terça-feira, 24 de outubro de 2017

ECLESIOLOGIA





ECLESIOLOGIA - A DOUTRINA DA IGREJA



1. PROLEGÔMENOS
2. ETIMOLOGIA
3. DEFINIÇÃO DE IGREJA
4. O INÍCIO DE TUDO
5. A SINAGOGA E SUA ESTRUTURA
6. A EDIFICAÇÃO DA IGREJA
7. A IGREJA LOCAL E A IGREJA UNIVERSAL
8. A IGREJA COMO ORGANISMO E NÃO ORGANIZAÇÃO
9. PROPÓSITOS DA IGREJA
10. ILUSTRAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA CARPINTARIA
11. FORMAS DE GOVERNO DA IGREJA
12. AS ORDENANÇAS DA IGREJA: O BATISMO E A CEIA DO SENHOR




1. PROLEGÔMENOS

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus16:18)

“Assim que já não sois estrangeiros, nem
forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da
família de Deus; edificados sobre o fundamento
dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é
a principal pedra da esquina; no qual todo o
edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no
Senhor. No qual também vós juntamente sois
edificados para morada de Deus em Espírito.”
(Efésios 2:19-22)

“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e
Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas;
e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e
consolação do Espírito Santo.” (Atos 9:31)

Se você fizer um pequeno passeio pelo bairro onde mora verá que não será preciso
realizar nenhum esforço para encontrar alguma igreja evangélica instalada nele. Há bairros
em que há mais igrejas evangélicas instaladas do que bares ou botecos. É verdade também
que, se você adentrar em algumas dessas igrejas, poderá sair de lá “maravilhado” ou
“aterrorizado” com as coisas que poderá presenciar. Ao analisarmos as igrejas evangélicas
em geral com um “olhar investigativo”, podemos ver que há virtudes em muitas delas e erros
em todas elas.
Vemos o uso da palavra “igreja” por toda a parte, mas seu significado é freqüentemente
muito diferente. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro
de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa
mundial. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o
significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus.
Alguma vez você já se questionou ou então foi questionado por alguém sobre: Qual é a
origem da igreja? Por que e para que nós precisamos dela? De que maneira a igreja pode vir a se tornar uma bênção em nossas vidas? Bom estudo!

2. ETIMOLOGIA

Eclesiologia. Do grego ekklesia (ekklésia = assembléia; congregação; igreja) +
(Lógos = revelação; palavra; discurso; doutrina; raciocínio). Podemos definir eclesiologia
como uma reflexão científica sobre toda a realidade da Igreja à luz de quanto Deus nos

revelou para alcançar um conhecimento orgânico e proveitoso para a Igreja.


3. DEFINIÇÃO DE IGREJA

A igreja é um aspecto da doutrina cristã sobre o qual praticamente todos, crentes e
descrentes, têm uma opinião.
Em parte, é porque, sendo uma instituição da sociedade, a igreja pode ser observada e
estudada pelos métodos da ciência social. Isso, porém, nos apresenta um dilema.
Podemos ser tentados a definir igreja pelo que é empiricamente*. Tal abordagem, no
entanto, poderia confundir o real com o ideal e, assim, por mais interessante que seja, deve
ser evitada. Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados
com a obra do Senhor, dos separados (santos) pela aceitação de Jesus como Senhor e
Salvador. A igreja é aqui na terra o corpo místico de Cristo. Nesta acepção, é chamada
igreja invisível, a que tem vida interior, espiritual. Cristo é a cabeça desse corpo. Dá-se o
nome de Igreja Local ao grupo de pessoas chamadas de membros - unidas na mesma fé
em Cristo Jesus, que se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e
direção de um chefe espiritual. Neste caso, chama-se igreja visível, ou seja, a igreja
institucional, organizada, formal, terrena.

4. O INÍCIO DE TUDO

Para entendermos a origem da igreja, é necessário que façamos uma “viagem no tempo”.
A Igreja, como Família de Deus, começou no Jardim do Éden. Ali Deus manifestou Seu
propósito de reunir uma família, um povo só Seu. Desde o princípio, esteve no coração de
Deus o desejo de que o Seu povo estivesse reunido em um ambiente onde pudesse prestar
a Ele louvores e uma adoração coletiva.
O desejo de Deus sempre foi o de “habitar” no meio de Seu povo:
“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles... E habitarei no meio dos
filhos de Israel, e lhes serei o seu Deus, e saberão que eu sou o SENHOR seu Deus,
que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles. Eu sou o
SENHOR seu Deus.” (Êxodo 25:8; 29:45-46)
Nos dias de Moisés, durante a peregrinação no deserto, foi construído então o
“Tabernáculo de Israel” ou “Tabernáculo de Moisés”. Uma tenda portátil que podia ser
transportada de um lugar para outro durante as peregrinações no deserto. Esse tabernáculo
foi totalmente planejado e arquitetado por Deus e também serviu como tipologia do que
haveria de ser a vida, o ministério e a obra redentora de Jesus.

EMPÍRICO:

Aquilo que é derivado de experimento
ou de observação da realidade. É
baseado apenas na experiência e, pois,
sem caráter científico.
O próprio autor da epístola aos hebreus declarou o seguinte sobre o Tabernáculo de
Israel e seus utensílios:
“Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi
avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito:
Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.” (Hebreus 8:5)
Poderíamos passar meses – ou até mesmo anos – estudando os diversos detalhes do
Tabernáculo de Israel que, ainda assim, não conseguiríamos entender por completo toda a
sua engenhosidade, complexidade, magnitude e excelência. O Tabernáculo foi tido como
sendo a “casa de Deus” em Israel, durante 400 anos. Durante a maior parte do tempo, ficou
em Siló. Com o passar dos anos e devido a inúmeros fatores históricos, o Tabernáculo de
Israel (primeiro templo construído para o culto ao Deus vivo) foi substituído por outras
construções descritas a seguir: Sua glória foi de pouca duração. Foi saqueado cinco anos depois da morte de Salomão e destruído pelos babilônios 340 anos mais tarde, em 586 a.C.

TEMPLO DE ZOROBABEL

Também foi chamado de “Segundo Templo”. Construído depois da volta do cativeiro,
permaneceu durante 500 anos.

TEMPLO DE HERODES

Foi nesse templo que o Senhor Jesus entrou. Era uma ampliação do templo de Zorobabel.
Construído por Herodes, o Grande, era um edifício realmente magnífico de mármore e ouro,
cercado por pátios e pórticos. Foi destruído pelos romanos no ano 70 d.C.
Ainda assim, o modelo de igreja que conhecemos hoje não veio dos templos antigos; e sim
de outra organização formada durante o tempo em que o povo de Israel, ficou cativo na
Babilônia. Essa organização recebeu o nome hebraico (kahal), que significa “reunidos
juntos”. A kahal foi considerada como sendo a Igreja do Antigo Testamento. A tradução da
palavra “kahal” para o grego (idioma utilizado para escrever o Novo Testamento) é sinagoge
(synagôgé). Em português essa palavra foi traduzida como “sinagoga”. Vejamos um pouco
mais sobre ela para que nós possamos entender em que aspecto ela se assemelha à igreja
dos dias atuais:

5. A SINAGOGA E SUA ESTRUTURA

Como vimos anteriormente, no Antigo Testamento, foi o Senhor Deus que ordenou a
construção do Tabernáculo de Israel, local onde eram feitos os diversos tipos de sacrifícios.
Após a posse da terra prometida (Canaã), o Tabernáculo de Israel foi substituído pelo
Templo construído por Salomão. Por causa da idolatria do povo de Israel (cf. Ezequiel 8:1-
18), o Templo foi destruído e povo levado cativo para a Babilônia. Lá um grupo formado por
dez pessoas, fundou a primeira sinagoga, que era um local onde o povo de Israel estudava
a Palavra, orava e cantava hinos espirituais (salmos).
O objetivo da sinagoga era instruir os filhos de Israel nas coisas de Deus, para que não se
esquecessem Dele e assim fossem absorvidos pelas religiões do lugar para onde tinham
sido levados.
Muitos anos depois, o povo de Israel retornou da Babilônia e reconstruiu o Templo que
havia sido destruído por Nabucodozor. Mesmo com a reconstrução do Templo a sinagoga
permaneceu em atividade.

Sinagoga

1. Entrada, virada
para Jerusalém
2. Arca, contendo rolos
das Escrituras
3. Púlpito
4. Banco dos Anciãos
5. Galeria das mulheres
e crianças
6. Pátio
Nos dias de Cristo, a sinagoga tinha um papel muito importante para a
comunidade judaica, já que ela era o centro de educação religiosa e de orientação
espiritual do povo. Quando Jesus iniciou o seu ministério, a sinagoga representava
uma grande força em sua terra, que não poderia ser ignorada.
Depois do templo de Jerusalém, era a instituição religiosa mais importante.
Apesar de amar e zelar pela casa do Pai, o templo, o Senhor Jesus identificou-se
mais com a sinagoga. A grande vantagem da sinagoga era que ela se achava mais
acessível ao povo em geral. Por causa disso, foi nos cultos da sinagoga que a igreja
cristã iniciante causou maiores impactos. Em algumas sinagogas realizavam-se
reuniões onde “fervilhavam” intrigas políticas e idéias de revolta contra o governo
romano. Mas outras eram bem tradicionais, acomodadas, que evitavam entrar em
controvérsias. Embora não se possa afirmar que houvesse duas sinagogas
exatamente iguais, algumas características básicas eram comuns à maioria. Todas
elas eram semelhantes no aspecto de possuir as quatro peças de mobiliário, a quais
eram:
ARCA
Era chamada o sacrário de Torá, e sua função era conter os rolos das Escrituras.
BEMA
Era uma espécie de plataforma de onde se liam as Escrituras.
BANCOS
Assentos que ficavam encostados a duas ou três paredes.
No centro, às vezes, colocavam-se esteiras e em alguns casos cadeiras.
LÂMPADAS DO MENORÁ
As luzes eram um adereço importante na sinagoga, não apenas por razões de
ordem prática, mas também como um símbolo da presença de Deus.
A maior parte dos interesses das sinagogas era administrada por uma comissão
de dez anciãos.
A liderança principal era exercida por dois homens, os quais eram:
CHEFE DA SINAGOGA
Esse cargo é mencionado no Novo Testamento e designa um
supervisor geral. Quando Jesus ia de um lugar para outro, era
convidado para pregar nas sinagogas (isso acontecia porque Jesus
era considerado como sendo uma pessoa ilustre):
“Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a
sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas
suas sinagogas, e por todos era louvado.” (Lucas 4:14-15)
HAZZAN
Era um funcionário da sinagoga, e para isso recebia salário. Era
um assistente encarregado de retirar do baú os rolos que deveriam
ser lidos, e guardá-los após a leitura. Na ocasião que Jesus leu o
livro de Isaías, assim que terminou a leitura, devolveu-o ao
assistente:
“E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se;
e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.” (Lucas 4:20)
Quando o Senhor Jesus iniciou o Seu ministério, havia entre os judeus diversos
grupos, todos com objetivos próprios. Mas nenhum deles admitia abrir espaço para
Ele exercitar ali sua liderança. Fortemente resistentes a mudanças, sentiam-se
ameaçados por um forasteiro que afirmava possuir um reino, e ter vindo de Deus.

6. A EDIFICAÇÃO DA IGREJA

Para os judeus, o grande problema de Jesus era Ele ser diferente. Se Ele estivesse
“dentro dos padrões”, poderia ser aceito por eles. Como podia ter sido enviado por Deus, se
não se identificava com as causas que lutavam? Eles haviam pago um preço muito elevado
para conseguir a posição que agora detinham, e não iriam abrir mão dela para seguir a
Jesus e a doutrina inovadora que pregava.
Foi quando o Senhor Jesus, em uma conversa informal que estava tendo com os Seus
discípulos, fez uma declaração que mudou radicalmente todo conceito de “congregação”
que havia na mente daqueles homens. Durante sua conversa com os discípulos, o Senhor
Jesus se dirigiu a Pedro e disse:
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)
Na afirmação acima, o Senhor Jesus disse que edificaria a Sua própria congregação a
qual chamou de “igreja”, do grego (ekklesía) que significa “reunião”, “assembléia” ou
“congregação”.
O termo aplica-se a todo o corpo de cristãos em uma cidade (Atos 11: 22; 13:1); a uma
congregação (1Coríntios 14:19, 35; Romanos 16: 5) e a todo o corpo de crentes (Efésios 5:
32). A palavra, oriunda da filosofia grega, surgiu por volta do ano 800 antes de Cristo para
designar os cidadãos atenienses que, “chamados para fora” de suas casas, se reuniam em
praça pública para tratar dos interesses da cidade. Foi aí que surgiu o conceito de
democracia. O significado da palavra “ekklesía” em si, não era desconhecido dos judeus,
pois, uma expressão semelhante (congregação) já era utilizada por eles
desde o Antigo Testamento:
“Então falou Moisés ao SENHOR, dizendo:
O SENHOR, Deus dos espíritos de toda a carne, ponha um homem sobre esta congregação, que
saia diante deles, e que entre diante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar; para que a
congregação do SENHOR não seja como ovelhas
que não têm pastor.” (Números 27:15-17)
Jesus se utiliza desta expressão grega para, em uma linguagem mais contemporânea,
dizer aos discípulos que Ele também teria a sua “ekklesía”, ou seja, os seus “chamados
para fora” (do mundo). Este conceito tem a ver com a santificação dos filhos de Deus –
tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. A idéia do “chamar para fora” tem
início com Abraão, quando este foi “chamado para fora da terra de seus pais” (que era Ur
dos caldeus), a fim de ser levado para a terra que Deus daria aos seus descendentes:

VALE A PENA SABER:

No Antigo Testamento a palavra hebraica koheleth (derivado de kahal, “reunir-se”), literalmente
significa “aquele que reúne uma assembléia e lhe dirige a palavra”. Este termo é geralmente
traduzido por “pregador” ou “mestre”. A palavra correspondente no grego da Septuaginta é
ekklesiastes, e dela deriva o título do livro “Eclesiastes” em português. A obra inteira, portanto, é
uma série de ensinos por um orador público bem conhecido.
“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a
terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu
nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:1-3)
Abraão fora chamado para fora de um contexto de vida, que não era de acordo com os
padrões de Deus, para ir a uma terra e iniciar uma linhagem da qual seria levantada uma
nação que deveria viver segundo os padrões de Deus. Uma análise teológica mostra que
Deus chama Seu povo, que é especial, para fora de um contexto que é adverso à Sua
santidade, para ser um povo santo, e que para isto precisa estar separado do mundo, o
contexto contrário à vontade de Deus (cf. Levítico 11:44-45).
Se você foi chamado, então, foi chamado para fora. Se Deus o chamou, Ele o fez para
que você viva, em espírito, fora do sistema mundano.
Também seguindo a mesma linha de pensamento a palavra “edificarei”, do grego
(oikodomésô), proferida por Jesus quer dizer “fundar uma família, uma sociedade unida,
um povo”. A igreja do Senhor Jesus seria uma “casa de família espiritual”.
A diferença em relação às congregações anteriores dos judeus é que a igreja deixaria de
ser apenas um grupo organizado de pessoas, mas uma própria família – a Família de
Cristo. O Seu povo seria escolhido por Ele mesmo, chamado por Seu nome e autoridade. A
igreja é um organismo vivo! Representa um Corpo, uma Família, um Rebanho.
O escritor aos hebreus referiu-se a igreja da seguinte forma:
“Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão
somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.” (Hebreus 3:6)
No Antigo Testamento a Igreja era identificada como sendo apenas a nação de Israel.
Ali estava o povo de Deus congregado. Assim era conhecida a Congregação de Israel, ou
Igreja de Israel. Com a vinda de Jesus, a identificação do povo de Deus passou a ser
essencialmente espiritual e não racial. Os israelitas eram o Povo de Deus, mas qualquer
um, de qualquer nação, podia, pela fé no Filho de Deus e observância nas Suas leis,
agregar-se a essa nova comunidade e identificar-se como Servo de Deus.
Foi pensando nisso que o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios e depois também aos efésios:
“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus,
quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” (I Coríntios 12:13)
“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos,
e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois
edificados para morada de Deus em Espírito.” (Efésios 2:19-22)
O que ocorreu em Pentecostes foi a inauguração de uma nova fase da Igreja, ou seja, a
sua internacionalização. A Igreja passou a abranger uma multidão de povos, nações, tribos
e línguas. A vinda de Jesus quebrou o muro que Israel havia levantado com os outros
povos.

