da Verdade.
a. No dia 11 de maio de 1993, o CLC (Centro de Literatura Cristã) enviou uma carta para o Ministério Voz da Verdade suspendendo a distribuição do seu material, até que o referido explicasse a possível evidência de louvores a deuses estranhos. A resposta foi dada pelo pastor da Voz da Verdade cinco dias depois dizendo que não precisava do CLC e que seria um favor o CLC não adquirir seu material: "Não precisamos do Centro de Literatura Cristã; vocês e nada são a mesma coisa!". [3]
b. Inconformado com as verdades reveladas na lição 5 da revista da Escola Dominical, intitulada "Seitas Modalistas", do segundo trimestre de 1997, em que o pastor Esequias Soares da Silva menciona o conjunto Voz da Verdade com sua igreja na lista das seitas unicistas, o pastor Freud Moisés telefonou para o pastor Esequias ameaçando levar o caso aos tribunais. Após isso, o conjunto resolveu produzir um CD, distribuído gratuitamente para os crentes, com três estudos bíblicos defendendo o unicismo. [4]
c. Um certo jornal de Bauru, edição de julho de 1999, pág. 10 publicou a seguinte manchete: “Voz da Verdade diz que não é seita”. Tratava-se da apresentação do conjunto por ocasião do lançamento do seu CD – “Quando Deus se cala”. Estiveram presentes, segundo o jornal, cerca de 1500 pessoas, que pagaram de R$ 8,00 a R$ 10,00 pelo ingresso. O gasto total foi de R$ 12.000,00 e só o Voz da Verdade cobrou R$ 4,5 mil livre. Na entrevista concedida por um dos integrantes da banda, afirmou ele: “Atualmente o grupo Voz da Verdade tem sido perseguido por um fantasma: o boato de serem uma seita que prega heresias. Comentários, no mínimo, maldosos sendo que até agora ninguém provou que isso seria verdade. [5]
d. Nenhum outro escândalo teve maior repercussão do que o ocorrido em maio de 2001. Por ocasião do Fest-Gospel 2001, o pastor Carlos A. Moisés desafiou os pastores presentes a provarem que Deus tem sócio. Argumentou que quem acredita na doutrina da Trindade acredita nos ensinos pregados pelo Papa. Questionados pelo CACP via e-mail, o Pr. Carlos A. Moisés enviou a seguinte resposta: "Primeiramente, eu gostaria de lhe informar que quem vos escreve é o mesmo que estava gritando no palco em São José do Rio Preto. Em segundo lugar, não estou nem um pouco preocupado... você e nada pra mim é igual a NADA. Alguém, como você, que nega o nome de JESUS não é merecedor de minha apreciação. Se a tua igreja não cantar, MILHÕES de igrejas cantarão por todo o Brasil, por isso você não faz DIFERENÇA. O dia que você conseguir fazer com que as igrejas de todo o país parem de cantar nossos hinos, aí você será um vencedor”.
Esse é o conjunto que o pastor Samuel Ferreira diz tanto gostar. Rasgue então sua Bíblia e entre para as fileiras unicistas, ou então testemunhe firmemente sua crença. Como diz o professor Esequias: a doutrina da Trindade é uma questão de vida ou morte. Infelizmente poucos líderes parecem levar isso a sério, abrindo suas portas e permitindo que o conjunto faça de suas ovelhas consumidores de suas músicas e CDs, além de embutir em sua mente a crença em um deus que se manifesta ao homem através de máscaras ou manifestações.
CONCLUSÃO
“Seita é um grupo de indivíduos motivados por uma heresia. E heresia é tudo aquilo que em matéria de fé, sustenta opiniões contrárias, excedentes e deturpadas da Palavra de Deus”. Portanto, pregar contra a doutrina da Trindade não é se opor simplesmente a um credo denominacional. Mas, é se opor a Bíblia Sagrada. O unicismo é uma heresia. E a IEVV é um grupo motivado por essa heresia unicista.