7. A IGREJA LOCAL E A IGREJA UNIVERSAL

No Novo Testamento a palavra ‘’igreja’’ pode ser aplicada a um grupo de cristãos de
qualquer tamanho, desde um pequeno grupo que se reúne sempre em uma residência até o
grupo de todos os cristãos na igreja universal.

7.1. A igreja local.

Freqüentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local
ou assembléia de santos. Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando
as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãos, elas começam a se reunir com outros
irmãos na fé. É a chamada “igreja militante”. São vários membros participantes de um só
corpo: o corpo de Cristo.
A Igreja “local” não é um edifício construído com blocos e cimento. Ela é um edifício
construído com “pedras vivas”:
“Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.” (I Coríntios 12:27)
“Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente
somos membros uns dos outros.” (Romanos 12:5)
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio
santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Pedro 2:5)
Na qualidade de organização, uma Igreja local é um grupo de crentes batizados, reunidos
pelo Espírito Santo com o propósito de obedecer aos princípios e preceitos da Palavra de
Deus. Além de ser uma instituição jurídica perante a sociedade, distingue-se pela sua
idoneidade e comportamento revelados na vida e no cotidiano de cada cristão.

7.2. Igreja universal.

Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para
falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. É a chamada
“igreja triunfante”. É a noiva do Cordeiro que é pura, santa, imaculada e que será
arrebatada ao céu. Quando o Senhor Jesus se referiu a ela (cf. Mateus 6:18), Ele não
estava falando apenas de uma congregação local, nem estava falando de uma organização
ou instituição mundial. Ele estava falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Ele
(Jesus Cristo), a fundação sólida. Foi tendo isso em mente que o apóstolo Paulo escreveu:
“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para
vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.” (II Coríntios 11:2)
“... como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do
corpo... Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra.” (Efésios 5:23 e
Efésios 5:26)

8. A IGREJA COMO ORGANISMO E NÃO ORGANIZAÇÃO

Deve ficar claro em nossas mentes que a Bíblia sempre trata a Igreja como organismo
(corpo constituído por componentes vivos) e nunca como organização (estrutura
juridicamente registrada) que só veio existir legalmente depois do segundo século.
Desta forma vemos que igreja verdadeira não tem endereço nem construção imóvel, mas
são pessoas que juntas vivem uma realidade que não tem par neste mundo, seguindo os
padrões de santidade divinos, sendo assim um Corpo, o Corpo místico de Cristo, do qual
Ele é a cabeça – embora templo e registro possam ser necessários. Muitas pessoas
têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo
que compõe a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. O Senhor Jesus não morreu
para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para
comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado mas que agora
têm salvação e esperança de vida eterna.
A Igreja é o corpo místico de Cristo, do qual Ele é o cabeça vivo e os crentes regenerados
são os membros. Quando falamos de corpo, logo nos vem à mente uma união de membros,
formando um conjunto, que os gregos denominavam de “soma”; é, também, numa
linguagem científica, um conjunto de células reprodutivas. Esse conceito se aplica bem à
Igreja na qualidade de corpo de Cristo, que cresce e se reproduz dia-a-dia.
Muitas igrejas sugerem que a “igreja universal” é constituída de todas as congregações
locais do mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que
se reúnem num corpo local. Eles podem ser identificados e contados:
“As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e
Priscila, com a igreja que está em sua casa.” (1Coríntios 16:19)
“Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua
casa.” (Colossenses 4:15)
A igreja universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum
homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal. Tentativas
de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e
a vaidade dos homens.
Somente Deus pode contar e identificar seus primogênitos “arrolados nos céus”:
“À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e
a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.” (Hebreus 12:23).
O conceito de igreja não admite o isolamento. A igreja é o conjunto dos salvos. Não um
bando, mas uma família, um rebanho, com organização e liderança. São pessoas reunidas
para um determinado fim. Vemos aqui a idéia de uma missão. A igreja não é um clube
social. É um exército com uma missão. Cada igreja “local” é uma agência de salvação. Esta
tem que ser a nossa finalidade, o nosso objetivo. A igreja não é uma casa de espetáculos,
mas um “oásis” para os sedentos. A igreja não é um auditório, onde a maioria só assiste.
Cada um deve atuar na obra. Sem ação, a assembléia, a congregação, a reunião, será
inútil. O Senhor Jesus quer a expansão do seu reino e com ele a salvação de todos os
homens. Daí a necessidade de evangelismo e do discipulado.

9. PROPÓSITOS DA IGREJA

9.1. Evangelizar o mundo.
A evangelização do mundo é o propósito maior da Igreja. Uma vez que
vemos que desde a antiguidade Deus sempre quis reconciliar o homem para consigo, a
Igreja é o instrumento mais poderoso para efetuar esta missão, pois, individualmente, cada
crente é um porta-voz de Cristo para proclamar a salvação e o arrependimento de pecados.
A evangelização é um poderoso indicador do comprometimento com o evangelho, e a
igreja local que evangeliza é repleta da presença de Deus, de dons espirituais e de
maravilhas.

9.2. Adorar Deus e, enquanto igreja “local”, prover meios de adoração.

Esta é uma das características maiores da Igreja do Senhor. Ela nasceu e vive para
adorar a Deus, pois o Pai procura aqueles que o adorem em Espírito e em verdade (cf. João
4:19-24), ou seja, com sinceridade de coração. Isto mostra o dever de cada cristão em
adorar ao Senhor, não simplesmente por louvor, mas por vida, consagração pessoal,
santidade e amor ao próximo. E a Igreja “local” deve promover entre os seus congregados
meios pelos quais eles possam adorar a Deus, como o louvor congregacional,
consagrações, etc.. A busca pela presença de Deus deve estar acima de todos os nossos
interesses particulares. Observe atentamente o texto abaixo:
“Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de
ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água;
para ver a tua força e a tua glória, como te vi no santuário. Porque a tua
benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão.” (Salmo 63:1-3)
Devemos desejar que a presença de Deus flua intensamente em nós. Deve existir em nós
uma sede insaciável pela glória manifesta de Deus em nossas vidas. Uma das orações feitas
pelo profeta Isaías demonstra claramente o desejo que ele possuía: ver a Deus em toda a
Sua plenitude mais uma vez:
“Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim,
madrugarei a buscar-te;...” (Isaías 26:9)
O salmista Davi foi ainda mais profundo ao demonstrar em palavras o quanto ele desejava
a presença de Deus em sua vida. Veja como era o desejo de um homem segundo o coração
de Deus:
“Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha
alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Salmo 42:1-2)
O cervo, quando perseguido por um animal predador, busca as águas não tanto para
beber, mas para mergulhar nelas, para estar submerso. Por quê? Porque o cervo sabe que o
seu cheiro está atraindo o animal predador. E também sabe que, se ele encontrar água e
mergulhar nela, o cheiro se perderá, irá embora. Nenhum animal o alcançará. Você e eu,
quando perseguidos pelo inimigo, devemos fazer o quê? De que necessitamos? Precisamos
das águas do Espírito Santo para que possamos mergulhar na presença do Deus Todo-
Poderoso onde nenhum demônio poderá nos alcançar ou nos tocar.
Precisamos junto com os nossos outros irmãos, criar uma “atmosfera” de adoração para
que Deus possa habitar.

9.3. Viver a mordomia cristã.

Isto nada mais é do que sujeitar-se ao senhorio de Cristo. O crente individualmente e a
Igreja como um todo deve entender e compreender que nada do que possui é seu
exclusivamente, pois do Senhor é a terra, e a sua plenitude, e todos os que nela habitam (cf.
Salmo 24:1).
Devemos viver profundamente esta verdade e procurando aplicar nossas vidas, nossos
talentos, nossas posses, tudo em favor da obra e da expansão do reino de Deus na face da
terra.

9.4. Buscar a presença de Deus.

Certa vez Moisés estava no monte Sinai conversando com Deus. Lá Deus lhe disse que
ele havia alcançado a graça e favor do Deus Todo-Poderoso. Moisés poderia
aproveitar a oportunidade e pedir qualquer coisa que quisesse, mas optou por buscar a
Face de Deus e não apenas as Suas mãos. Moisés, ao invés de buscar a bênção, preferiu
buscar o Abençoador:
“Então disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto
achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome. Então ele disse: Rogo-te que
me mostres a tua glória. Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade
por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. E
disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha
face, e viverá. Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás
sobre a penha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, por-te-ei numa
fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E,
havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se
verá.” (Êxodo 33:17-23)
Buscamos a face de Deus através da oração. A oração pode ser dividida em sete
estágios os quais são:
confissão, súplica, adoração, intimidade, intercessão, gratidão e louvor.

9.5. Estudo e ministração da Palavra.

Na sinagoga os judeus deixaram de estudar a Palavra de Deus (Torá) e passaram a discutir
apenas costumes e tradições (Mishiná e Talmude). Infelizmente muitas igrejas estão no
mesmo caminho. Precisamos voltar urgentemente para prática da exposição bíblica da
Palavra. E isso é muito diferente de apenas freqüentarmos a escola bíblica dominical.
Precisamos pregar a Palavra e não da Palavra. Caso contrário, muitos cristãos se
sentirão como o eunuco que foi à igreja e voltou de lá sem ter aprendido nada:
“E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de
Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e
tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o
profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele
disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que
subisse e com ele se assentasse.” (Atos 8:27-30)

9.6. Cultivar a comunhão uns com os outros.

Certa vez o Senhor Jesus fez uma oração. E essa foi a única oração que Ele não obteve
resposta. A oração feita por Jesus foi a seguinte:
“E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão
de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti;
que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.”
(João 17:20-21)
O Senhor Jesus pediu ao Pai que nós fossemos um. A resposta a essa oração depende
de mim, depende de você, depende de todos nós. Precisamos viver em unidade (o que é
diferente de uniformidade).
Uniformidade é desejar que todos tenham a mesma aparência, se vistam iguais e tenham
atitudes iguais. A unidade na igreja é composta por pessoas diferentes, com estilos
diferentes e até mesmo com alguns pensamentos diferentes, mas sempre com o mesmo
objetivo: exaltar e glorificar o nome de Deus juntamente com a igreja e, desenvolver junto
com os demais irmãos, um trabalho conforme aquilo que o Espírito Santo de Deus tem
ministrado em seus corações. Nós devemos ser como uma orquestra, onde cada
instrumento musical, pode até tocar notas diferentes e, ainda assim, produzir sons
em harmonia com os outros instrumentos. Gostamos de ir a concertos para sentir o prazer
de ouvir os sons em harmonia – não os sons uniformes – de uma orquestra. Nós logo nos
cansaríamos da monotonia e iríamos embora se todos os instrumentos no palco tocassem a
mesma nota, tivessem o mesmo ritmo e volume.
A maravilha de uma sinfonia é fruto de sua unidade na diversidade.
Assim devemos agir uns com os outros pois, só assim, a pessoas crerão que “Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
O ideal de união para a igreja nunca chegará a completa satisfação na terra, em função
de posições teológicas diferenciadas entre grupos componentes da Igreja. Estas diferenças
surgem de início em decorrência da incapacidade humana de plena compreensão da Bíblia
em sua íntegra e da debilidade humana em compreender plenamente a vontade do Deus
infinito, revelado em Cristo Jesus.
Apressando para atingir o alvo de união, cabe à igreja local e aos indivíduos que a
compõem definir até que ponto pode haver sua cooperação e envolvimento com outros de
perspectivas divergentes.
Dentro da igreja local, há algo da mesma necessidade, porém espera-se que os
indivíduos de uma congregação poderiam mais facilmente cooperar entre si. A união
esperada não é que todos sejam igualmente amigos íntimos, mas que todos tenham respeito
cada um pelo outro e procurem atuar entre si em amor. Nestes parâmetros, é possível viver
em harmonia e união para em conjunto cumprirem com a missão da igreja.

10. ILUSTRAÇÃO DAS FERRAMENTAS DA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças. Um martelo exerceu a
presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia
demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo
que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou,
mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com
os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse
o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o
martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino
móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
__ Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas
qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e
concentremo-nos em nossos pontos fortes.
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era
especial para afinar asperezas, e o metro era preciso e exato. Sentiram-se então com uma
equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de
trabalharem juntos.
A igreja é composta por pessoas diferentes onde cada uma contribui com o seu
dom, conforme a vontade do nosso “carpinteiro” Jesus Cristo.

11. FORMAS DE GOVERNO DA IGREJA

A igreja, mesmo sendo uma instituição Divina, precisa ter seu governo humano. Com o
decorrer da história, e o crescimento da igreja, formas de governo foram transparecendo no
meio comunitário da igreja.
A questão do governo da igreja consiste, em última análise, em definir onde reside a
autoridade dente da igreja e quem deve exercê-la. Na realidade, os defensores das várias
formas do governo da igreja concordam que Deus é (ou possui) a autoridade final – a
chamada (Theokracía = governo de Deus).
Os pontos em que diferem estão em suas concepções de como ou por meio de quem ele
expressa ou exerce essa autoridade.
Em nossos dias, pelo menos três formas são encontradas. Todas as igrejas se encaixam,
mesmo que indiretamente, em uma destas formas ou sistemas de governo.

11.1. Governo episcopal.

O sistema de governo Episcopal é identificado por um sistema que limita as decisões aos
bispos, os principais líderes. Os bispos não são os únicos líderes encontrados na igreja
partidária ao sistema de governo episcopal, existe também presbíteros e diáconos. Uma
hierarquia (organograma) é formada basicamente desta forma:
Todas as igrejas assim governadas, não permitem que os membros opinem nas decisões
importantes, sendo na realidade, os últimos a saberem das coisas. A igreja localizada tem
que prestar contas de todas as suas atividades, na pessoa do líder, a um líder maior, que
por sua vez, presta relatório ao líder principal.
No organograma feito acima, o que chamo de “Grande líder”, é basicamente, aquele que
toma todas as decisões, sendo responsável por todas as igrejas da denominação. Aquele
que chamo de “Líder maior”, é o líder responsável por algumas igrejas localizadas. “Líder
menor” é o que classifico como o líder de uma igreja local.
Não existe fundamento bíblico para este sistema de governo. Os que pregam este
sistemas governamental, se inspiram unicamente em personagens no Novo Testamento
(em especial Tito e Timóteo). Segundo os adeptos à esta hierarquia, os Apóstolos se
organizavam desta maneira (cf. Tito 1:5; Atos 15:23), porém, não é muito claro esta doutrina
nas Escrituras.
Existem algumas igrejas que, oficialmente, não admitem adotar este sistema de governo,
mas, pelo menos em parte, são igrejas assim governadas (Igreja Renascer em Cristo, Igreja
Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça e outras comunidades).

11.2. Governo presbiteriano.

As igrejas que são governadas neste sistema de governo têm suas grandes decisões
tomadas por um conselho formado basicamente de Pastores e Presbíteros. São eles quem
escolhe os líderes de ministério (departamento), professores da EBD, e todos os demais
cargos da igreja. A participação dos demais membros se restringe em escolher o conselho
eclesiástico; uma vez feito isto, todo poder de decisão passa para estes homens. A
hierarquia presbiteriana e formada por dois conselhos administrativos, o local e o conselho
superior, sendo este segundo o revisor responsável pelos conselhos inferiores. Num
organograma, podemos demonstrar desta forma: Na realidade, no sistema presbiteriano, existem algumas vantagens, por exemplo, no sistema presbiteriano, um fator de grande importância, jamais poderá ser decidido em assembléia, por uma criança ou por um novo e inexperiente convertido.
Mesmo que os Presbíteros sejam os “representantes” da igreja nas decisões, uma vez
que estes foram escolhidos pela igreja, não parece justo que os membros sejam impedidos
de votar em assembléias, (com exceção na escolha de pastores). Esta forma de governar a
igreja, é fundamentada em textos bíblicos como Atos 15 e 1Timóteo 5:17. A igreja
Presbiteriana, igreja Reformada e algumas facções da igreja Metodista, são as principais
igrejas que são governadas pelo sistema presbiteriano.

11.3. Governo congregacional.

O sistema de governo congregacional, também conhecido de sistema independente, dá
total soberania à igreja local. O poder de decisão não está centralizado em nenhuma pessoa
ou líder, tampouco a conselhos. As igrejas locais são completamente “desligadas” uma das
outras, sendo as mesmas independentes em suas decisões. Os congregacionais afirmam
que cada igreja prestará contas à Deus por suas atitudes, e isto, faz com que elas tenham
liberdade de interpretar a vontade de Deus livremente.
O sistema de governo congregacional se baseia na afirmação feita pelo Apóstolo Pedro,
que declara que todo crente é um sacerdote escolhido por Deus (1Pedro 2:9); de certa
forma, isto dá poder igual à todos os membros da igreja. Os congregacionais respeitam os
líderes (pastores e diáconos ou presbíteros), mas pregam que a igreja deve ser submissa,
acima de qualquer coisa, à Jesus Cristo.
São governadas assim, as igrejas Batistas em todo o mundo, a igreja congregacional,
diversas tendências de igrejas Pentecostais, e todas as igrejas que terminam sua placa
denominacional com a palavra “independente” (Presbiteriana independente, por exemplo).

11.4. Um sistema de governo eclesiástico para hoje.

Tentativas de desenvolver para a igreja uma estrutura de governo que esteja de acordo
corn a autoridade da Bíblia encontram dificuldades em dois pontos. O primeiro é a falta de
material didático.
Não ha exposição prescritiva (ordenada) sobre como deve ser o governo da igreja.
Quando passamos a examinar as passagens descritivas, encontramos um segundo
problema. Há tantas variações nas descrições das igrejas do Novo Testamento, que não
conseguimos descobrir um padrão normativo.
Precisamos, portanto, buscar os princípios que encontramos no Novo Testamento,
tentando construir nosso sistema de governo de acordo com eles.
Um princípio evidente no Novo Testamento, especialmente em 1Coríntios, é o valor da
ordem. É desejável que certas pessoas sejam responsáveis por ministérios específicos.
Outro princípio é o sacerdócio de todos os crentes. Cada pessoa é capaz de se relacionar
diretamente com Deus.
Finalmente, a idéia de que cada pessoa é importante para todo o corpo está implícita em
todo o Novo Testamento e explícita em passagens como Romanos 12 e 1Coríntios 12.
No entender da maioria dos teólogos estudiosos, a forma congregacional de governo da
igreja é a que cumpre melhor (pelo menos em tese) os princípios colocados. Ela leva em
consideração o princípio do sacerdócio e da competência espiritual de todos os crentes.
Também leva em consideração a promessa de que o Espírito habita em todos os crentes e
os dirige. Ao mesmo tempo, a necessidade de ordem dá a entender que é preciso algum
grau de governo representativo.
Em algumas situações, é preciso escolher líderes para que ajam em favor do grupo. Os
escolhidos devem estar sempre conscientes de que devem prestar contas as pessoas que
representam e, quando possível, as questões mais importantes devem ser levadas aos
membros como um todo para decisão.

12. AS ORDENANÇAS DA IGREJA: O BATISMO E A CEIA DO SENHOR

12.1. O batismo.
Consideramos o batismo e a ceia como ordenanças determinadas e cumpridas por Jesus
Cristo (Marcos 16:15-16; Mateus 26:26-28; 28:16-20; Lucas 22:7-23; 1Coríntios 11:23-29.
Ordenança é um ato simbólico determinado por Jesus Cristo para ser cumprido pela sua
igreja até a Sua volta, como testemunhas que somos das verdades centrais do evangelho.
Recusamos o termo sacramento, pois contém em si a idéia católica romana de conferir
graça e produzir efeitos àqueles que são batizados ou participam da ceia.
O batismo não salva; não transforma um pecador em cristão; não apaga pecado.
O batismo e a ceia concretizam, representam uma idéia abstrata.
O batismo, do grego (baptisma), consiste na imersão, submersão e emersão do crente em
água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e
pessoal (Atos 2:41-42; 8:12,36-39; 10:47-48; 16:33; 18:8).
A palavra grega é derivada de (baptô = imergir) e possui a idéia, usada entre os gregos,
de tirar água imergindo uma vasilha em outra.
O batismo é o testemunho público de quem já se declarou crente por ter aceitado a Jesus
Cristo como seu único, suficiente e eterno salvador. Marca uma vida regenerada e em início
de santificação.
O primeiro batismo de que se tem noticia no Novo Testamento é o praticado por João, o
batista. Este batismo foi chamado de o batismo do arrependimento pelo apóstolo Paulo.
Por ele passou todos os apóstolos de Jesus. Jesus foi batizado por João, mas o batismo
de Jesus tem um desígnio totalmente diferente do administrado por João aos pecadores
confessos.
Finalmente temos o batismo administrado pela Igreja de Jesus, primeiramente pelos
apóstolos antes de sua morte, depois, pela Igreja organizadade Jerusalém.
Esse batismo era por imersão. Seu desígnio era totalmente diferente do administrado pela
Igreja.
Simbolizava que Jesus iria morrer, iria ser sepultado e iria ressuscitar dentre os mortos.
Era uma crença “Naquele que há de vir”, como dizia o próprio João.
João podia administrá-lo porque como ele confirmou, e não negou: “aquele que me mandou batizar”, referindo-se ao próprio Deus, dera-lhe tal autoridade. Importante lembrar que João só batizava pecadores confessos, ou seja, pessoas que estavam conscientes de que eram pecadores. Grande número de pessoas participaram desse batismo administrado por João. Inclusive os doze apóstolos do Senhor Jesus. Este batismo terminou quando João foi encerrado na prisão, coincidindo com o início do ministério de Jesus. Aquele que havia de vir chegou, e por isso, não necessitavam mais ser batizados para aquele fim. Quando Jesus iniciou seu ministério João foi preso, e da prisão foi decapitado. Findou-se assim o batismo de João aos pecadores confessos.
O batismo de Jesus também foi por imersão. Seu desígnio também era diferente do
administrado por João aos pecadores confessos e dos administrado pela Igreja aos crentes
arrependidos. Simbolizava que Ele daria sua vida nossos pecados, seria sepultado e depois
ressuscitaria em Glória.
Não era uma crença, era o cumprimento da vontade do Pai, ou como o próprio Senhor
Jesus disse:
“Para que se cumpra toda a justiça”. Nesta passagem vemos a importância da pessoa
que administra o batismo, pois, o Senhor Jesus podia ter batizado a si próprio, mas não o
fez. Andou mais de cem quilômetros e foi até onde João estava batizando, e lá, recebeu o
batismo da pessoa que o próprio Deus tinha ordenado para o ato.
O batismo administrado pela Igreja primitiva, e praticado por nós hoje, simbolizava a
morte e sepultamento do velho homem, a ressurreição para uma nova vida em identificação
com o Senhor Jesus Cristo, e também, prenúncio da ressurreição dos remidos, (Romanos
6:3-5; Gálatas 3:27; 1Pedro

12.2. A ceia do Senhor

A ceia, do grego (deípnon = festa; banquete), do Senhor é a segunda ordenança que
relembra o sacrifício do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Os elementos da ceia são o
pão e o vinho que sugerem nutrição e o crescimento em Cristo. O crente se batiza uma
vez, mas participa da ceia repetidas vezes. A ceia do Senhor relembra a última ceia de
Jesus com os seus discípulos.
Também faz relembrar que o Senhor voltará (1Coríntios 11:26).
A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da
morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: O pão e o
vinho (Mateus 26:26- 29; 1Coríntios 10:16-21; 11:23-29).
Nesse memorial o pão representa o seu corpo partido por nós e o vinho simboliza o seu
sangue derramado no Calvário.
A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo. Além das
mensagens temporais sobre o passado, o presente e o futuro que a ceia transmite, há
também a mensagem da comunhão. A ceia é um ato de culto em contexto social. O Novo
Testamento não apresenta a celebração da ceia em contexto individual, mas coletivo no
culto da igreja. A celebração da ceia do Senhor é também um momento de reflexão íntima
para verificar se há alguma mágoa provocada por nossas atitudes, ou de outros.
É um momento em que devemos buscar e liberar o perdão.
Na região de Coríntios acontecia anualmente a festa Ágape que consistia em cada
membro da igreja levar uma porção dobrada de comida e vinho para ser partilhada com
pessoas famintas numa ceia festiva. Essa festa se tornou em uma festa que simbolizava
a última ceia de Cristo. O problema é que haviam homens nessa igreja que acreditavam que
os famintos estavam nessa condição por serem pecadores e, por isso, não era dignos de
serem alimentados. Então esses homens avarentos comiam, em secreto antes da ceia, as
porções de comida e vinho a mais que seriam destinadas aos famintos; eles se fartavam e
se embebedavam com a comida a mais, simplesmente para não deixar alimentar os pobres,
que eles consideravam pecadores. Isso causou muita dissensão entre os membros que
queriam fazer caridade aos famintos e os que acreditavam ser a fome um castigo aos pecadores.
Estudando 1 e 2 Coríntios, que são duas cartas escritas por Paulo e enviadas à igreja de
Coríntios para manutenção da fé, exortações diversas e correções de doutrina, podemos
entender mais claramente o significado da ceia do Senhor. Diante disso, vamos fazer uma
leitura analítica dos principais versículos que referem-se a ceia do Senhor:
(1Coríntios 11:2) “De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes
as tradições assim como vo-las entreguei.” (O capítulo começa com um singelo elogio,
preparando o texto para a exortação que está por vir).
(1Coríntios 11:17) “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais
não para melhor, e sim para pior.” (Aqui Paulo nos mostra o verdadeiro conteúdo dos
versículos adiante:
uma bronca pela falta de amor demonstrada na festa Ágape).
(1Coríntios 11:18-19) “Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós
quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. Porque até mesmo importa que haja
partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.”
(Paulo nos mostra que a diferença de idéias é sadia até mesmo na Igreja. Algo muito
importante para os dias de hoje, em que a igreja prefere impor cabrestros aos invés de
discernir os melhores pensamentos).
(1Coríntios 11:20) “Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis.”
(Pois como pode ser a ceia do Senhor sem o mínimo amor para com o próximo?).
(1Coríntios 11:21) “Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria
ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague.” (Paulo começa
a exortar os que comiam escondidos; eles se embriagavam com tanto vinho enquanto
outros padeciam de fome).
(1Coríntios 11:22) “Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais
a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto,
certamente, não vos louvo.” (Literalmente: isso tudo é fome? Vocês não têm comida em
casa? Precisam mesmo demonstrar tamanha gula?).
(1Coríntios 11:26) “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” (Todas as vezes que os membros
participavam dessa festividade e compartilhavam o pão era uma homenagem ao sacrifício
de Cristo ao doar sua vida pelo mundo).
(1Coríntios 11:27) “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor,
indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.” (Portanto, quem transforma uma
homenagem de amor em discórdia e avareza será punido por seu ato).
(1Coríntios 11:28-29) “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e
beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.”
(Logo, que se arrependam os que tratam com avareza o seu próximo e que não corrompam
mais a ceia para que não sejam condenados).
(1Coríntios 11:30) “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos
que dormem.” (Esse versículo cita literalmente os fracos por fome e miséria. Por causa da
avareza de uns, muitos padecem de fome).
(1Coríntios 11:31-32) “Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.
Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com
o mundo.” (Os avarentos observam essa realidade de fome e miséria e não se culpam por
não ajudar os necessitados. Mas o Senhor repreende com amor para que não voltem a errar).
(1Coríntios 11:33-34) “Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai
uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes para juízo. Quanto às demais coisas, eu as ordenarei quando for ter convosco.” (E aqui a conclusão do propósito
do texto: os avarentos deveriam comer e partilhar a comida e o vinho com todos para que
não fossem condenados por seus atos).
O Senhor Jesus nos ordena, em Sua palavra, partilhar o pão e nos dedicarmos ao
próximo em memória dEle.
Se não houver esse amor, essa dedicação ao aflito, não há ceia do Senhor, não há a
memória do amor de Jesus. Por isso Paulo condena a falta de amor na comemoração.
EU STEFAN, PODERIA ABORDAR MAIS SOBRE ESSA MARAVILHOSA MATÉRIA DA ECLESIOLOGIA; MAS ISSO TUDO JÁ É O NECESSÁRIO PARA VOCÊ TER UMA SOLIDA BASE . QUE DEUS VOS ABENÇOE !

SEITAS E HERESIAS (APOLOGIA CRISTÃ) SEGUNDA PARTE



SEITAS E HERESIAS
Um sinal do fim dos tempos
(APOLOGIA CRISTÃ) Segunda Parte



Sumário



8. A Maçonaria


9. Voz da Verdade


10. Seicho-No-Ie


11. Como Identificar Uma Seita



12. Como Evangelizar os Adeptos das Seitas




Introdução



Heresia deriva da palavra grega háiresis e significa: "esco­lha", "seleção", "preferência". Daí surgiu a palavra seita, por efei­to de semântica. Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22. Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Coríntios 11.9; Gálatas 5.20 e 2 Pedro 2.1.
O estudo da heresiologia é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versículos do capítulo quatro da sua primeira epístola a Timóteo, escreve:
"Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tem­pos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam men­tiras, e que têm cauterizada a própria consciência".

O apóstolo Pedro escreve também:

"Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, as­sim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de negarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictíci­as; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pe 2.1-3).

Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:

1. A Bíblia Sagrada
2. A Pessoa de Deus
3. A queda do homem e o pecado
4. A Pessoa e a obra de Cristo
5. A salvação
6. O porvir
Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética.
Entre as muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes:
1. A ação diabólica no mundo (2 Co 4.4).
2. A ação diabólica contra a Igreja (Mt 13.25).
3. A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19).
4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25).
5. A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16).
6. A falta de conhecimento da verdade bíblica (1 Tm 2.4).
7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14).
Esperamos, pois, que a leitura deste livro possa de alguma forma ajudar àqueles que estão à procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38).


8
A Maçonaria

A Maçonaria é um assunto sobre o qual praticamente todas as pessoas gostariam de ler, mas sobre o qual pouquíssimas têm a coragem de escrever e comentar abertamente. Um misto de ver­dade e mitos sobre a Maçonaria tem feito surgir grande inquieta­ção entre os não-maçons. Algo como uma presença temficante permeia a alma do não-maçom que se aventura a estudar e questi­onar a Maçonaria.
Apesar de tudo isso, tomei a decisão de escrever este capítulo sobre a Maçonaria, e o fiz partindo de dois princípios: 1) Se a Maçonaria arroga a si o direito e o poder de impor medo às pesso­as, não merece o respeito dos não-maçons, e 2) se a Maçonaria busca o respeito dos não-maçons, então não tenho por que temê-la. Nada mais lógico, não acha?
Abordarei a Maçonaria estritamente do ponto de vista das Escrituras, e à luz da questão da legitimidade ou não do cristão filiar-se a essa entidade.

I. O QUE É A MAÇONARIA?

A Maçonaria é uma sociedade secreta e ritualística, incluindo em sua filosofia a auto-salvação do homem. É paga quando anali­sada à luz das Escrituras Sagradas. Ainda que não seja uma igreja como conhecemos, constitui-se num movimento religioso e sincretista.

1.1. Resumo Histórico da Maçonaria

Alguns historiadores afirmam provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem que ela tenha se originado por ocasião da cons­trução do templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C), e apontam como fundador, Hiram Abif, suposta arquiteto do citado templo.
A maioria dos escritores maçons, porém, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pe­dreiros, criada por Numa, em 715 a.C, que viajava pela Europa e mais tarde construiu basílicas. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à arquitetura nela foram admitidas.

1.2. SÍMBOLOS DA MAÇONARIA

Apesar da aceitação de pessoas estranhas à arquitetura na Maçonaria, instrumentos da arte de construir foram conservados como símbolos, dentro da entidade. Entre os instrumentos da simbologia maçônica, destacam-se: o compasso, a régua, o esqua­dro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.
O esquadro significa a necessidade de o maçom afastar-se de tudo aquilo cujo nível esteja em desacordo com a Sabedoria, Força e Beleza, palavras de grande significado dentro do vocabulário maçônico. Ele significa, outrossim, que o maçom deve regular a sua conduta e ações, sobretudo como tributo ao supremo Grande Arquiteto do Universo, que os maçons dizem ser Deus. O nível ensina que todos os maçons são da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.
O prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensi­na o maçom a marchar, desviando-se da inveja, da perversidade e da injustiça.
Segundo a orientação maçônica, todos os maçons têm o dever de ensinar e praticar essas virtudes, e outras mais, conforme a ori­entação dos mestres da Maçonaria.

1.3. A Trilogia Maçônica

Sabedoria, Força e Beleza são três palavras de efeito cabalístico no vocabulário maçônico. Formam como que uma tríplice virtu­de. Segundo esta trilogia, o maçom precisa levar em consideração a Sabedoria, para conduzi-lo em seus projetos; a Força, para sustentá-lo em suas dificuldades; e a Beleza, para revelar a delica­deza dos sentimentos nobres e fraternais do verdadeiro maçom.