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Seicho-no-iê: A Seita Otimista do Oriente
O movimento Seicho-No-Ie foi iniciado por Masaharu Taniguchi, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez. Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e do homem. Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade. Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito
tornou-se fundamental no Seicho-No-Ie. Um retrospecto da vida de Taniguchi Dezembro de 1922: Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem, intitulada: “Para a Santidade”. Estabeleceu os fundamentos de sua filosofia: a "Teologia do movimento Seicho-no-iê". Em 1923
escreveu o livro “Crítica a Deus”, tendo Judas, o traidor, como herói. Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do Tariki (salvação pela fé). Assim leu psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã. Recebeu a “revelação divina” (shinsa): "Não existe matéria, mas existe a realidade"(jissô) - ensino básico do Seicho-no-iê. "Você é realidade, você é Buda, você é Cristo, você é infinito e inesgotável”.Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX. Neste mesmo ano lançou uma
revista, aumentando assim a fama da Seicho-No-Ie. Junho de 1930: Taniguchi inaugurou uma secretaria de imprensa. Em 1934: Estabeleceu a direção do movimento em Tóquio; divulgava a fonte do fluido psíquico que garantia saúde aos amigos. Prometeu que a assinatura da revista garantiria afastar o medo de qualquer mal.
Em 1935: Começou a imprimir grandes anúncios nos jornais, semanalmente. Lago os assinantes chegaram a trinta mil. Em 1936: Registrou o Seicho-No-Ie como Associação Cultural. Em 1941: Transformou-a em seita religiosa centralizada no "Komio", espécie de deus pessoal ao qual se dirigem orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com os nacionalistas, influenciando os operários das indústrias bélicas e os colonizadores da Manchúria. Depois da guerra, Taniguchi foi expulso pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu a chefia do Seicho-No-Ie. Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) - livro básico do movimento. O emblema central do grupo Seicho-No-Ie é formado pelo sol, dentro do
qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões. Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito. Em 1949: O professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de origem japonesa.
Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science
Institute. Chegada ao Brasil em 1930: Com os imigrantes japoneses a seita chega ao Brasil. Somente depois de 1951 começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual. No dia 10 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-No-Ie, no Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-No-Ie no Brasil, hoje Igreja Seicho-No-Iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. As primeiras obras da Seicho-No-Ie editadas em português começaram a circular em Goiás por volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da Seita. Brasília já possui sua sede própria em edifício típico do Japão. Em Goiás, o primeiro templo construído foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local, sediando assim um importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um importante seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeições vendidas foram revertidos para a construção do templo na capital goiana. Em Pernambuco, desde junho de 1975 começou a funcionar em Recife o Núcleo Central, com representações em Garanhuns, Caruaru, Olinda e Paulista. O Núcleo Central de Recife ainda é responsável pelos núcleos de Natal (RN) e João Pessoa (PB). Circula entre o povo brasileiro a revista Acendedor, órgão do novo movimento, cuja distribuição é gratuita e sistemática, bem como a de uma espécie de calendário com mensagens estimuladoras e positivas. Doutrina da seita e resposta apologética
1. O Mal - A Seicho-No-Ie é uma das cento e trinta novas religiões do Japão,
e sua doutrina resume-se em três principais proposições:
1) A matéria não tem existência real; só existe a realidade espiritual;
2) O mal não existe; é pura ilusão da mente humana;
3) O pecado também não existe; é mera ilusão. "Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de imaginação." "O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente criadas pela morte."
"Os sofrimentos nada mais são do que projeções da nossa .mente em ilusão" (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71). Para a seita, a saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é potencialmente Buda
e Jesus. Resposta apologética: Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-No-Iê é antibíblica. Desde o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2:9). Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus. Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7:15-25; II Cor. 5:1-l0; Ef. 6:12; 1Cor. 15:50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o mal (Mat. 3 : l0). "Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.''
2. O Pecado -
Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo "O Pecado Não Existe", da autoria de Taniguchi. Resposta apologética: Tal afirmação não tem fundamentos, pois é anticientífica, anti-social, sem lógica. Qualquer pessoa racional, de bom senso, observa através da história que alguma coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas também os psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A Bíblia chama esse erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade, em contraste com Deus, santo, puro, verdadeiro. "Por um homem entrou o pecado no mundo"" (Rom. 5:12). Trouxe morte física e espiritual (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 23; Ef. 2:1-3). O pecado domina o homem (Rom. 7:19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos pecados e da condenação (II Cor. 5:21; 1 Pe. 2:24; Rom. 5:1-11). A Seicho-no-iê não admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão, purificação, mácula, aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça, calúnia. Diz que não existe doença, mas prega a cura!
3. Doenças -
As doenças não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é reflexo da mente. "O como carnal não sente dores porque não é matéria" (Acendedor, n.° 110, p. 7). "Como Deus não criou a doença, a doença não existe." "De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento" (Convite à Prosperidade, p. l6).