1.4. Objetivos da Maçonaria

A Maçonaria alega ter como objetivo a busca da Verdade, o estudo da Moral e da Solidariedade Fraternal. Diz trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, a fim de que os seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredo­res, graças a uma maior compreensão mútua, pela prática constan­te da Fraternidade.
Tem por princípio a tolerância e o respeito recíprocos, sem impor dogmas ou exigir subserviência espiritual, concedendo aos seus adeptos amplo direito de pensar e discutir livremente. Con­sidera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclu­sivo da apreciação individual dos seus membros, não admitindo afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racional­mente.
Tem por divisa "Liberdade", "Igualdade" e "Fraternidade", e por lema "Justiça" — "Verdade" e "Trabalho". Os seus compo­nentes devem esforçar-se para se aprimorarem espiritualmente, devotando-se à prática do bem, sem ostentação; não por vaidade, e sim como imperioso dever de solidariedade humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento de um dever. O maçom trai o seu juramento quando perde uma oportunidade de praticar o bem. O que para muitos "profanos" é um ato meritório, para o maçom é um dever imperioso, sagrado.
A Maçonaria considera seu principal dever estender a toda a humanidade os laços fraternais que unem os maçons dos diversos ritos dispersos pela superfície do Globo. Recomenda aos seus adep­tos a propaganda pela palavra oral, pela escrita e pelo exemplo de seus ensinamentos, sem distinção de raça, nacionalidade ou reli­gião. O essencial é que o homem creia; que acredite em um Ser Supremo. Se o indivíduo é ateu, é um descrente; cumpre ao maçom mostrar-lhe o caminho da crença, fazer-lhe ver que não podemos viver sem ter confiança, sem acreditar em um Ser Supremo, Deus, um Deus bondoso, perfeito, justiceiro, que sabe perdoar.
Os maçons têm por dever, em todas as circunstâncias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças dos homens. Embora haja vários ritos na Maçonaria, um maçom deve tratar fraternalmente outro maçom como irmãos que são, sem procurar inteirar-se do seu rito, ou da obediência a que pertence. Considera o trabalho como um dos deveres essenci­ais do homem honrado, tanto o manual como o intelectual.

II. INICIAÇÃO MAÇÔNICA

Não é maçom quem quer e sim quem pode ser.
"O maçom é obrigado por seu caráter a obedecer à lei moral e, se devidamente compreende a Arte, não será jamais um estúpido ateu nem um libertino religioso. Embora nos tempos antigos os
maçons fossem obrigados a pertencer à religião dominante no seu país, qualquer que fosse ela, considera-se hoje muito mais conve­niente obrigá-los a professar apenas a religião que todo homem aceita, deixando cada um livre em suas opiniões individuais, isto é, devem ser homens probos e retos, de honra e honradez, qual­quer que seja o credo ou denominação que os distinga." (Da Cons­tituição de 1723, feita por Anderson.)

2.1. O Candidato a Maçom

No seu livro O Que E a Maçonaria, diz A. Tenório d'Albuquerque: "A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender, interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus elevados fins humanitários e o seu simbolismo."

2.2. A Proposta de Filiação

O candidato, em linguagem maçônica denominado profano, assina uma proposta de filiação à Maçonaria. O proponente é o padrinho.
Na proposta, o profano é obrigado a declarar quanto ganha mensalmente, nome, profissão, estado civil, grau de instrução, re­sidência, procedência, etc. Haverá casos em que será exigida a apresentação de atestado de bons antecedentes fornecido pela au­toridade competente.
Recebida a proposta, três maçons são indicados, pelo Venerá-vel (Presidente) da Loja, para fazer sindicância em torno da vida do profano. Essas indicações devem ser feitas sigilosamente e sem que um saiba quais os outros indicados. Cada um recebe uma fo­lha de sindicância, já impressa, com um questionário sobre a vida do profano. A sindicância deve ser feita com o maior rigor possí­vel, investigando-se os antecedentes do candidato, os seus hábitos, se tem vícios, o conceito em que é tido na sociedade, o seu grau de instrução, se tem algum defeito físico incompatível com a Maçonaria. É um meio de selecionar os elementos, de não permitir o in­gresso na Maçonaria de pessoas destituídas de condições impres­cindíveis.
Como se vê, não é maçom quem deseja e sim quem pode ser, isto é, quem dispõe de certa soma de requisitos morais, intelectu­ais e financeiros.


2.3. O Processo de Iniciação

Uma vez satisfeitas as exigências pelo pretendente a maçom, é marcada a cerimônia de iniciação do candidato.
O "profano" começa por ser introduzido a um lugar retirado em que deve despojar-se de todos os objetos de metal: dinheiro, decorações, armas, jóias, etc. Levam-no, em seguida, para uma sala isolada, chamada "Câmara de Reflexão". É um lugar sinistro. As paredes são completamente negras e, como decoração, apre­sentam esqueletos, cabeças de mortos e lágrimas como as que se vêem nas cortinas funerárias. Vêem-se, também, uma foice, um galo e uma ampulheta, todos de grande significado dentro da Ma­çonaria.
Na parede estão gravadas reflexões solenes, dentre as quais se destaca a seguinte: "Se perseveras, serás purificado pelos Elemen­tos; sairás do abismo das trevas e verás a Luz".
A pessoa que conduziu o neófito à sala de reflexão tira-lhe a venda dos olhos e diz: "Breve passareis para uma vida nova... Respondei por escrito às questões que vos são apresentadas e fazei o vosso testamento".
Este testamento não é a disposição de seus bens depois de sua morte, mas um testamento filosófico, no qual ele renuncia sua vida passada; é um ato pelo qual se dispõe a outras concepções, a uma vida que se harmoniza com os dados novos.
Prosseguindo a cerimônia de iniciação, o neófito é levado a despojar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de sua cal­ça é erguida alto do lado direito e a meia abaixada de maneira que o joelho direito esteja descoberto. O pé esquerdo está completa­mente descalço. O braço esquerdo e o peito desnudo. O profano tem novamente os olhos vendados e é conduzido para a porta da Loja que está fechada. Vai em busca da Luz.
Apresentam ao neófito um malhete, com o qual dá três rápi­das pancadas na porta. Com as pancadas a porta se abre, mas o profano é detido pelo Guarda do Templo, que só lhe permite a entrada quando o irmão que o conduz lhe faz a apresentação: "É um profano em estado de cegueira, que deseja ser indicado nos Augustos Mistérios da Maçonaria".
O candidato se aproxima da mesa do Venerável Mestre, que o convida a refletir novamente sobre a gravidade do passo que pre­tende dar, e insta para que se retire, se ainda não possui suficiente decisão; se o profano insiste em ser recebido, o Venerável Mestre ordena-lhe que se ajoelhe e pronuncia uma oração.

2.4. Os Juramentos

Dependendo do rito em que o neófito está sendo iniciado (seja o Escocês, Adoniramita, ou Francês), ele será levado a fazer jura­mentos.

2.4.1. Rito escocês

O neófito tem o joelho direito em terra, os olhos vendados, a mão esquerda sobre o coração, a direita sobre a Bíblia, a espada, o compasso e a esquadria. A um golpe de malhete todos os presen­tes ficam em pé e o neófito repete o seguinte juramento:
"Eu, E, juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e segundo os preceitos de minha religião, em presença do Sup.: Arq.: do Univ.: que é Deus, e perante esta assembléia de MMaç.: solene e sinceramente jamais revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que me forem confiados, senão a um Maç.: regular ou em Loj.: regularmente constituída, não podendo revelá-los a prof.: nem mesmo a MMaç.: irregulares, e de nunca os escre­ver, gravar, bordar ou imprimir, ou empregar outro qualquer meio idêntico, pelo qual possam ser conhecidos; de cumprir todos os deveres impostos pela Maçon.: com minha pessoa e bens: de res­peitar as mulheres, filhas, mães ou irmãs de Maçons; de reconhe­cer como de fato reconheço, por único chefe da Ordem, no Brasil, o Supr.: Cons.: do Gr.: Or.: brasileiro, ao qual guardarei inteira e fiel obediência, bem como aos Deleg.: e a todos os atos dele ema­nados direta ou indiretamente. Se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego para com Deus e desonra­do para com os homens. Amém. — Amém. — Amem".

2.4.2. Rito adoniramita

Neste rito, no momento em que o neófito vai prestar seu jura­mento, o Venerável brada: "Irmão sacrificador, apresente ao pro­fano a taça sagrada, tão fatal aos perjuros".
O neófito bebe um gole e o Venerável dita o seguinte jura­mento:
"Juro guardar o silêncio mais profundo sobre todas as provas a que for exposta minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres... consinto que a doçura desta bebida se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno".

2.4.3. Rito francês

Neste rito o neófito profere o seguinte juramento, de joelhos, por duas vezes:
"Juro e prometo sobre os estatutos gerais da Ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc, etc. Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas ao vento, e que a minha memória fique em execração entre todos os MM.: O Gr.: Arq.: do Univ.: me ajude!"


III. MAÇONARIA E RELIGIÃO

Muito se tem perguntado: Será a Maçonaria simplesmente uma associação beneficente formada por homens de bem, ou é ela mais uma religião disfarçada?

3.1. A Maçonaria é Religião

Que a Maçonaria é religião, dão provas os seus escritores e grandes mestres. Atente para as seguintes asseverações:
• "A Maçonaria não é, pois, uma simples instituição filantró­pica e social: é uma ciência, uma filosofia, um sistema moral, uma religião" (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, p. 25, A. Preuss).
• "Filha da ciência e mãe da caridade, fossem todas as institui­ções como tu, ó Santa Maçonaria, e os povos viveriam numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na Terra e Deus teria em cada homem um eleito" (A Maçonaria do Centenário 1822-1922, Antônio Giusti, p. 33).
• "A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religiosa. Os dogmas religiosos da Maçonaria são poucos, simples, porém funda­mentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente aberta ou encerrada sem oração" (The FreemasonsMonitor, I.S. Weed, p. 284).
• "A Maçonaria é a religião universal porque abrange todas as religiões e o será enquanto assim fizer. E por esta razão, unica­mente por ela, que é universal e eterna" (Antiga Maçonaria Místi­ca Oriental, p. 67).

3-2. Maçonaria e Salvação

O escritor maçom L.U. Santos, na sua obra intitulada Litera­tura Maçônica Contemporânea, edição de 1948, página 32, escreveu: "Somente a Maçonaria é capaz de redimir a humanidade, meus irmãos".
A salvação maçônica fundamenta-se na prática das boas obras que o homem possa praticar. Por isso a Maçonaria estimula os seus adeptos a progredir até atingirem um padrão moral tal que, ao morrerem, estejam em condição de habitar na glória.

IV. O CRENTE E A MAÇONARIA
Fazendo nossas as palavras de Jesus Cristo, o Mestre da Galiléia, quando disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21), queremos dizer que não nega­mos à Maçonaria os benefícios que tem proporcionado à humani­dade. Não podemos negar o que ela tem feito em benefício de nossa Pátria, e a contribuição que deu à nossa independência, à extinção da escravatura, à secularização dos cemitérios, à regula­mentação do casamento civil, à proclamação da República, ao ensino leigo e à separação entre igreja e Estado.
Em geral, os maçons são homens dotados das mais destacadas qualidades morais e sociais. São bons cidadãos e exemplares pais de família, porém, as boas qualidades de seus adeptos não fazem a Maçonaria uma instituição sagrada e intocável quando tem de ser analisada à luz da Bíblia Sagrada e da moral pregada e vivida por Jesus Cristo.
Apesar disto, surge a pergunta: O crente pode ser maçom? Certamente que não; e me permita dizer por que assim creio:

4.1. A Maçonaria é uma Instituição Paga

O ensino de que a Maçonaria se originou na construção do templo de Salomão é uma afirmação suspeita e sem fundamento. Por exemplo, o pastor presbiteriano e maçom Jorge Buarque Lira, em seu livro A Maçonaria e o Cristianismo, no qual defende elo­qüentemente a Maçonaria, diz que esta teve o seu início nas religi­ões místicas do Oriente (pp. 340,41). Albert Pike, outro conhecido escritor maçom, em seu livro Moral and Dogma of the Ancient and Accepted Scotüsh Rite, diz o seguinte:
"Embora a Maçonaria seja identificada com os mistérios anti­gos, o é somente em um sentido qualificado, isto é, que representa uma imagem imperfeita do seu brilho; são apenas ruínas da sua grandeza e de um sistema que tem experimentado alterações pro­gressivas, frutos dos eventos sociais, circunstâncias políticas e ambições imbélicas dos seus reformadores... A Maçonaria, a su­cessora dos mistérios, ainda segue a antiga maneira de ensino. Quem deseja ser um maçom dedicado não pode se contentar em ouvir somente, e nem tampouco em compreender as palestras; pre­cisa, ajudado por elas, estudar, interpretar e desenvolver estes sím­bolos por si mesmo."
Aqui está uma das maiores autoridades da Maçonaria afirman­do não somente o início da Maçonaria nas religiões místicas da antigüidade como também a continuação dos símbolos, ensinos e princípios de misticismo na Maçonaria hoje em dia.
Veja outro problema aqui existente. O templo de Salomão foi construído para defender o princípio de um Deus que exclui todos os outros. A leitura de 2 Crônicas deixa isto bem claro. O templo que Salomão construiu defendia a tese de um só Deus e um Deus específico, com um nome específico. E este Deus excluiu todos os outros deuses como falsos. Porém, no ritual do primeiro grau da Maçonaria, lemos o seguinte: "Como os maçons podem pertencer a qualquer religião, é de desejar que tenha sido uma das escrituras de cada fé, mas não se deve procurar impor qualquer interpretação particular do ritual a nenhum irmão da ordem".
O templo de Salomão determina: "Um só Deus, Jeová, e mais nenhum outro". O templo dos maçons determina: "Qualquer Deus, à sua escolha".

4.2. A Maçonaria é Religiosamente Sincretista

É muito comum se ler e ouvir, principalmente da parte dos crentes maçons ou simpatizantes com a Maçonaria, que a Maçonaria não é religião. Evidentemente, a afirmação de que a Maço­naria não é religião entra em choque com a asseveração da maio­ria esmagadora dos escritores maçons sobre o assunto.
Note, por exemplo: a Maçonaria tem templos (chamados "Lo­jas"), tem membros, tem doutrina, tem batismo, tem um deus (ou deuses) e ofícios sacramentais, cerimônias fúnebres, e tem reuni­ões. O que mais lhe falta para vir a ser religião? É curioso que um outro ramo de misticismo, o espiritismo, também alegue não ser religião, mas uma ciência. Entretanto, uma simples declaração não modifica fatos.
Analisar todos os elementos místicos da Maçonaria e ainda assim concluir que ela não é religião é comparável a analisar um animal com as seguintes características: tem rabo de porco, patas de porco, corpo de porco, focinho de porco, cheiro de porco, mas é uma girafa. Nada poderia ser mais absurdo.
Podemos gastar toda a nossa vida proclamando que maçã é tomate, contudo maçã continuará sendo maçã e tomate continuará sendo tomate. Uma simples conclusão, por espantosa e fantástica que possa parecer, não muda em nada a realidade dos fatos e a natureza das coisas.
O fato é simples: a Maçonaria, para muitos dos seus adeptos, é, em todos os sentidos, uma religião, mas não a religião centrali­zada em Jesus Cristo, embora incorporando alguns dos ensinos de Jesus nas suas doutrinas, como faz a maioria das religiões falsas. Jorge Buarque Lira, em sua defesa da Maçonaria, no seu livro A Maçonaria e o Cristianismo, não esconde o fato de que "o que a Maçonaria não admite é que as doutrinas de Cristo com referência à vida de além túmulo, bem como qualquer doutrina sobre esse assunto, sejam pregadas nos seus templos".
Cabe, pois, perguntar: Um templo onde é proibido falar sobre a ressurreição de Jesus Cristo, a ressurreição dos santos, a vida eterna, a esperança da glória vindoura, é um templo do Deus ver­dadeiro? É um lugar onde o verdadeiro crente se sinta bem, "em casa"? (Leia as seguintes referências bíblicas e tire suas próprias conclusões: 2 Jo vv. 7-11; Jd v. 4; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9; 2 Tm 4.3,4; 1 Tm 6.3-5.)

4.3. A Maçonaria Promove a Idolatria

A índole idolátrica da Maçonaria é mostrada no fato de ela admitir um tal de "São João da Escócia" ou "São João de Jerusa­lém" como patrono, e abrir os seus trabalhos em seu nome.
Atente para o que diz Jorge Buarque Lira sobre a importância desse "santo" para a Maçonaria: "O santo que a Maç.: adotou como patrono, não é São João Batista, nem São João Evangelista, pois nenhum deles tem relação alguma com a instituição filantrópica da Maç.: É de crer — e essa é a opinião dos irmãos mais filósofos e mais conhecedores — o verdadeiro patrono é São João Esmoler, filho do rei de Chipre, que, no tempo das Cruzadas, abandonou sua pátria, renunciou à esperança de ocupar um trono e foi a Jerusalém dar mais generosos socorros aos peregrinos e aos cavaleiros.
"João fundou um hospital, onde organizou uma instituição de irmãos que cuidassem dos doentes, dos cristãos feridos, e distri­buíssem socorros pecuniários aos viajantes que iam visitar o San­to Sepulcro.
"João, digno já, por suas virtudes, de ser o patrono de uma sociedade que tem por um dos seus fins a beneficência, expôs mil vezes a sua vida para fazer o bem. A peste, a guerra, o furor dos infiéis, nada, em uma palavra, o impedia de prosseguir nessa bri­lhante carreira; mas, no meio dos seus trabalhos, veio a morte cor­tar o fio de ouro de sua existência; contudo, o exemplo de suas virtudes ficou gravado indelevelmente na memória dos seus ir­mãos, que consideram dever imitá-lo.
"Roma o canonizou com o nome de S. João Esmoler ou S. João de Jerusalém, e os maçons — cujos templos ele tinha reedificado (depois de terem sido destruídos) — o escolheram unanimemente para seu protetor e inspirador" (A Maçonaria e o Cristianismo, p. 128).
Como é possível que um cristão se sinta bem num lugar, cujas cerimônias são iniciadas em nome de um "santo" qualquer, verda­deiro vilipendio e desrespeito ao mandamento de Deus, que diz: "Não terás outros deuses além de mim" (Êx 20.3)?

4.4. A Maçonaria Tem uma Visão Distorcida da História

Um dos argumentos usados mais comumente no esforço proselitizante da Maçonaria é o seguinte: "A Maçonaria tem influ­enciado decisivamente nos destinos do Brasil e do mundo". Qual a pessoa de bem que se atreveria a desconhecer isto? A Revolução Francesa foi, em grande parte, planejada e financiada pelos maçons das 600 lojas existentes na França, no final do século XVIII. Não podemos esquecer também que dois "maçons iluminados" pouco mais tarde iniciaram uma outra revolução que veio à tona em 1848, e continua tendo grande efeito no mundo até o dia de hoje. Seus nomes: Engels e Karl Marx, autores intelectuais do materialismo comunista.
Apesar de admitirmos a ação muitas vezes benéfica da Ma­çonaria, isto não se constitui, de forma alguma, em motivo para que um crente em Jesus Cristo seja membro de tal ordem. Deus freqüentemente tem usado indivíduos e organizações para a rea­lização dos seus planos no mundo: Ele usou o rei Assuero (um incrédulo) para livrar os judeus do extermínio. Deus usou Faraó e o governo do Egito para salvar Jacó, e seus descendentes da fome. Deus usou o rei Ciro, da Pérsia, para financiar a restaura­ção do templo de Deus, em Jerusalém. Deus usou o governo ro­mano para salvar a vida do apóstolo Paulo em várias ocasiões. Deus, afinal, controla tudo. Mas isto não implica que um filho de Deus deva tornar-se adepto de um movimento liderado por in­crédulos.
Em termos de ilustração, poderemos dizer que quase todos os regimes e filosofias do passado têm realizado alguma coisa boa.
Até o nazismo de Hitler desenvolveu um carro popular ao alcance do povo comum, o conhecido Fusca. Deste modo, qualquer pes­soa hoje pode dirigir um Volkswagen, sem ser um nazista. Os es­píritas mantêm muitos orfanatos para cuidar de crianças abando­nadas, isto é uma coisa muito boa, mas não é motivo suficiente­mente forte para eu me fazer um espírita.
Visto que a maioria dos maçons não é composta de crentes, bastam as ordens explícitas das Escrituras que dizem: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co 6.14,15).
Vale reafirmar o nosso reconhecimento do fato de que a Maçonaria, em várias ocasiões, defendeu missionários e pastores dos ataques do zelo cego do clero católico-romano no Brasil. É preci­so dizer, todavia, que o interesse da Maçonaria nisso não era tanto seu fervor evangelístico ou os ideais maçônicos, mas o fato de a Maçonaria e o protestantismo terem no Catolicismo um inimigo comum. Enquanto os primeiros missionários e pastores lutavam contra a superstição e as falsas doutrinas da Igreja Romana, a Maçonaria lutava contra a tirania do seu poder político. Desse modo, protestantismo e Maçonaria tiveram um inimigo em co­mum. Foi isto que uniu as duas forças.
Esse fenômeno se repete freqüentemente na história. Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, uma potência ca­pitalista, era um aliado da Rússia comunista, contra um inimigo comum — o nazismo de Adolf Hitler. Mas isto não significou em nenhum instante que os Estados Unidos capitularam a favor do comunismo.

V. NÃO! À MAÇONARIA

Se podemos crer na afirmação de Jesus de que ninguém pode servir a dois senhores, sem devotar mais atenção a um do que ao outro, haveremos de concordar com a impossibilidade de o crente ser fiel a Deus e à sua Igreja, e à sua Loja maçônica ao mesmo tempo.
Contra o envolvimento do crente com a Maçonaria, levantam-se vozes as mais respeitáveis no seio da Igreja de Cristo, dentre os quais se destacam pastores, teólogos e mestres.

5.1. Dwight L. Moody

Moody, fundador da Church Moody, do Instituto Bíblico Moody e das Escolas Northfield, o mais famoso evangelista do seu século, com base em 2 Coríntios 6.14: "Não vos ponhais de­baixo de um jugo desigual com os incrédulos", disse o seguinte sobre o envolvimento do crente com a Maçonaria:
"Deveis abandonar as sociedades secretas, se quiserdes obe­decer a este versículo. Crentes e incrédulos se confundem ali; por­tanto os cristãos ficam debaixo de um jugo desigual...
"Não posso compreender como um cristão, e acima de tudo um ministro do Evangelho, pode assentar-se nessas sociedades secretas com os incrédulos. Os que assim procedem afirmam que o fazem para exercer influência em favor do bem; afirmo, po­rém, que poderiam exercer melhor influência em favor do bem, permanecendo fora delas e reprovando as suas más ações. Abraão teve mais influência para beneficiar Sodoma do que Ló. Se 25 cristãos se reúnem numa loja com 50 não-cristãos, estes poderão votar algo que lhes agrade e os 25 cristãos serão participantes dos seus pecados. Estão debaixo de um jugo desigual com os incrédulos...
"Abandonai a Maçonaria. E melhor um com Deus que mil sem Ele. Devemos andar com Deus; e se somente um ou dois nos acompanharem, tudo está bem. Não deixemos cair o pendão real para agradar a homens que amam as suas lojas secretas, ou que, tendo pecados prediletos, não os querem abandonar".

5-2. J. H. Harwood

Interpretando Salmo 1.1, Harwood desaconselha o envolvimento do cristão com a Maçonaria, nos seguintes termos:
"Sou e sempre fui contrário às sociedades secretas... Ao iniciar a luta pela vida, vendo a espécie de homens que pertenciam às soci­edades secretas existentes, e as suas disparatadas parvoíces em reu­niões públicas, e a qualidade moral dos homens que eram os seus guias religiosos, e ouvindo as suas opiniões sobre religião, sobre a Igreja de nosso Senhor e as suas reivindicações tolas — pois colo­cam as suas instituições ao lado, ou acima, da Igreja de Cristo —, eu percebi que a sua influência era positivamente má, e essencialmente contrária à verdadeira vida religiosa ou à experiência religiosa...
"Não pude ver nenhuma vantagem que não fosse igualada ou sobrepujada na Igreja de Cristo, ou no lar... As sociedades secretas são essencialmente egoístas, limitando os seus atos beneficentes aos sócios e às suas respectivas famílias, enquanto Cristo e sua Igreja procuravam praticar o bem diretamente a todos, sem fazer distinção...
Não há lugar para a Loja ou para a sociedade secreta e privati­va na economia que Jesus Cristo implantou".

5.3. W. J. Erdman

Erdman, famoso expositor da Bíblia, disse categoricamente: "Um cristão não pode pertencer a uma sociedade secreta, à qual se liga por juramento, e ser fiel à Igreja de Cristo, porque passará a ter íntima comunhão com homens, muitos dos quais não são regenerados e rejeitam a Cristo como Senhor e Salvador.
Tais sociedades criam relações artificiais e fictícias inteira­mente estranhas ao Cristianismo, e são exóticas, quando observa­das de um ponto de vista humanitário".

5.4. R. A. TORREY

Indagado se "Deve um cristão continuar como membro de uma organização secreta?", respondeu o doutor Torrey, escritor e evangelista mundialmente famoso:
"Não. Não compreendo como um cristão que estuda inteli­gentemente a Bíblia, assim proceda. A Palavra de Deus diz cla­ramente em 2 Coríntios 6.14: 'Não vos ponhais debaixo de um jugo desigual com os incrédulos, pois que sociedade pode haver entre a justiça e a injustiça, ou que comunhão tem a luz com as trevas?'
"Todas as sociedades secretas, de que tenho tido conhecimen­to, são constituídas, em parte pelo menos, de incrédulos, isto é, de pessoas que não aceitaram a Jesus Cristo e nem entregaram a sua vontade a Deus. A luz deste mandamento expresso na Palavra de Deus, não percebo como um cristão continue como membro de­las. Não estou afirmando que não haja cristãos entre os maçons; conheço muitos cristãos excelentes que foram membros de socie­dades secretas; mas como puderam eles conciliar os dois interes­ses é que eu não posso entender. Muitos continuaram como mem­bros da Maçonaria e de ordens similares, simplesmente porque não estavam familiarizados com os ensinos da Palavra de Deus sobre o assunto.
"Além disso, as Sagradas Escrituras são mutiladas no ritual maçônico, em algumas sociedades secretas. O nome de Jesus Cristo é omitido nas passagens em que ocorre, a fim de não melindrar os judeus e os incrédulos. Como um cristão pode ser membro de uma sociedade, que manuseia fraudulentamente a Palavra de Deus, e acima de tudo, omite o nome de seu Senhor e Mestre, eu não pos­so compreender.
"Ainda mais, juramentos, de caráter horrível, são exigidos em algumas lojas, e há cerimônias que são simplesmente caricaturas das verdades bíblicas, como por exemplo a cena de uma simulada ressurreição".


5.5. Charles Herald

Charles Herald, por muitos anos pastor de uma Igreja Congregacional no Brooklin, Nova Iorque, disse o seguinte sobre a cumplicidade de alguns cristãos com a Maçonaria:
"É difícil criticar os melhores amigos e muitos dos meus per­tencem a Sociedades Secretas. Embora não seja meu desejo julgá-los, considero-os como homens desviados. Posso apenas falar so­bre a minha experiência atual com respeito a estas sociedades se­cretas.
"Em primeiro lugar, vi uma igreja inteiramente arruinada em sua espiritualidade e em seu eficiente serviço cristão, porque o seu conselho se compunha principalmente de maçons e de homens pertencentes a outras ordens secretas.
"Em segundo lugar, vi crentes, às dezenas, tornarem-se mun­danos e abandonarem a igreja, quando começaram a freqüentar regularmente as reuniões da Loja.
"Em terceiro lugar, eu ouvi dos lábios de dezenas mais, que a religião da Loja era suficientemente boa para eles. A Bíblia, como plano divino de salvação, é rejeitada e substituída pelo cartaz — "Nova Religião".

5.6. C. A. Blanchard

O doutor Blanchard foi um respeitado mestre cristão. Sobre a Maçonaria face à Igreja de Cristo, disse ele certa ocasião:
"Há três grandes inimigos da Igreja de Jesus Cristo neste mun­do: o dragão, a besta e o falso profeta. O dragão é a velha serpente, o demônio; é Satanás. É também chamado o destruidor e o acusa­dor. A besta, autoridade ímpia. Em Daniel e Apocalipse são feitas várias referências que justificam esta interpretação. Os estandar­tes nas nações nunca trazem figuras de aves ou animais domésti­cos, mas sempre representações de aves e animais de rapina. O falso profeta representa a religião sem Cristo. E uma personifica­ção de todos aqueles sistemas de fé e prática, que têm ensinado que o homem pode justificar-se pelos seus próprios esforços. O seu característico distintivo é professar a Deus e ter esperança numa imortalidade abençoada, sem necessidade de arrependimento ou de sacrifício vicário.
"A Bíblia mostra a relação que estes três inimigos da Igreja mantêm entre si e a Igreja. O dragão anima a besta e o falso profe­ta, e a besta carrega a prostituta e a mãe das prostitutas, isto é, os sistemas religiosos não-cristãos do mundo. O falso profeta guia a besta; Satanás, as nações ímpias, e os sistemas religiosos não-cris­tãos procuram juntamente a destruição das almas, o aniquilamen-to da Igreja Cristã, tornando impossível o estabelecimento perma­nente do Reino de Deus.
"As associações secretas, nos nossos dias, são as representa­ções mais típicas destes três adversários que o mundo já conhe­ceu. São despóticas e assassinas na sua atitude governamental; e, no seu caráter religioso, são anticristãs, falsas e hipócritas.
"Estou cada vez mais crente de que o Anticristo da Grande Tribulação será escolhido pelas lojas secretas do mundo. Não é preciso argumento para demonstrar qual a atitude que as organiza­ções cristãs devem ter para com estes seres monstruosos."

5.7. James M. Gray

O reverendo Grey foi por muitos anos pastor da Igreja Moody, Deão do Instituto Bíblico Moody, escritor e teólogo de grande reputação. Sobre o tema: "A Loja - Uma Contrafação Espiritual", disse o seguinte:
"Há mais de 1.200 anos, Satanás tem tido uma igreja falsificada na Terra e somente bem poucos são capazes de distinguir os traços característicos da prostituta, dos traços da Esposa do Cordeiro. O espiritualismo, com as suas doutrinas diabólicas, os seus templos, os seus oráculos, e com os seus fenômenos misteriosos; o racionalismo, com a sua deificação dos poderes humanos, e a subs­tituição da vida espiritual pelo intelectualismo; o romanismo, com a sua invocação de santos, a sua adoração de relíquias, os seus altares, a sua casta sacerdotal e tradições; todos estes são religiões falsas, que o príncipe das trevas faz circular no mundo como moe­das legítimas.
"Faremos a devida distinção a quem se opuser à classifica­ção do sistema maçônico nesta categoria. Notamos o caráter be­nevolente do sistema, a moralidade dos seus ensinos, e a boa reputação de que gozam muitos dos seus membros. Sem estas coisas, a Maçonaria não podia ser classificada como impostora. Elas são o sine qua non para a sua circulação e o arqui-impostor é muito hábil para negligenciá-las. Mas, por outro lado, o sistema das ordens secretas, pelo menos a Maçonaria, tem a sua origem numa fonte paga, pois os seus símbolos, ritos e regras são os mesmos dos antigos mistérios do paganismo. Não adora o Deus das Escrituras, mas, sim, um 'ideal' da sua própria concepção. A Maçonaria tem os seus batismos e o seu novo nascimento, as suas orações e cerimônias, os seus castigos e recompensas. Os homens proclamam-na 'como uma igreja toda suficiente' para eles. Os cristãos maçônicos preferem as suas assembléias às reu­niões de oração. As suas reivindicações são absurdas, quando não blasfemas; os seus métodos, em certos casos são fraudulen­tos e os seus ensinamentos heréticos. As características essenci­ais de todos os outros impostores encontram-se no sistema ma­çônico, e, embora isto não seja remate de todos eles, contudo é tão perigoso como qualquer deles em sua tendência para roubar dos homens a sua herança clara e satisfatória, em Cristo, o seu único Salvador...
"Este testemunho não é escrito como remédio, mas como pre­ventivo. Espero que ele possa despertar os crentes moços, levan­do-os a investigar o sistema maçônico sob o ponto de vista bíblico e espiritual, antes de se tornarem corrompidos e confundidos por essa sociedade.
"Jesus Cristo disse: 'Se alguém me segue, meu Pai o honrará'. E difícil servir a Cristo em um sistema que proíbe pronunciar o seu nome na oração. Como consideramos a 'honra que vem so­mente de Deus', separamo-nos de tudo o que oculta o genuíno e agradável serviço de Jesus Cristo".

5.8. O Salmista Davi

"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conse­lho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de água, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer pros­perará. Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos; porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios con­duz à ruína" (SI 1).


9

Voz da Verdade



Por que o Voz da Verdade é uma seita?