Resposta apologética: A Seicho-No-Ie ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as plantas. A Seicho-No-Iê prega que "se por acaso a vida apresenta um estado de imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo" (Convite à Prosperidade, p. 53). Nos capítulos 11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: "A minha graça te basta" (II Cor. 12:9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade.
O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele esse cálice. A própria experiência humana, fora dos limites da Seicho-No-Iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento; em sã consciência, ninguém pode nega-los. Os cristãos, entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com dignidade, sabendo que "todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus" (Rom. 8:28). Se não existisse a doença, como a Seicho-no-iê prega curas milagrosas através de seus livros e revistas?
4. O Homem -
Para a Seicho-No-Ie todos os homens são filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo. Resposta apologética: Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8:44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13:10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo pela fé (João 1:11, 12). O homem é tão bom que está se destruindo, um ao outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais. Os sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para tantos problemas existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é uma tragédia total!
CONCLUSÃO:
Os ensinos da Seicho-No-Ie são radicalmente contrários á Palavra de Deus. Ou aceita-se os seus (falsos) ensinos ou abandona-os, em prol da verdade. O mais interessante é que muitas pessoas religiosas são atraídas por suas promessas orientais. A religiosidade oriental tem invadido o ocidente de uma maneira tão
“carismática”, que os que não possuem uma verdadeira experiência com Cristo Jesus, chegam a abandonar sua fé, para seguir tais ensinos
11. Como Identificar Uma Seita
Todas as pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância religiosa é extensiva a todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam boas. Nos dias de Jesus havia vários grupos religiosos: os saduceus (At. 5.17) e os fariseus (At 15.5). Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (At 23.8). Mesmo assim, Jesus não os poupou, chamando-os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes, raça de víboras (Mt 23.13-15,33). O Mestre deixou claro que não aceitava a idéia de que todos os caminhos levam a Deus. Ele ensinou que há apenas dois caminhos: o estreito, que conduz à vida eterna, e o largo e espaçoso, que leva à destruição (Mt 7.13,14). Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos ensinos, adentrassem na igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja foi o legalismo. Alguns judeus-cristãos estavam instigando novos convertidos à prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão. Em Antioquia havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (At 13.1), que perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e ensinavam: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podereis ser salvos (At 15.1). Tais ensinamentos eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concílio apreciasse essa questão e se posicionasse. Em Atos 15.1-35 temos a narrativa que demonstra a importância de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã. Outras fontes ameaçam a Igreja. Dentre elas, destacamos a pluralidade religiosa.
PLURALIDADE RELIGIOSA
A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão. Há dez grandes religiões principais: Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo ( na Índia); Confucionismo e Taoísmo (na China); Xintoísmo (no Japão), Judaísmo (na Palestina), Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na Arábia). Nessa lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos Estados Unidos e o restante em outros países. Para efeitos didáticos, o Instituto Cristão de Pesquisas classifica assim as seitas:
Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa-crucianismo, Esoterismo etc.
Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Voz da Verdade, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus) etc.
Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão etc.
Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional etc.
Orientais: Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare-Krishna, Meditação Transcendental, Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade etc.
Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham milhões de pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos à exortação de Judas 3: combater pela fé uma vez entregue aos santos.
PORQUE ESTUDAR AS FALSAS DOUTRINAS
Muitos perguntam por que se deve estudar as falsas doutrinas. Para esses, seria melhor a dedicação à leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior parte de nosso tempo lendo e estudando a Palavra de Deus, porém essa mesma Palavra nos apresenta diretrizes comportamentais relacionadas aos que questionam nossa fé. Assim sendo, apresentamos as razões para o estudo das falsas doutrinas:
Muitos perguntam por que se deve estudar as falsas doutrinas. Para esses, seria melhor a dedicação à leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior parte de nosso tempo lendo e estudando a Palavra de Deus, porém essa mesma Palavra nos apresenta diretrizes comportamentais relacionadas aos que questionam nossa fé. Assim sendo, apresentamos as razões para o estudo das falsas doutrinas:
1ª Defesa própria: Várias entidades religiosas treinam seus adeptos para ir, de porta em porta, à procura de novos adeptos. Algumas são especializadas em trabalhar com os evangélicos, principalmente os novos convertidos. Os cristãos devem se informar acerca do que os vários grupos ensinam. Só assim poderão refutá-los biblicamente (Tt 1.9);
2ª. Proteção do rebanho: Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade será útil para proteger os recém convertidos dos ataques das seitas;
3ª Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários nos ajuda a apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Entre eles se encontram muitas pessoas sinceras que precisam se libertar e conhecer a Palavra de Deus. Os adeptos das seitas também precisam do Evangelho. Se estivermos preparados para abordá-los e demonstrar a verdade em sua própria Bíblia, poderemos ganhá-los para Cristo;
4ª Missões: Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais que deslocar-se de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer a cultura onde vamos semear o Evangelho. Junto à cultura teremos a religiosidade nativa. Conhecer antecipadamente tais elementos nos dará condições para alcançá-los adequadamente.