A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse grupo religioso ficou conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de mesmo nome. O Pastor e vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus shows, um CD cujo título é O Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor faz apologia das doutrinas unicistas, que sustenta haver uma única pessoa que se manifestou ora como Pai, ora como o Filho e como Espírito Santo cujo nome seria Jesus. Prega ainda o batismo somente em nome de Jesus.
Toda a problemática da Igreja Evangélica Voz da Verdade com as igrejas cristãs evangélicas (doravante se chamará IEVV para evitar repetição da mesma frase) está focada na sua oposição a Doutrina Trinitariana (1). Veja a confusão provocada pelo conjunto musical deles em um evento gospel Portanto, é preciso dizer em bom tom aqui que a IEVV é uma seita, por causa de sua posição sectarista de apontar que sua doutrina unicista é a verdade e a doutrina trinitariana é a mentira, enquanto que as declarações da igreja cristã desde o seu início de liberdade de culto é a Trindade que é verdadeira, e o unitarismo e unicismo foram amplamente refutados, e os pais intelectuais destas heresias (bispos: Ário e Sabélio) foram afastados da igreja cristã como hereges. Os credos primitivos da igreja cristã: Apostólico (2), Niceno (3) e Atanasiano (4), falam sobre a Trindade. Vejamos só um trecho de um dos credos citados acima: “... E a fé cristã consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e sem dividir a substância. Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; Mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”. (Atanasiano). Os credos dos reformadores da igreja cristã falam: “25. Por que você fala de três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, visto que há um só Deus? R. Porque Deus se revelou, em sua Palavra, de tal maneira que estas três Pessoas distintas são o único, verdadeiro e eterno Deus.” (Catecismo de Heidelberg) (5). “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas prioridades pessoais”. (Catecismo Maior de Westminster) .

Temos também a definição doutrinária do Instituto Cristão de Pesquisas, que diz: “Há um só Deus eterno, poderoso e perfeito, distinto em sua trindade: Pai, Filho e Espírito Santo”.

E ainda, do meio do movimento pentecostal se diz: “Creio em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Igrejas Assembleias de Deus).

Mesmo diante de toda a unanimidade da Igreja de Cristo. O material intitulado “Instrução Inicial Pró-batismo”, produzido pela IEVV, assim declara: “Quando a Bíblia se refere a Deus, está falando no Espírito Santo que é o Pai, Criador e Senhor de todas as Coisas. Jesus tanto é o Pai, como é o Filho... Jesus pode ser Pai e também o Filho? É muito lógico que sim, pois ele é Deus”. Em outra parte dizem: “Qual é o significado da palavra trindade? Teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de Satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade”. O conjunto musical “Voz da Verdade”, que muitos evangélicos incautos e pastores desinformados escutam, fizeram um oposição à doutrina da trindade em um CD. O conteúdo deste CD você pode ouvir no link a seguir, onde começam com a canção "Imagem de Deus", e entre ataques diretos a doutrina Trinitariana, colocam mais duas canções: "Tu Me Amas?" e "Deus Conosco". Os títulos dos assuntos abordados no CD são: "O mistério de Deus: Cristo", "O que Deus diz de si mesmo?", "Quem é Jesus?" e "O batismo das águas". 

CD Voz da Verdade


O Instituto Cristão de Pesquisas – ICP, já havia dado um alerta sobre o assunto na revista Defesa da Fé, Portanto, para que a pergunta apresentada em nosso título, e já respondida aqui, seja comprovada, precisamos ir para a Bíblia Sagrada. Que é a autoridade final em matéria de religião, fé e doutrina para que venhamos a compreender que as afirmações da IEVV são mentirosas e que o ensinamento unicista é que uma mentira.

Vamos por temas:


A EXISTÊNCIA DA TRINDADE NAS ESCRITURAS

No livro de Gênesis em seu primeiro capítulo já nos deparamos com a doutrina: “... disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (v.26). Quem poderia participar da obra da criação se não apenas Deus? Em Is.44.24 diz: “...Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra...” Entretanto, este “Deus” fala usando às palavras “façamos” e “nossa”. Isso prova que Deus não é uma única pessoa. Sabemos que Ele é um ser pessoal, mas precisamos perceber que Ele existe em três pessoas. O mesmo ocorre em Gn.3.22 e 11.7: “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós...” e “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro...”


A SUA IDENTIFICAÇÃO NA LÍNGUA HEBRAICA

No hebraico, a língua escrita do Antigo Testamento, faz o uso da palavra “echad” para definir um tipo de unidade, a unidade “composta”. O léxico de Strong a define como: "um (número), cada, cada um, um certo, um (artigo indefinido), somente, uma vez, uma vez por todas, um... outro, aquele... outro, um depois do outro, um por um, primeiro, onze, décimo primeiro". Bem como faz uso da palavra “yachiyd” para definir outro tipo de unidade, a unidade “absoluta”. Seu significado é bem mais relacionado a esse tipo de unidade, o léxico de Strongs define esta palavra como “só”, “só um”, “solitário”, “sozinho”, “único”. Ambas as palavras são traduzidas para o nosso idioma como “um” (artigo indefinido), “um” (número) e “único”.

Quando as Escrituras querem definir uma unidade “absoluta” geralmente ela usa a palavra “yachiyd”. Por isso são traduzidas para o nosso idioma como “único”, temos exemplos claros: “Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único [yachiyd] diante de minha mãe”. (Pv.4.3). “Ó filha do meu povo, cinge-te de cilício e revolve-te na cinza; pranteia como por filho único [yachiyd], pranto de amarguras; porque, de súbito, virá o destruidor sobre nós”. (Jr.6.26).

Quando as Escrituras querem definir uma unidade “composta” geralmente ela usa a palavra “echad”. Por isso são traduzidas para o nosso idioma mais como “um”. Exemplos: “... Eis que o povo é um [echad]...”. (Gn.11.6). “As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um [echad] só”. (Gn.41.26). E outras vezes traduzidas por “um” quando em seu contexto usa uma expressão numérica, temos como exemplo: “A Héber nasceram dois filhos: um [echad] teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã”. (Gn.10.25). Raras vezes é traduzida para “único”. Isso pode ocorrer quando o seu contexto favorece a uma unidade “composta”, temos como exemplo: “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único [echad] a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus”. (1Cr.1.29).

Agora veja bem, o texto de Dt.6.4: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único [echad] SENHOR”. Ao invés de usar a palavra hebraica “yachiyd” (unidade absoluta: só, solitário, só um), no texto hebraico se usa “echad” (unidade composta). Então temos que ponderar, se geralmente se usa o termo hebraico “echad” para unidade “composta”, outras vezes para uma expressão numérica e raras vezes se traduz para “único” quando o seu contexto favoreça a uma unidade “composta”. Então podemos tirar duas interpretações deste texto e só uma é a verdadeira:

a) Ou a Bíblia está afirmando que Deus é o único SENHOR que governa como Pai, Filho e Espírito Santo;

b) Ou a Bíblia está afirmando que Deus é único SENHOR de uma série de outros que existem.

O item “a” é mais provável, por ser Moisés, autor do texto, de crença “monoteísta” (7): “Sistema ou doutrina daqueles que admitem a existência de um único Deus”. (léxico eletrônico Aurélio XXI). Porém o item “b”, remota a uma antiga visão conhecida como “henoteísmo”: “... forma de religião em que se cultua um só Deus sem que se exclua a existência de outros”. (idem) (8). Esta forma de religião foi muito combatida por Isaías: “... diz o SENHOR... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. (43.10) “Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus...”. (45.5). “Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”. (45.6). “Só contigo está Deus, e não há outro que seja Deus”. (45.14). “Eu sou o SENHOR, e não há outro”. (45.18). “Pois não há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim”. (45.21). “... porque eu sou Deus, e não há outro”. (45.22).

Notem que na versão grega do AT, a Septuaginta (LXX), o texto de Moisés supracitado não se coloca a palavra grega mais definitiva de unidade absoluta que é “monos”, que significa: “sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente”. (léxico de Strong). E nem o NT, que recita o mesmo, não o faz. Ambos os textos usam “eis” (um). É só conferir Marcos 12.29 no texto grego e Deuteronômio 6.4 na LXX. O que mostra que a palavra hebraica “yachiyd” tem mesmo uma inclinação para a unidade absoluta, enquanto que “echad” não tem a mesma força, pois em vários casos, representa uma unidade composta.

Portanto, podemos dizer que a palavra “trindade” se identifica nos manuscritos do AT no termo hebraico “echad” quando ela expressa uma unidade composta. Definindo bem a palavra trindade: Deus é um, composto de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

A EXISTÊNCIA DAS TRÊS PESSOAS NA BÍBLIA


Em João 1.1 vemos que o Filho (o verbo) estava com o Pai (Deus). Estar com alguém, implica dizer que temos duas pessoas estando no mesmo lugar, uma em companhia da outra. Em João 8.16-18 vemos Jesus claramente afirmar que não está sozinho e apela para a Lei com o testemunho de duas pessoas. Em João 14.26, também 15.26 e Mateus 3.16,17, têm claramente a presença de três pessoas em cena. Em 2Jo.3 mais uma vez, distingue-se o Pai do Filho.

Vejamos na Bíblia o uso do pronome pessoal “ele”, empregado tanto para Jesus como para o Espírito Santo:

(A) “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás... Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”.(Dt.18.15,18,19 o grifo é meu).

(B) “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade... Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. (Jo.16.8,13,14 o grifo é meu).

A CONFUSÃO DA VOZ DA “VERDADE”

A IEVV faz uma confusão com a palavra “Deus”. Eles confundem que só pelo fato de Jesus ser chamado de “Deus” em algum texto das Escrituras é porque ele era compreendido como o “Pai” por seus escritores, o que não é verdade. Outra confusão é pensar que declarações bíblicas que fazem apologia ao monoteísmo (9) sejam refutações da existência de três pessoas na divindade e apoio ao “unicismo”, o que também não é verdade. E uma outra confusão que fazem é pensar que pelo fato de Deus ser um ser pessoal significa dizer que ele seja uma só pessoa. Vamos desfazer essa confusão que a IEVV faz:

1) Sobre a palavra “Deus”

Essa palavra, presente nos originais como “elohiym” e “theos”, não apoia o “unicismo” (10) como pensam. A palavra “Deus” sofre muito os efeitos de polissemia (11). E ainda, é uma palavra que está no plural na língua hebraica. Precisamos do contexto para saber a quem se refere o texto bíblico. Essa palavra pode se referir a: deuses, deusas, governantes, seres divinos, anjos e ao Deus verdadeiro. Para facilitar o entendimento dos leitores, os tradutores colocaram um “d” minúsculo para os demais versos que não se tratam do “Deus verdadeiro”. Por exemplo:

“Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2Co.4.4).

“Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer grande sacrifício a seu deus Dagom e para se alegrarem; e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso inimigo”. (Jz.16.23).

“Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo”. (Sl.82.6).

Já a palavra “Deus”, no significado de “Deus verdadeiro”, pode se referir tanto ao Pai, como ao Filho, como ao Espírito Santo ou as três pessoas de uma vez. O contexto é que vai designar qual é a situação. Vejamos algumas ocorrências nas Escrituras:

Mateus 1.23: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho;

Mateus 6.8: “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;
Marcos 10.6 “porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher”. Neste caso, sabemos que a palavra “Deus” refere-se as três pessoas da trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pois vemos em Gn.1.26 que a pessoa do Pai não estava sozinho. Deus disse “façamos”. E realmente o Espírito Santo (Jó 33.4) e o Filho participaram (Jo.1.3);

João 1.1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai, quando afirma que “o Verbo estava com Deus”; e dirige-se ao Filho quando afirma que “o Verbo era Deus”. João não estava afirmando aqui que Jesus era o Pai, mais que Ele era Deus. Pois a expressão “estava com” presente na sentença impõe a existência de duas pessoas: Deus (o Pai) e o Verbo (o Filho). Um em “companhia” de outro.

Atos 5.4: “Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Espírito Santo. No verso 3 percebemos que a mentira foi cometida contra a pessoa do Espírito Santo: “... para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?”.

Apocalipse 1.8: “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”. Nesta passagem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho. Pois vemos que o “Alfa e Omega”, no contexto do livro de apocalipse é Jesus, Ele diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim”. (idem 22.13) Sabemos que é Ele porque adiante diz: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas...” (idem 22.16) a primeira pessoa no singular que continua falando é identificada como “Jesus”.

2Coríntios 13.13: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;

1João 5.20: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. Nesta passagem na primeira parte a palavra “Deus” refere-se ao Pai, já na segunda parte ao Filho. Por causa do adjetivo “verdadeiro”, que está sendo claramente direcionado a Cristo;

João 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;

João 15.5: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Pai;

Tito 2.13: “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Nesta passem, a palavra “Deus” dirige-se ao Filho;


2) Sobre o monoteísmo

Quando a Bíblia diz: “Porquanto há um só Deus...” (1Tm.2.5); “... ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2Tm.1.17); “Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Is.45.6). Os seus autores não estão afirmando que Deus venha ser uma única pessoa, mas um único Deus ou uma única divindade. Isso se vê frequentemente no texto sagrado devido tamanha quantidade de deuses que os povos adoravam. O “politeísmo” era uma prática muito comum na época. E os servos e profetas do Senhor escreviam contestando essa visão deturpada de Deus. Em momento algum eles estavam fazendo contestação à existência de três pessoas na divindade.


3) Sobre Deus ser um ser pessoal

Quando a Bíblia revela a personalidade de Deus (Is.63.10; Sl.100.5; 103.8; Ef.4.30), o seu texto não está afirmando que Deus seja uma única pessoa. Mas está mostrando que Deus não é uma força, uma coisa ou algo que se confunde com o universo. Por isso, a teologia cristã discorda de uma visão que despersonaliza Deus, como faz o “panteísmo”(12). Diante disso é muito espontâneo falarmos ou escrevermos: “Deus é uma pessoa”. Mas na verdade estamos dizendo que “Deus é um ser pessoal” e não negando as três pessoas da divindade.

Portanto, diante dessas confusões que a IEVV faz é bom lembrar: “... Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”. (1Co.14.33).

TRÊS “FORMAS” OU “PESSOAS”?

A IEVV insiste em afirmar que Deus é uma única pessoa. E para que esse pensamento não venha discordar das Escrituras, toda passagem bíblica que distingue a pessoa do Pai da do Filho ou do Espírito com a do Filho, e vice-versa, eles dizem que são “formas” que esse único ser pessoal tomou. Para você entender bem esse pensamento, seria como se Deus fosse um ator de filme que faz três papéis. Este raciocínio seria bem prático e simples, mas não seria verdadeiro. Pois seriam mentirosas as narrativas contidas na Bíblia Sagrada que falam sobre Deus Pai, Filho e Espírito Santo, uma vez que supostamente se tratam de uma mesma pessoa. Vejamos algumas:

a) A Bíblia diz que o Pai enviou Jesus ao mundo para salvar o homem (Jo.3.16). Essa afirmação não seria verdadeira. Pois, supostamente, tanto quem enviou quanto quem foi enviado é uma única pessoa.

b) Em Mateus 3.16,17 diz: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Veja bem, Jesus estava no rio, logo aparece outro ser intitulado “Espírito Santo” tomando uma forma de pomba, e depois se ouve uma voz dos céus chamando Jesus de filho, onde se conclui que seja o Pai. Ora, se não são três pessoas no texto, a narrativa bíblica se torna mentirosa. Ou no mínimo, deixa de ser uma narrativa do evangelho e passa a ser uma alegoria.

c) Lucas diz que Jesus entregou o seu espírito ao Pai (Lc.23.46). Isso foi uma narrativa de Lucas ou uma alegoria?

d) A promessa de Jesus em João 14.16: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”. Essa promessa foi plenamente verdadeira? Se Deus é uma única pessoa Jesus não mentiu aqui? Ele garante que diz a verdade: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei”. (Jo.16.7). Que diz a verdade? João ou a IEVV?

e) Em Hebreus 9.14 diz: “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”. Segundo esse texto, Jesus ofereceu a oferta do pecado a quem? Como um único ser oferece para ele mesmo o preço do pecado? Se não há três pessoas aqui no texto, então a obra da salvação não é uma “história”, mas um “mito”. Veja também Ef.5.2. Ora, os sacrifícios são dados a Deus: Hb.11.4; 11.17; Êx.29.14,18; 20.26,27; etc.

f) “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20.17). “À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). Ora, não tem como Jesus ser Deus dele mesmo.


O QUE SERÁ DAS NARRATIVAS DOS EVANGELHOS?

É isso mesmo! Esta pergunta não nos compete responder, é da praia dos líderes da IEVV e de todas as outras seitas motivadas pelo unicismo. Ora, o que é uma “narrativa”? O dicionário responde: “maneira de narrar”. Onde “narrar” significa “expor minuciosamente”. Imagine um narrador de futebol, quando ele diz que “a bola bateu na trave” ele não estar fazendo uma alegoria, ele estar contando um fato que aconteceu. Agora lembre-si das narrativas dos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando eles “narram” Jesus falando com o Pai (Mt.26.39; Mc.14.36; Lc.23.34; Jo.17.4-6; etc.). Se não existe a outra pessoa para quem Jesus está falando, então os autores dos evangelhos fizeram alegoria e não uma narrativa. Assim, teríamos que classificar os evangelhos entre os livros poéticos também. Lembro a todos que essa arbitrariedade de interpretar como “alegoria” trechos dos evangelhos abre precedentes para duvidarmos da veracidade dos fatos de todo o contexto.

DOUTRINA UNICISTA, BATISMO UNICISTA
Ora, como negam a Trindade, obviamente eles discordam da fórmula batismal usada pelas igrejas evangélicas, que batizam em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Veja o que eles dizem sobre esse tipo de batismo na “Instrução Inicial Pró-batismo”, preparada pelo Pr. Francisco F. Santos – Rio, 06/06/85: “1) Aos que são batizados nas igrejas cujo batismo é na tradição dos títulos, esses batismos são considerados válidos? Resposta: São considerados com valor religioso, mas não têm valor bíblico algum (Ef.4.5), pois é um tipo de batismo forjado pelo homem”.

Porém essa fórmula foi declarada por Jesus em Mateus 28.19: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Jesus ordenou que seus discípulos batizassem os novos discípulos “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Ou seja, na autoridade das três pessoas e não nos três “títulos”. Ainda, equivocadamente, citam a passagem de Atos 2.38, onde Pedro diz: “... Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo...” para sofismar que Pedro era unicista ou que a Igreja Primitiva foi unicista ou que a Bíblia seja unicista. Porém, se respeitarmos um princípio universal de interpretação bíblica que diz ser “a Bíblia a melhor intérprete de si mesma”, poderemos entender o texto. Assim, vejamos o que a Bíblia diz: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Colossenses 3.17). Pedro batizava os novos discípulos “em nome de Jesus” não porque essa é a “forma certa de batizar”, mas que tudo o que iria fazer na vida, ele fazia em nome de Jesus. Mas, quando fosse celebrar o batismo evidentemente usaria a fórmula ordenada por seu Senhor: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Pedro sabia muito bem que ter Jesus como Senhor implicava em obedecer-lho: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc.6.46).

Todas as liturgias cristãs são feitas com base em Colossenses 3.17. No entanto, cada uma tem a sua forma e jeito de ser celebrada. Seja casamento, funeral, ordenação (At.6.6), bênção apostólica (2Co.13.13), etc.

Escândalos


Para refrescar um pouco a memória dos que acreditam que o conjunto tem algum compromisso com as igrejas evangélicas, vejamos a seguinte linha cronológica de escândalos envolvendo A Voz da Verdade.



a. No dia 11 de maio de 1993, o CLC (Centro de Literatura Cristã) enviou uma carta para o Ministério Voz da Verdade suspendendo a distribuição do seu material, até que o referido explicasse a possível evidência de louvores a deuses estranhos. A resposta foi dada pelo pastor da Voz da Verdade cinco dias depois dizendo que não precisava do CLC e que seria um favor o CLC não adquirir seu material: "Não precisamos do Centro de Literatura Cristã; vocês e nada são a mesma coisa!". [3]


b. Inconformado com as verdades reveladas na lição 5 da revista da Escola Dominical, intitulada "Seitas Modalistas", do segundo trimestre de 1997, em que o pastor Esequias Soares da Silva menciona o conjunto Voz da Verdade com sua igreja na lista das seitas unicistas, o pastor Freud Moisés telefonou para o pastor Esequias ameaçando levar o caso aos tribunais. Após isso, o conjunto resolveu produzir um CD, distribuído gratuitamente para os crentes, com três estudos bíblicos defendendo o unicismo. [4]

c. Um certo jornal de Bauru, edição de julho de 1999, pág. 10 publicou a seguinte manchete: “Voz da Verdade diz que não é seita”. Tratava-se da apresentação do conjunto por ocasião do lançamento do seu CD – “Quando Deus se cala”. Estiveram presentes, segundo o jornal, cerca de 1500 pessoas, que pagaram de R$ 8,00 a R$ 10,00 pelo ingresso. O gasto total foi de R$ 12.000,00 e só o Voz da Verdade cobrou R$ 4,5 mil livre. Na entrevista concedida por um dos integrantes da banda, afirmou ele: “Atualmente o grupo Voz da Verdade tem sido perseguido por um fantasma: o boato de serem uma seita que prega heresias. Comentários, no mínimo, maldosos sendo que até agora ninguém provou que isso seria verdade. [5]

d. Nenhum outro escândalo teve maior repercussão do que o ocorrido em maio de 2001. Por ocasião do Fest-Gospel 2001, o pastor Carlos A. Moisés desafiou os pastores presentes a provarem que Deus tem sócio. Argumentou que quem acredita na doutrina da Trindade acredita nos ensinos pregados pelo Papa. Questionados pelo CACP via e-mail, o Pr. Carlos A. Moisés enviou a seguinte resposta: "Primeiramente, eu gostaria de lhe informar que quem vos escreve é o mesmo que estava gritando no palco em São José do Rio Preto. Em segundo lugar, não estou nem um pouco preocupado... você e nada pra mim é igual a NADA. Alguém, como você, que nega o nome de JESUS não é merecedor de minha apreciação. Se a tua igreja não cantar, MILHÕES de igrejas cantarão por todo o Brasil, por isso você não faz DIFERENÇA. O dia que você conseguir fazer com que as igrejas de todo o país parem de cantar nossos hinos, aí você será um vencedor”.
Esse é o conjunto que o pastor Samuel Ferreira diz tanto gostar. Rasgue então sua Bíblia e entre para as fileiras unicistas, ou então testemunhe firmemente sua crença. Como diz o professor Esequias: a doutrina da Trindade é uma questão de vida ou morte. Infelizmente poucos líderes parecem levar isso a sério, abrindo suas portas e permitindo que o conjunto faça de suas ovelhas consumidores de suas músicas e CDs, além de embutir em sua mente a crença em um deus que se manifesta ao homem através de máscaras ou manifestações.


CONCLUSÃO

“Seita é um grupo de indivíduos motivados por uma heresia. E heresia é tudo aquilo que em matéria de fé, sustenta opiniões contrárias, excedentes e deturpadas da Palavra de Deus”. Portanto, pregar contra a doutrina da Trindade não é se opor simplesmente a um credo denominacional. Mas, é se opor a Bíblia Sagrada. O unicismo é uma heresia. E a IEVV é um grupo motivado por essa heresia unicista.

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Seicho-no-iê: A Seita Otimista do Oriente



O movimento Seicho-No-Ie foi iniciado por Masaharu Taniguchi, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez. Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e do homem. Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade. Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito
tornou-se fundamental no Seicho-No-Ie. Um retrospecto da vida de Taniguchi Dezembro de 1922: Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem, intitulada: “Para a Santidade”. Estabeleceu os fundamentos de sua filosofia: a "Teologia do movimento Seicho-no-iê". Em 1923
escreveu o livro “Crítica a Deus”, tendo Judas, o traidor, como herói. Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do Tariki (salvação pela fé). Assim leu psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã. Recebeu a “revelação divina” (shinsa): "Não existe matéria, mas existe a realidade"(jissô) - ensino básico do Seicho-no-iê. "Você é realidade, você é Buda, você é Cristo, você é infinito e inesgotável”.Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX. Neste mesmo ano lançou uma
revista, aumentando assim a fama da Seicho-No-Ie. Junho de 1930: Taniguchi inaugurou uma secretaria de imprensa. Em 1934: Estabeleceu a direção do movimento em Tóquio; divulgava a fonte do fluido psíquico que garantia saúde aos amigos. Prometeu que a assinatura da revista garantiria afastar o medo de qualquer mal.
Em 1935: Começou a imprimir grandes anúncios nos jornais, semanalmente. Lago os assinantes chegaram a trinta mil. Em 1936: Registrou o Seicho-No-Ie como Associação Cultural. Em 1941: Transformou-a em seita religiosa centralizada no "Komio", espécie de deus pessoal ao qual se dirigem orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com os nacionalistas, influenciando os operários das indústrias bélicas e os colonizadores da Manchúria. Depois da guerra, Taniguchi foi expulso pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu a chefia do Seicho-No-Ie. Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) - livro básico do movimento. O emblema central do grupo Seicho-No-Ie é formado pelo sol, dentro do
qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões. Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito. Em 1949: O professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de origem japonesa.
Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science
Institute. Chegada ao Brasil em 1930: Com os imigrantes japoneses a seita chega ao Brasil. Somente depois de 1951 começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual. No dia 10 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-No-Ie, no Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-No-Ie no Brasil, hoje Igreja Seicho-No-Iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco. As primeiras obras da Seicho-No-Ie editadas em português começaram a circular em Goiás por volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da Seita. Brasília já possui sua sede própria em edifício típico do Japão. Em Goiás, o primeiro templo construído foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local, sediando assim um importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um importante seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeições vendidas foram revertidos para a construção do templo na capital goiana. Em Pernambuco, desde junho de 1975 começou a funcionar em Recife o Núcleo Central, com representações em Garanhuns, Caruaru, Olinda e Paulista. O Núcleo Central de Recife ainda é responsável pelos núcleos de Natal (RN) e João Pessoa (PB). Circula entre o povo brasileiro a revista Acendedor, órgão do novo movimento, cuja distribuição é gratuita e sistemática, bem como a de uma espécie de calendário com mensagens estimuladoras e positivas. Doutrina da seita e resposta apologética

1. O Mal - A Seicho-No-Ie é uma das cento e trinta novas religiões do Japão,
e sua doutrina resume-se em três principais proposições: 

1) A matéria não tem existência real; só existe a realidade espiritual; 
2) O mal não existe; é pura ilusão da mente humana; 
3) O pecado também não existe; é mera ilusão. "Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de imaginação." "O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente criadas pela morte."
"Os sofrimentos nada mais são do que projeções da nossa .mente em ilusão" (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71). Para a seita, a saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é potencialmente Buda
e Jesus. Resposta apologética: Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-No-Iê é antibíblica. Desde o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2:9). Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus. Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7:15-25; II Cor. 5:1-l0; Ef. 6:12; 1Cor. 15:50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o mal (Mat. 3 : l0). "Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.''

2. O Pecado - 

Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo "O Pecado Não Existe", da autoria de Taniguchi. Resposta apologética: Tal afirmação não tem fundamentos, pois é anticientífica, anti-social, sem lógica. Qualquer pessoa racional, de bom senso, observa através da história que alguma coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas também os psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A Bíblia chama esse erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade, em contraste com Deus, santo, puro, verdadeiro. "Por um homem entrou o pecado no mundo"" (Rom. 5:12). Trouxe morte física e espiritual (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 23; Ef. 2:1-3). O pecado domina o homem (Rom. 7:19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos pecados e da condenação (II Cor. 5:21; 1 Pe. 2:24; Rom. 5:1-11). A Seicho-no-iê não admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão, purificação, mácula, aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça, calúnia. Diz que não existe doença, mas prega a cura!

3. Doenças - 

As doenças não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é reflexo da mente. "O como carnal não sente dores porque não é matéria" (Acendedor, n.° 110, p. 7). "Como Deus não criou a doença, a doença não existe." "De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento" (Convite à Prosperidade, p. l6).
Resposta apologética: A Seicho-No-Ie ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as plantas. A Seicho-No-Iê prega que "se por acaso a vida apresenta um estado de imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo" (Convite à Prosperidade, p. 53). Nos capítulos 11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: "A minha graça te basta" (II Cor. 12:9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade.
O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele esse cálice. A própria experiência humana, fora dos limites da Seicho-No-Iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento; em sã consciência, ninguém pode nega-los. Os cristãos, entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com dignidade, sabendo que "todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus" (Rom. 8:28). Se não existisse a doença, como a Seicho-no-iê prega curas milagrosas através de seus livros e revistas?

4. O Homem -

 Para a Seicho-No-Ie todos os homens são filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo. Resposta apologética: Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8:44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13:10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo pela fé (João 1:11, 12). O homem é tão bom que está se destruindo, um ao outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais. Os sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para tantos problemas existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é uma tragédia total!

CONCLUSÃO: 

Os ensinos da Seicho-No-Ie são radicalmente contrários á Palavra de Deus. Ou aceita-se os seus (falsos) ensinos ou abandona-os, em prol da verdade. O mais interessante é que muitas pessoas religiosas são atraídas por suas promessas orientais. A religiosidade oriental tem invadido o ocidente de uma maneira tão
“carismática”, que os que não possuem uma verdadeira experiência com Cristo Jesus, chegam a abandonar sua fé, para seguir tais ensinos

11. Como Identificar Uma Seita

Todas as pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância religiosa é extensiva a todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam boas. Nos dias de Jesus havia vários grupos religiosos: os saduceus (At. 5.17) e os fariseus (At 15.5). Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (At 23.8). Mesmo assim, Jesus não os poupou, chamando-os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes, raça de víboras (Mt 23.13-15,33). O Mestre deixou claro que não aceitava a idéia de que todos os caminhos levam a Deus. Ele ensinou que há apenas dois caminhos: o estreito, que conduz à vida eterna, e o largo e espaçoso, que leva à destruição (Mt 7.13,14). Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos ensinos, adentrassem na igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja foi o legalismo. Alguns judeus-cristãos estavam instigando novos convertidos à prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão. Em Antioquia havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (At 13.1), que perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e ensinavam: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podereis ser salvos (At 15.1). Tais ensinamentos eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concílio apreciasse essa questão e se posicionasse. Em Atos 15.1-35 temos a narrativa que demonstra a importância de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã. Outras fontes ameaçam a Igreja. Dentre elas, destacamos a pluralidade religiosa.