Uma objeção levantada por alguns é esta: Não gosto de falar contra outras religiões. Fomos chamados para pregar o Evangelho. Concordamos plenamente, todavia lembramos que o apóstolo Paulo foi chamado para pregar o Evangelho e disse não se envergonhar dele (Rm 1.16). Disse também que Cristo o chamou para defender esse mesmo Evangelho (Fp 1.16).
A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a mesma medida que julgarmos, também seremos julgados. Quem somos nós para julgar ? Ora, o contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo e qualquer julgamento, pois no versículo 15, ele alerta: acautelai-vos dos falsos profetas. Como poderíamos nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá-los? Não teríamos de emitir um juízo classificando alguém como falso profeta? Concluímos, portanto, que há juízos estabelecidos em bases corretas, mas, para isso, é preciso usar um padrão correto de julgamento e, no caso, esse padrão é a Bíblia (Is 8.20). Há exemplos nas Escrituras de que nem todo juízo é incorreto. Certa vez Jesus disse: julgaste bem (Lc 7.43). Paulo admitiu que seus escritos fossem julgados (1 Co 10.15). Disse mais: O que é espiritual julga bem todas as coisas (1 Co 2.15).
A CARACTERIZAÇÃO DA SEITA
O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo nunca atingem o resultado satisfatório.
O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo nunca atingem o resultado satisfatório.
1. Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Por exemplo:
Adventismo do Sétimo Dia. Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como inspirados tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.7 Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte.
As Testemunhas de Jeová (TJs) crêem que somente com a mediação do corpo governante (diretoria das TJ, formada por um número variável entre 9 e 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida.8 A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.9 Essa afirmação iniciou-se com o seu fundador, C. T. Russell. Ele afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das TJ. É usada apenas como um livro de referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas afirmações. O candidato ao batismo das TJ deve saber responder aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica. Certamente, com a literatura das TJ é impossível compreender a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22.18,19).
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Eles acham que o Livro de Mórmon é mais perfeito que a Bíblia. Outros livros também são considerados inspirados. Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são praticadas nessa seita!
A Igreja da Unificação, do Rev. Moon julga ser seu princípio divino de inspiração mais elevado que a Bíblia. Outro exemplo da conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor.
Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam um outro Evangelho. Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto às atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de discipulado impede outras interpretações. Qualquer resistência do discípulo, referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação social.
Resposta Apologética: O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela achará a fórmula da vida eterna : crer em Jesus. A Bíblia relata a história do homem desde a antiguidade. Mostra como ele caiu no lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas enviou seu Filho Unigênito para salvá-lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27, 44; At 4.12; 10.43; 16.30-31; Rm 10.9-10).
2. Subtração: O grupo subtrai algo da pessoa de Jesus.
A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando também o Antigo Testamento, que o mencionava como Messias. Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo.
A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.12
Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunha de Jeová dizem que ele é um anjo, a primeira criação de Jeová. Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus etc.
Resposta Apologética: A Bíblia ensina que Jesus é Deus (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; 1 Jo 5.20 etc). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente com seres humanos ou mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como homem (Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt 11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc.
3. Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus:
A Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse realmente, nem os Budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.13
Os Mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela igreja não haverá salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith.14 Por isso, eles têm grande admiração por Smith.
Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev. Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue que Jesus verteu na cruz, chegando a dizer15. As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de sua obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação16. Os adventistas crêem que a vida eterna só será concedida aos que guardarem a lei. A guarda obrigatória do Sábado é essencial para a salvação.17
Resposta Apologética: A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com 1 Jo 1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentado como a mensagem central da Bíblia (Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap 1.5).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 1.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co 11.31,31).
4ª Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso.
Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não pregam que são o Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, contudo somente a sua será responsável por unir todas as demais, segundo o plano de Deus, pois ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros movimentos ecléticos.
Resposta Apologética: O ladrão arrependido ao lado de Jesus entrou no Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o pecador é salvo quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal (At 16.30-31). Desse modo, ensinar que uma organização religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8), portanto divide a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem Jesus (At 4.12; 1 Co 3.11).
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Falsas profecias: As Testemunhas de Jeová, os Adventistas, os Mórmons e outros já proclamaram o fim do mundo para datas específicas.
Resposta Apologética: A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas ou eventos (Dt 18.20-22; Mt 24.23-25; Ez 13.1-8; Jr 14.14).
NEGAM A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE CRISTO , admitindo que Jesus Cristo tenha ressuscitado apenas em espírito: Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja da Unificação, Kardecismo; outros dizem que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenha morrido na cruz (Rosa Cruz, Islamismo etc.)
Resposta Apologética: Quanto à morte e ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que:
Jesus morreu realmente. Eis o processo de sua morte:
a) A agonia no Getsêmani (Lc 22.44).
b) Açoitado brutalmente (Mt 27.26; Mc 15.15; Jo 19.1).
c) Mãos e pés cravados na cruz (Mt 27.35; Mc 15.24).
d) Morte comprovada (Jo 19.33,34).
e) Sepultamento (Jo 19.38-40).
Ressuscitou corporalmente:
a) Ressurreição predita (Jo 2.19-22).
b) O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lc 24. 1-3).
c) Suas aparições. (Lc 24.36-39; Jo 20.25-28).
Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois:
a) Essa é a mensagem do Evangelho (1 Co 15.14-17)
b) A expressão Filho do Homem designa a forma da sua segunda vinda e testifica que Jesus mantém seu corpo ressuscitado (At 7.55-59; Mt 24.29-31; Fl 3.20,21).
c) O corpo glorificado de Jesus está no céu (1Tm 2.5).
COMO ABORDAR OS ADEPTOS DAS SEITAS
O pesquisador Jan Karel Van Baalen afirma: Os adeptos das seitas são as pessoas mais difíceis de evangelizar.18 Dentre as razões apresentadas por Van Baalen, apontamos as seguintes:
a) Os adeptos das seitas não são pessoas que devem ser despertadas para a religião. O herege deixou a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor, chegando até mesmo a hostilizá-la. Ele renunciou o plano de Deus para salvação em troca de algum sistema de auto-salvação. Assim, para ele, a afirmação do profeta: todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Is 64.6) não reflete a verdade de Deus.
b) O sectário bem informado é consciente das falhas da religião protestante e evangélica. Ele não consegue entender a variedade denominacional. Além disso, pensa que sabe tudo acerca de sua fé e está convencido de que conhece mais acerca do que cremos do que nós mesmos.
c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram a zombaria dos amigos etc. Como reconhecer agora que estão errados e a paz que encontraram não é verdadeira?
Conhecendo a nossa fé
Diante do exposto, diz o pesquisador: Antes de entramos nessa discussão, estejamos bem seguros do nosso terreno. A resposta escolar: Eu sei, mas não sei explicar engana somente o estudante. Se não soubermos responder ao argumento do sectário, é só porque não dominamos os fatos. É nosso conhecimento inadequado que nos obriga a abandonar o campo derrotados, desonrando o Senhor.
Concordamos não apenas com Van Baalen, mas também com Lutero, que disse: Se não houvesse seitas, pelas quais o diabo nos despertasse, tornar-nos-íamos demasiadamente preguiçosos e dormiríamos roncando para a morte. A fé e a Palavra de Deus seriam obscurecidas e rejeitadas em nosso meio. Agora, essas seitas são para nós como esmeril para nos polir; elas nos amolam e estão lustrando nossa fé e nossa doutrina, para se tornarem limpas como um espelho brilhante. Também chegamos a conhecer Satanás e seus pensamentos e seremos hábeis em combatê-lo. Assim a palavra de Deus torna-se mais conhecida.
preciosa promessa do Pai: “Maior é o que está em vós do que o que está no mundo”.