PLURALIDADE RELIGIOSA

A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão. Há dez grandes religiões principais: Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo ( na Índia); Confucionismo e Taoísmo (na China); Xintoísmo (no Japão), Judaísmo (na Palestina), Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na Arábia). Nessa lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos Estados Unidos e o restante em outros países. Para efeitos didáticos, o Instituto Cristão de Pesquisas classifica assim as seitas:
Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa-crucianismo, Esoterismo etc.
Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Voz da Verdade, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus) etc.
Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão etc.
Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional etc.
Orientais: Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare-Krishna, Meditação Transcendental, Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade etc.
Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham milhões de pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos à exortação de Judas 3: combater pela fé uma vez entregue aos santos.
PORQUE ESTUDAR AS FALSAS DOUTRINAS
Muitos perguntam por que se deve estudar as falsas doutrinas. Para esses, seria melhor a dedicação à leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior parte de nosso tempo lendo e estudando a Palavra de Deus, porém essa mesma Palavra nos apresenta diretrizes comportamentais relacionadas aos que questionam nossa fé. Assim sendo, apresentamos as razões para o estudo das falsas doutrinas:
1ª Defesa própria: Várias entidades religiosas treinam seus adeptos para ir, de porta em porta, à procura de novos adeptos. Algumas são especializadas em trabalhar com os evangélicos, principalmente os novos convertidos. Os cristãos devem se informar acerca do que os vários grupos ensinam. Só assim poderão refutá-los biblicamente (Tt 1.9);
2ª. Proteção do rebanho: Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade será útil para proteger os recém convertidos dos ataques das seitas;
3ª Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários nos ajuda a apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Entre eles se encontram muitas pessoas sinceras que precisam se libertar e conhecer a Palavra de Deus. Os adeptos das seitas também precisam do Evangelho. Se estivermos preparados para abordá-los e demonstrar a verdade em sua própria Bíblia, poderemos ganhá-los para Cristo;
4ª Missões: Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais que deslocar-se de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer a cultura onde vamos semear o Evangelho. Junto à cultura teremos a religiosidade nativa. Conhecer antecipadamente tais elementos nos dará condições para alcançá-los adequadamente.
Uma objeção levantada por alguns é esta: Não gosto de falar contra outras religiões. Fomos chamados para pregar o Evangelho. Concordamos plenamente, todavia lembramos que o apóstolo Paulo foi chamado para pregar o Evangelho e disse não se envergonhar dele (Rm 1.16). Disse também que Cristo o chamou para defender esse mesmo Evangelho (Fp 1.16).
A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a mesma medida que julgarmos, também seremos julgados. Quem somos nós para julgar ? Ora, o contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo e qualquer julgamento, pois no versículo 15, ele alerta: acautelai-vos dos falsos profetas. Como poderíamos nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá-los? Não teríamos de emitir um juízo classificando alguém como falso profeta? Concluímos, portanto, que há juízos estabelecidos em bases corretas, mas, para isso, é preciso usar um padrão correto de julgamento e, no caso, esse padrão é a Bíblia (Is 8.20). Há exemplos nas Escrituras de que nem todo juízo é incorreto. Certa vez Jesus disse: julgaste bem (Lc 7.43). Paulo admitiu que seus escritos fossem julgados (1 Co 10.15). Disse mais: O que é espiritual julga bem todas as coisas (1 Co 2.15).
A CARACTERIZAÇÃO DA SEITA
O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo nunca atingem o resultado satisfatório.
1. Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Por exemplo:
Adventismo do Sétimo Dia. Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como inspirados tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.7 Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte.
As Testemunhas de Jeová (TJs) crêem que somente com a mediação do corpo governante (diretoria das TJ, formada por um número variável entre 9 e 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida.8 A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.9 Essa afirmação iniciou-se com o seu fundador, C. T. Russell. Ele afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das TJ. É usada apenas como um livro de referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas afirmações. O candidato ao batismo das TJ deve saber responder aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica. Certamente, com a literatura das TJ é impossível compreender a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22.18,19).
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Eles acham que o Livro de Mórmon é mais perfeito que a Bíblia. Outros livros também são considerados inspirados. Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são praticadas nessa seita!
A Igreja da Unificação, do Rev. Moon julga ser seu princípio divino de inspiração mais elevado que a Bíblia. Outro exemplo da conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor.
Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam um outro Evangelho. Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto às atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de discipulado impede outras interpretações. Qualquer resistência do discípulo, referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação social.
Resposta Apologética: O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela achará a fórmula da vida eterna : crer em Jesus. A Bíblia relata a história do homem desde a antiguidade. Mostra como ele caiu no lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas enviou seu Filho Unigênito para salvá-lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27, 44; At 4.12; 10.43; 16.30-31; Rm 10.9-10).
2. Subtração: O grupo subtrai algo da pessoa de Jesus.
A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando também o Antigo Testamento, que o mencionava como Messias. Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo.
A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.12
Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunha de Jeová dizem que ele é um anjo, a primeira criação de Jeová. Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus etc.
Resposta Apologética: A Bíblia ensina que Jesus é Deus (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; 1 Jo 5.20 etc). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente com seres humanos ou mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como homem (Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt 11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc.
3. Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus:
A Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse realmente, nem os Budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.13
Os Mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela igreja não haverá salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith.14 Por isso, eles têm grande admiração por Smith.
Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev. Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue que Jesus verteu na cruz, chegando a dizer15. As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de sua obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação16. Os adventistas crêem que a vida eterna só será concedida aos que guardarem a lei. A guarda obrigatória do Sábado é essencial para a salvação.17
Resposta Apologética: A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com 1 Jo 1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentado como a mensagem central da Bíblia (Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap 1.5).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 1.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co 11.31,31).
4ª Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso.
Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não pregam que são o Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, contudo somente a sua será responsável por unir todas as demais, segundo o plano de Deus, pois ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros movimentos ecléticos.
Resposta Apologética: O ladrão arrependido ao lado de Jesus entrou no Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o pecador é salvo quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal (At 16.30-31). Desse modo, ensinar que uma organização religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8), portanto divide a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem Jesus (At 4.12; 1 Co 3.11).

OUTRAS CARACTERÍSTICAS

Falsas profecias: As Testemunhas de Jeová, os Adventistas, os Mórmons e outros já proclamaram o fim do mundo para datas específicas.
Resposta Apologética: A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas ou eventos (Dt 18.20-22; Mt 24.23-25; Ez 13.1-8; Jr 14.14).
NEGAM A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE CRISTO , admitindo que Jesus Cristo tenha ressuscitado apenas em espírito: Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja da Unificação, Kardecismo; outros dizem que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenha morrido na cruz (Rosa Cruz, Islamismo etc.)
Resposta Apologética: Quanto à morte e ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que:
Jesus morreu realmente. Eis o processo de sua morte:
a) A agonia no Getsêmani (Lc 22.44).
b) Açoitado brutalmente (Mt 27.26; Mc 15.15; Jo 19.1).
c) Mãos e pés cravados na cruz (Mt 27.35; Mc 15.24).
d) Morte comprovada (Jo 19.33,34).
e) Sepultamento (Jo 19.38-40).
Ressuscitou corporalmente:
a) Ressurreição predita (Jo 2.19-22).
b) O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lc 24. 1-3).
c) Suas aparições. (Lc 24.36-39; Jo 20.25-28).
Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois:
a) Essa é a mensagem do Evangelho (1 Co 15.14-17)
b) A expressão Filho do Homem designa a forma da sua segunda vinda e testifica que Jesus mantém seu corpo ressuscitado (At 7.55-59; Mt 24.29-31; Fl 3.20,21).
c) O corpo glorificado de Jesus está no céu (1Tm 2.5).

COMO ABORDAR OS ADEPTOS DAS SEITAS

O pesquisador Jan Karel Van Baalen afirma: Os adeptos das seitas são as pessoas mais difíceis de evangelizar.18 Dentre as razões apresentadas por Van Baalen, apontamos as seguintes:
a) Os adeptos das seitas não são pessoas que devem ser despertadas para a religião. O herege deixou a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor, chegando até mesmo a hostilizá-la. Ele renunciou o plano de Deus para salvação em troca de algum sistema de auto-salvação. Assim, para ele, a afirmação do profeta: todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Is 64.6) não reflete a verdade de Deus.
b) O sectário bem informado é consciente das falhas da religião protestante e evangélica. Ele não consegue entender a variedade denominacional. Além disso, pensa que sabe tudo acerca de sua fé e está convencido de que conhece mais acerca do que cremos do que nós mesmos.
c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram a zombaria dos amigos etc. Como reconhecer agora que estão errados e a paz que encontraram não é verdadeira?

Conhecendo a nossa fé
Diante do exposto, diz o pesquisador: Antes de entramos nessa discussão, estejamos bem seguros do nosso terreno. A resposta escolar: Eu sei, mas não sei explicar engana somente o estudante. Se não soubermos responder ao argumento do sectário, é só porque não dominamos os fatos. É nosso conhecimento inadequado que nos obriga a abandonar o campo derrotados, desonrando o Senhor.
Concordamos não apenas com Van Baalen, mas também com Lutero, que disse: Se não houvesse seitas, pelas quais o diabo nos despertasse, tornar-nos-íamos demasiadamente preguiçosos e dormiríamos roncando para a morte. A fé e a Palavra de Deus seriam obscurecidas e rejeitadas em nosso meio. Agora, essas seitas são para nós como esmeril para nos polir; elas nos amolam e estão lustrando nossa fé e nossa doutrina, para se tornarem limpas como um espelho brilhante. Também chegamos a conhecer Satanás e seus pensamentos e seremos hábeis em combatê-lo. Assim a palavra de Deus torna-se mais conhecida.


12. Como Evangelizar os Adeptos das Seitas


Ao enfrentar a bagagem satânica das seitas, estamos na realidade numa grande batalha espiritual, e precisamos primeiramente colocar toda a armadura de Deus – Efésios 6. Satanás e seus demônios estão prontos para nos enfrentar colocando todo tipo de obstáculo possível, mas nossa maior arma no início desta batalha é a
preciosa promessa do Pai: “Maior é o que está em vós do que o que está no mundo”.
1a João 4.4 Prepare-se para o combate espiritual, estudando e mostrando – se aprovado por Deus, como um obreiro que não venha envergonhar o evangelho. Os cristãos são chamados para proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as pessoas, e isto certamente inclui os adeptos das várias classes de seitas. É preciso conhecer algumas estratégias específicas para essa classe de pessoas. Evangelizar esotéricos, místicos, ocultistas ou até mesmo satânistas, requer um verdadeiro preparo, não só espiritual mas também em conhecimento de campo de batalha.. Entenda que um encontro evangelístico ou apologético envolve
um conflito entre Jesus e satanás. Armas espirituais e intelectuais devem estar afinadas. Lembre-se que o inimigo é satanás e não o adepto da seita.

1. Oração

Para todo propósito cristão tanto na evangelização como outro qualquer, a oração sempre estará presente.
Na evangelização aos esotéricos e místicos, devemos primeiramente entregar a Deus a pessoa que iremos trabalhar, pedindo o auxílio do Espírito Santo e sabedoria para agir da maneira correta. A oração não deve ser somente da noite para o dia, mas deve demandar um certo período de dias. Deve ser objetiva e específica, não esquecendo que a pessoa com quem você está lidando está cega espiritualmente.
Deve ser uma oração com objetivos, com propósitos. Sabemos que Deus sabe todas as coisas mas Ele só pode agir quando nós o damos liberdade para trabalhar através de nossa vida.
Deus deseja fazer a Sua obra através de nós, foi para isso o Senhor enviou o Espírito Santo para nos acompanhar em todo nosso propósito de evangelização a toda humanidade.

2. Amor

Os adeptos das seitas são particularmente sensíveis ao amor. Pregam muito sobre confraternização, amor ao próximo, ajuda alheia etc. Demonstre amor e atenção pela pessoa que você pretende evangelizar.
Pergunte seu nome, sempre lhe desejando felicidades, saúde. Lembre-se que Jesus nos ensinou a amar o próximo. Através deste gesto você verá que um relacionamento amigável acontecerá com a pessoa. Não se preocupe, pois isso lhe ajudará a se aproximar dela, lhe transmitindo confiança. Com pessoas desse tipo você jamais consegue aproximarse falando de religião ou de seu pensamento cristão. Tudo é um processo. O adepto é um grande “peixe” que você estará pescando para o Reino de Cristo.

3. Não dê uma de “professor”

Não tente ensinar qualquer adepto das seitas, pois a qualquer sinal de alerta a presença de um “mestre cuca” da Bíblia, ele logo lhe deixará sozinho. Pergunte sempre sobre sua “fé”. Mostre-se interessado em saber sobre seu pensamento. Quando surgir oportunidade mude o teor da conversa e faça uma pergunta a mais.
Você verá que logo o adepto estará também lhe perguntando, chegando então o momento de oferecer boas respostas.

4. Não critique

Evite atacar os líderes das seitas. Não fale mal de seus fundadores, pois o discípulo é fiel ao seu mestre e jamais permitirá que isso venha acontecer. Procure conhecer um pouco da vida desses “deuses humanos”.
Aos poucos o Espírito Santo estará abrindo os olhos do futuro irmão, e mostrando lhe a diferença entre Jesus e os as outras personalidades religiosas.

5. Usando a Bíblia

Em qualquer oportunidade que surgir use a Bíblia pedindo ao adepto que leia as passagens que estarão sujeitas ao diálogo do momento. Jamais use a espada para matar. Ela foi escrita para vivificar. Não tente “ajudar” a operação do Espírito Santo, Ele fará conforme aquilo que lhe aprouver. Lembre-se: o adepto tem uma visão diferente da nossa concernente à Bíblia Sagrada, mas ele sempre menciona trechos da mesma em seus diálogos.

6. A terminologia

Quando o adepto da seita falar de Deus, amor, Jesus Cristo, Salvação, pecado, reencarnação, etc; peça primeiro que lhe explique sua teoria e depois saiba definir de uma forma simples e potente a palavra. Se preciso use dicionário.  Não julgue. O adepto da seita se sente seguro quando está dialogando com alguém que
se preocupa em saber definir as palavras e os termos religiosos. Tudo isso nos mostra o quanto é importante conhecer para responder.

7. Estude as Seitas e Heresias

De nada adiantará você tentar evangelizar um adepto de qualquer seita, se primeiro não procurar estudar seu meio, sua doutrina, sua linguagem mística, seus líderes, sua visão espiritual. Tudo isso é essencial para um processo de evangelização com sucesso. O adepto verá que você é coerente e estudioso, isso não lhe afastará da pessoa. Você pode estudar as Seitas de várias maneiras: Adquirindo literatura evangélica do assunto, participando de seminários e simpósios, promovendo eventos com pessoas entendidas, entrevistando ex-adeptos de seitas que conheceram a salvação em Cristo Jesus. Nossas livrarias estão repletas de livros concernentes a Seitas e heresias, de vários autores e das melhores editoras do Brasil.
Você pode estudar também de várias maneiras: Adquirindo literatura de uma determinada seita como Testemunhas de Jeová, Espiritismo, Mórmons e outros. Caso você é um estudioso profundo e conhece bem os FUNDAMENTOS DA VERDADE, deve também adquirir literatura da própria seita, elaborando pontos heréticos e promovendo apologia cristã.

 Um alerta importante!

Cristãos imaturos que se acham os “feras” na Bíblia, no lugar de evangelizar os adeptos, podem acabar sendo evangelizados, como mencionamos acima, e o impressionante é que existem casos dessa natureza.
O verdadeiro crente em Jesus, não cai nas armadilhas antiteológicas do diabo. O verdadeiro crente tem certeza de sua conversão, e das verdades bíblicas que ele se alimenta diariamente. Jamais fique em falta com o conhecimento da Palavra. Não seja ignorante, nos estudos doutrinários. Um obreiro aprovado é um soldado cheio da graça e do conhecimento. É um guerreiro que sabe usar as armas espirituais da maneira certa.
Diferentes casos de evangelização Lembramos também que o que apresentamos no tópico á evangelização
aos adeptos, foi um princípio fundamental para a injeção espiritual aos heréticos. Com isso quero lhe afirmar que o Espírito Santo estará lhe orientando nas diversas situações em que estarás levando a Palavra de vida.
Podemos apresentar exemplos como a evangelização a satanistas, feiticeiros, ateus e outros. Jesus nos escolheu para sermos vencedores e nos deu total conhecimento e capacidade para discernirmos o mundo espiritual. Aleluia! No demais, fortalecei-vos no senhor! Uma igreja apologética Desejamos que nossos líderes se preocupem com o assunto em destaque, oferecendo a igreja estudos voltados para a área da defesa da fé. É claro que temos muitos ministérios e não vamos nos centralizar totalmente neste quesito, mas, para
que o rebanho não venha passar por “maus lençóis”, deixo aqui minha recomendação. Crie na igreja que está sob sua responsabilidade o Ministério de Apologética Cristã. Selecione pessoas dedicadas aos assuntos relacionados a seitas, e quando surgir qualquer ataque herético violento por parte da mídia, ou da
própria sociedade, a igreja estará tranqüila e segura quanto a isso, pois, sabem que existem pessoas que auxiliam o pastor em seu ministério, cuidando especificamente desta área, apresentando respostas fiéis da Igreja Cristã. Fui diversas vezes convidado para ministrar ás pressas em igrejas que estavam passando momentos difíceis, devido à avalanche de lixo espiritual causado pelas seitas, que estavam até confundindo os membros. Sabemos que o pastor deve sempre ministrar o que mostramos, mas sabemos também que há pessoas que se dedicaram anos a determinada área principalmente para servir o amado pastor e a Igreja de Cristo. Não deixe de abençoar a igreja.

CONCLUSÃO:


A multiplicação das seitas e a disseminação das heresias dão inconteste prova de que estamos vivendo os últimos dias da Igreja na terra.
Ainda que o engano seja algo inerente à condição do homem caído, é evidente que nunca a verdade foi rejeitada tão veemente e as Escrituras combatidas tão ferozmente quanto nos dias hodiernos.
O questionamento das verdades divinas, por parte dos heresiarcas deste século, tem minado a fé e destruído a convicção espiritual de milhares de cristãos, hoje.

Com o propósito de ajudar o povo de Deus a discernir entre a verdade bíblica e o erro ensinado pelas seitas falsas nos dias atuais, é que este livro foi escrito. Deus espera que estejamos preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.1 5), e que nos apiedemos daqueles que estão sendo vencidos pela dúvida, salvando-os e "arrebatando-os do fogo; tendo deles misericórdia” (Jd v.23).

EU STEFAN NEVES, AGRADEÇO A VOCÊ TER CHEGADO ATE AO FINAL DESSE MARAVILHOSO E POLEMICO ESTUDO DE APOLOGIA CRISTÃ A NOSSA FÉ . QUE DEUS VOS ABENÇOE !

O CRENTE ÁGUIA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA ALFA E ÔMEGA STEFAN VIDA Excelência em Ensino Teológico O CRENTE ÁGUIA Isaias 40:31 ...