1a João 4.4 Prepare-se para o combate espiritual, estudando e mostrando – se aprovado por Deus, como um obreiro que não venha envergonhar o evangelho. Os cristãos são chamados para proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as pessoas, e isto certamente inclui os adeptos das várias classes de seitas. É preciso conhecer algumas estratégias específicas para essa classe de pessoas. Evangelizar esotéricos, místicos, ocultistas ou até mesmo satânistas, requer um verdadeiro preparo, não só espiritual mas também em conhecimento de campo de batalha.. Entenda que um encontro evangelístico ou apologético envolve
um conflito entre Jesus e satanás. Armas espirituais e intelectuais devem estar afinadas. Lembre-se que o inimigo é satanás e não o adepto da seita.
1. Oração
Para todo propósito cristão tanto na evangelização como outro qualquer, a oração sempre estará presente.
Na evangelização aos esotéricos e místicos, devemos primeiramente entregar a Deus a pessoa que iremos trabalhar, pedindo o auxílio do Espírito Santo e sabedoria para agir da maneira correta. A oração não deve ser somente da noite para o dia, mas deve demandar um certo período de dias. Deve ser objetiva e específica, não esquecendo que a pessoa com quem você está lidando está cega espiritualmente.
Deve ser uma oração com objetivos, com propósitos. Sabemos que Deus sabe todas as coisas mas Ele só pode agir quando nós o damos liberdade para trabalhar através de nossa vida.
Deus deseja fazer a Sua obra através de nós, foi para isso o Senhor enviou o Espírito Santo para nos acompanhar em todo nosso propósito de evangelização a toda humanidade.
2. Amor
Os adeptos das seitas são particularmente sensíveis ao amor. Pregam muito sobre confraternização, amor ao próximo, ajuda alheia etc. Demonstre amor e atenção pela pessoa que você pretende evangelizar.
Pergunte seu nome, sempre lhe desejando felicidades, saúde. Lembre-se que Jesus nos ensinou a amar o próximo. Através deste gesto você verá que um relacionamento amigável acontecerá com a pessoa. Não se preocupe, pois isso lhe ajudará a se aproximar dela, lhe transmitindo confiança. Com pessoas desse tipo você jamais consegue aproximarse falando de religião ou de seu pensamento cristão. Tudo é um processo. O adepto é um grande “peixe” que você estará pescando para o Reino de Cristo.
3. Não dê uma de “professor”
Não tente ensinar qualquer adepto das seitas, pois a qualquer sinal de alerta a presença de um “mestre cuca” da Bíblia, ele logo lhe deixará sozinho. Pergunte sempre sobre sua “fé”. Mostre-se interessado em saber sobre seu pensamento. Quando surgir oportunidade mude o teor da conversa e faça uma pergunta a mais.
Você verá que logo o adepto estará também lhe perguntando, chegando então o momento de oferecer boas respostas.
4. Não critique
Evite atacar os líderes das seitas. Não fale mal de seus fundadores, pois o discípulo é fiel ao seu mestre e jamais permitirá que isso venha acontecer. Procure conhecer um pouco da vida desses “deuses humanos”.
Aos poucos o Espírito Santo estará abrindo os olhos do futuro irmão, e mostrando lhe a diferença entre Jesus e os as outras personalidades religiosas.
5. Usando a Bíblia
Em qualquer oportunidade que surgir use a Bíblia pedindo ao adepto que leia as passagens que estarão sujeitas ao diálogo do momento. Jamais use a espada para matar. Ela foi escrita para vivificar. Não tente “ajudar” a operação do Espírito Santo, Ele fará conforme aquilo que lhe aprouver. Lembre-se: o adepto tem uma visão diferente da nossa concernente à Bíblia Sagrada, mas ele sempre menciona trechos da mesma em seus diálogos.
6. A terminologia
Quando o adepto da seita falar de Deus, amor, Jesus Cristo, Salvação, pecado, reencarnação, etc; peça primeiro que lhe explique sua teoria e depois saiba definir de uma forma simples e potente a palavra. Se preciso use dicionário. Não julgue. O adepto da seita se sente seguro quando está dialogando com alguém que
se preocupa em saber definir as palavras e os termos religiosos. Tudo isso nos mostra o quanto é importante conhecer para responder.
7. Estude as Seitas e Heresias
De nada adiantará você tentar evangelizar um adepto de qualquer seita, se primeiro não procurar estudar seu meio, sua doutrina, sua linguagem mística, seus líderes, sua visão espiritual. Tudo isso é essencial para um processo de evangelização com sucesso. O adepto verá que você é coerente e estudioso, isso não lhe afastará da pessoa. Você pode estudar as Seitas de várias maneiras: Adquirindo literatura evangélica do assunto, participando de seminários e simpósios, promovendo eventos com pessoas entendidas, entrevistando ex-adeptos de seitas que conheceram a salvação em Cristo Jesus. Nossas livrarias estão repletas de livros concernentes a Seitas e heresias, de vários autores e das melhores editoras do Brasil.
Você pode estudar também de várias maneiras: Adquirindo literatura de uma determinada seita como Testemunhas de Jeová, Espiritismo, Mórmons e outros. Caso você é um estudioso profundo e conhece bem os FUNDAMENTOS DA VERDADE, deve também adquirir literatura da própria seita, elaborando pontos heréticos e promovendo apologia cristã.
Um alerta importante!
Cristãos imaturos que se acham os “feras” na Bíblia, no lugar de evangelizar os adeptos, podem acabar sendo evangelizados, como mencionamos acima, e o impressionante é que existem casos dessa natureza.
O verdadeiro crente em Jesus, não cai nas armadilhas antiteológicas do diabo. O verdadeiro crente tem certeza de sua conversão, e das verdades bíblicas que ele se alimenta diariamente. Jamais fique em falta com o conhecimento da Palavra. Não seja ignorante, nos estudos doutrinários. Um obreiro aprovado é um soldado cheio da graça e do conhecimento. É um guerreiro que sabe usar as armas espirituais da maneira certa.
Diferentes casos de evangelização Lembramos também que o que apresentamos no tópico á evangelização
aos adeptos, foi um princípio fundamental para a injeção espiritual aos heréticos. Com isso quero lhe afirmar que o Espírito Santo estará lhe orientando nas diversas situações em que estarás levando a Palavra de vida.
Podemos apresentar exemplos como a evangelização a satanistas, feiticeiros, ateus e outros. Jesus nos escolheu para sermos vencedores e nos deu total conhecimento e capacidade para discernirmos o mundo espiritual. Aleluia! No demais, fortalecei-vos no senhor! Uma igreja apologética Desejamos que nossos líderes se preocupem com o assunto em destaque, oferecendo a igreja estudos voltados para a área da defesa da fé. É claro que temos muitos ministérios e não vamos nos centralizar totalmente neste quesito, mas, para
que o rebanho não venha passar por “maus lençóis”, deixo aqui minha recomendação. Crie na igreja que está sob sua responsabilidade o Ministério de Apologética Cristã. Selecione pessoas dedicadas aos assuntos relacionados a seitas, e quando surgir qualquer ataque herético violento por parte da mídia, ou da
própria sociedade, a igreja estará tranqüila e segura quanto a isso, pois, sabem que existem pessoas que auxiliam o pastor em seu ministério, cuidando especificamente desta área, apresentando respostas fiéis da Igreja Cristã. Fui diversas vezes convidado para ministrar ás pressas em igrejas que estavam passando momentos difíceis, devido à avalanche de lixo espiritual causado pelas seitas, que estavam até confundindo os membros. Sabemos que o pastor deve sempre ministrar o que mostramos, mas sabemos também que há pessoas que se dedicaram anos a determinada área principalmente para servir o amado pastor e a Igreja de Cristo. Não deixe de abençoar a igreja.
CONCLUSÃO:
A multiplicação das
seitas e a disseminação das heresias dão inconteste prova de que estamos
vivendo os últimos dias da Igreja na terra.
Ainda que o engano
seja algo inerente à condição do homem caído, é evidente que nunca a verdade
foi rejeitada tão veemente e as Escrituras combatidas tão ferozmente quanto nos
dias hodiernos.
O questionamento
das verdades divinas, por parte dos heresiarcas deste século, tem minado a fé e
destruído a convicção espiritual de milhares de cristãos, hoje.
Com o propósito de
ajudar o povo de Deus a discernir entre a verdade bíblica e o erro ensinado
pelas seitas falsas nos dias atuais, é que este livro foi escrito. Deus espera
que estejamos preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que nos
pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.1 5), e que nos apiedemos
daqueles que estão sendo vencidos pela dúvida, salvando-os e "arrebatando-os
do fogo; tendo deles misericórdia” (Jd v.23).
EU STEFAN NEVES, AGRADEÇO A VOCÊ TER CHEGADO ATE AO FINAL DESSE MARAVILHOSO E POLEMICO ESTUDO DE APOLOGIA CRISTÃ A NOSSA FÉ . QUE DEUS VOS ABENÇOE !
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